segunda-feira, 30 de março de 2009

"Grunge" na "Noite do vinil"

O grunge, aquela modalidade de rock surgida nos EUA, entre o final da década de 1980 e início da de 90, é o tema da Noite do vinil da próxima quarta-feira (01/04), a partir das 22 horas. O evento, organizado pelo fotógrafo e colecionador de filmes de terror trash e LPs de vários gêneros musicais Wellington Cordeiro, foi criado há mais de um ano e ocorre sempre na Taberna Dom Tutti.
A sugestão de organizar uma noite dedicada ao grunge foi de Ranieri Martins e do DJ Juca. Dois aficionados pelo ritmo, eles comandarão as carrapetas na quarta e certamente tocarão muito mais que apenas Nirvana (na foto acima), banda por meio da qual essa sonoridade de Seattle acabou virando moda nos anos 90.

domingo, 29 de março de 2009

registros

Cadastramento e obras no CEDOA
Nas imagens abaixo, registros do cadastramento e da reforma promovidos pelo governo do Estado do Rio de Janeiro em uma das unidades da rede da Secretaria de Estado de Educação (Seeduc), o Colégio Estadual Dom Otaviano de Albuquerque (CEDOA).
Na primeira fotografia, produzida no último dia 20, às 20:14, alunos e servidores públicos do colégio durante o cadastramento que permitirá, entre outras coisas, a confecção de cartões magnéticos que serão lidos em pontos eletrônicos instalados em todas as salas de aula de escolas da rede da Seeduc. Usando tais cartões, professores e alunos registrarão suas presenças nas unidades de ensino dia a dia.
Fotos: Gustavo Landim Soffiati
Na segunda imagem, registrada na mesma data da anterior, às 21:34, o preenchimento com cimento de parte de uma parede –antes um vão ocupado por cobogós– de uma das salas de aula do CEDOA. Trata-se de uma das adaptações necessárias à instalação de aparelhos de ar condicionado no recinto.
Na última foto (de 24/03, 07:24), um pedreiro aumentando a porta de uma das salas de aula. Todas elas deverão ter um metro de comprimento, para se enquadrarem num projeto de educação inclusiva.

sábado, 28 de março de 2009

Grotesco é elogio!

Foto: Leonardo Berenger (Folha da Manhã)
capturada no blog Eu penso que...
A imagem acima já rendeu uma simpática comparação à de um boneco de Fred Flinstone, proposta pelo jornalista Ricardo André Vasconcelos ("Iabadabadúúúúúú"), e uma charge a Gilberto Assad, publicada hoje no jornal O Diário.
Como se vê, trata-se do deputado federal e ex-prefeito de Campos dos Goytacazes Arnaldo França Vianna. Ele mostra a marca deixada por uma cirurgia na vesícula –operação por que passou na semana que termina hoje– e, de quebra, a pança enorme, inspiradora da legenda elaborada para acompanhar a foto no jornal no qual foi estampada ("E a dieta?").
Aí está mais um apelo à comoção do povo –expediente muito utilizado pelo político–, comparável àquela cena dele doente na janela de um hospital para cumprimentar os presentes à frente do estabelecimento, durante as eleições municipais de 2004. Ou àquele seu retorno a Campos em 2001, quando, após ser operado por conta de um aneurisma cerebral, entrou na cidade na carroceria de uma caminhonete, barbado e cabeludo, escoltado por uma carreata. Mas, definitivamente, desta vez, o parlamentar inelegível superou não apenas ele mesmo, mas também seu outrora líder e hoje maior desafeto, Anthony Garotinho, que parecia imbatível no quesito apelação com aquela sua greve de fome no período pré-eleitoral de 2006.
Considerando que grotesco é palavra já há muito elevada ao status de importante categoria analítica, manejada por teóricos como Mikhail Bakhtin e Muniz Sodré, recorrer a tal termo para classificar o flagra ora em apreço seria um crime de lesa-academia. A cena é ridícula mesmo!
Dá até para sentir saudade daquela propaganda de tevê do extinto parque temático Thermas Aqua American protagonizada por Dom Américo (à época certamente Oswaldão), na qual o cantor aparecia no alto de tobo-água trajando apenas uma sunga e balançando sua gigantesca barriga flácida... Alguém aí se lembra disso?
Atualização (29/03 – 08:35): correção do texto e inclusão de mais um episódio da trajetória de apelações de Arnaldo Vianna.

registros

Poste substituído –e não foi na Prefeitura
Na quarta-feira da semana passada (18/03), foram publicadas aqui quatro fotografias de um Gol que bateu num poste, que caiu sobre o veículo –acidente ocorrido na tarde daquele dia na Avenida Alberto Lamego, em frente ao Clube de Regatas Saldanha da Gama.
Como se disse no texto elaborado para acompanhar tais imagens, segundo informações de um dos bombeiros presentes ao local –que podem ser vistos na foto abaixo, registro inédito do acontecimento–, o motorista do carro não sofreu ferimentos. E se o Gol não foi logo recuperado, o mesmo não se pode dizer do poste.
Fotos: Gustavo Landim Soffiati
Como comprovam as imagens a seguir, produzidas às 13:59 do dia 20, ele foi logo substituído por outro, que já veio de cor nova, aplicada também ao meio-fio à frente da peça. Trata-se do amarelo ou laranja que, além de dividir opiniões quanto a seu valor estético e ou utilitário, confunde alguns motoristas que ainda não tenham visto a pintura, por pensarem servir ela para indicar locais nos quais é proibido estacionar. No detalhe abaixo, as marcas do poste substituído (o novo foi colocado ao lado de onde estava o antigo), um pedaço do pára-choques do Gol e galhos da árvore que caíram junto com a coluna de concreto.

Festa para comemorar o aniversário da cidade de Campos

Hoje, Campos dos Goytacazes completa 174 de elevação de vila à cidade. Para celebrar esse aniversário, várias Secretarias e Fundações da Prefeitura elaboraram, num trabalho conjunto, uma programação extensa e diversificada –envolve até sorteio do Caminhão da Sorte, da Caixa Econômica Federal!–, que tem início às 9 horas, na Praça São Salvador.
Conforme texto de divulgação da comemoração, disponível no site do governo, "as secretarias de Educação, Cultura e de Desenvolvimento e de Petróleo, além das Fundações Teatro Municipal Trianon, Cultural Jornalista Oswaldo Lima (FCJOL) e a Zumbi dos Palmares estão mobilizadas no evento, que seguirá até as 21 horas". Leia mais.

sexta-feira, 27 de março de 2009

Ainda sobre Antônia Leitão

Após lançar Campos dos Goytacazes: heroína de sua própria história no Teatro Municipal Trianon, no sábado passado, a escritora divulga o livro hoje na Academia Campista de Letras (ACL), às 19 horas.

Presidente da ARTA quer que a rua volte a ser o verdadeiro palco dos artistas de Campos

Daqui a pouco, a partir das 16 horas, a Associação Regional de Teatro Amador de Campos (ARTA) promoverá, no Largo da Imprensa, uma manifestação com a presença de vários artistas do município, em comemoração ao Dia Internacional do Teatro.
Segundo o organizador do ato, o presidente da Associação Dedé Muylaert "O evento tem grande importância, uma vez que resgata a tradição dos artistas de Campos de irem para a rua para celebrar o seu dia, o que não acontece há dez anos, em razão da falta de uma política cultural para o município. O artista sabe que o seu verdadeiro palco é a rua, e junto ao povo. Vamos voltar ao nosso palco e em grande estilo".
A manifestação será composta por várias performances com artistas de teatro amador e circo, poetas e músicos da planície goitaca e servirá para que a ARTA homenageie de figuras consideradas importantes na luta pelo teatro e pela arte campistas, que também comparecerão ao encontro.
Dedé convida toda a população campista a participar do evento, considerando que ela nunca deixou de prestigiar a "prata da casa".

registros

Representantes de duas gerações de uma família guardiã da história de Campos no lançamento do novo livro de Antônia Leitão

As fotos abaixo foram produzidas na noite do último sábado (21/03), durante o lançamento de Campos: heroína de sua própria história, novo livro da ex-vereadora, atriz e escritora Antônia Leitão.
Na primeira, Wellington Paes, médico e proprietário do maior arquivo particular sobre Campos dos Goytacazes, carinhosa e popularmente conhecido como Dr. Wellington.
Fotos: Gustavo Landim Soffiati
Na segunda, a professora de história, historiadora e diretora da Biblioteca Municipal Nilo Peçanha Sylvia Paes, filha do recém-falecido médico e ex-prefeito de Campos Wilson Paes, irmão de Wellington.

Dr. Wellington, sempre simpático, e Sylvia, especialmente bela, posaram, como se pode ver, ao lado da estrela da noite, que autografou vários exemplares de seu novo trabalho, distribuído gratuitamente a todos os presentes ao evento.

quinta-feira, 26 de março de 2009

Reunião do SEPE com a secretária municipal de Educação

Finalmente, diretores do Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação de Campos (SEPE-Campos) foram recebidos hoje pela secretária municipal de Educação, professora Maria Auxiliadora. A notícia, contendo toda a pauta de discussão dos representantes da entidade com a secretária foi publicada nos blogs Comentários do cotidiano ("Secretaria de Educação sinaliza positivamente sobre demandas da rede municipal e vai submeter pauta do SEPE à Prefeitura") e Eu penso que... ("Sepe cobra eleições diretas nas escolas").

Em movimento

Takeo Maruyama, responsável pelo blog Asian Fury, especializado em filmes asiáticos (e/ou) de artes marciais, disse certa vez, para justificar um longo período em que ficou sem atualizar seu veículo, que, entre ver DVDs comprados recentemente e comentá-los, preferiu a primeira alternativa. Foi mais ou menos o que ocorreu nos últimos dias com este Soprador de Vidro, que teve de ficar com o trabalho e deixar as postagens de lado. A diferença é que no caso de Takeo a questão foi de opção. No do autor dessas linhas, de obrigação. Mas, pegando bondes em movimento, aqui está ele de novo.

segunda-feira, 23 de março de 2009

Sem rima

Nem rara, nem rica. E sem ritmo também:

Só mesmo vendo como é que dói,
só mesmo vendo como é que dói:
trabalhar em Ururaí,
viajar pela Progresso
e morar no Imperial.

Homenagem ao bairro no qual, além circularem ônibus de uma empresa que oferece um péssimo serviço de transporte coletivo, há, não raramente, problemas de abastecimento de água e luz.
Depois de piques de energia elétrica ontem, hoje a Oi Telemar fez das suas: deixou, durante toda a manhã e parte da tarde, o responsável por este blog sem telefone (e, por tabela, sem internet –não há cabo por aqui ainda).
Segundo promessa de uma daquelas máquinas que conversam por telefone, o serviço voltaria ao normal às 14 horas e 40 minutos (santa precisão, Batman!). Como até às 15 o aparelho continuava mudo, a máquina resolveu fazer nova promessa: só às 22 e sabe-se lá quantos minutos –a irritação do reclamante não lhe permitiu ouvir direito.
Seria um escândalo promovido com uma atendente ou consultora humana com respostas- padrão de autômato o motivo da resolução antes das 16?

sábado, 21 de março de 2009

Mistério...3

Ao contrário do que fez crerem os ouvintes do Fala Garotinho o apresentador do programa, não há nenhum grande mistério por trás do fim da atração sabatina (com ou sem duplo sentido). O presidente estadual do PMDB, que tem pretensões de se candidatar ao governo do Estado do Rio de Janeiro, encerrou apenas um ciclo na Diário FM. De segunda a sexta-feira, de 9 horas ao meio-dia, poderá ser ouvido na mesma emissora, que transmitirá diariamente o programa apresentado por ele na rádio Manchete.

A propósito

Ainda no ar, o Fala Garotinho de hoje foi bem mais longo que de costume por conta de uma polêmica em torno da composição da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Campos Luz. Por bastante tempo, o apresentador do programa inquiriu o irmão, o presidente da Câmara Municipal de Campos Nelson Nahim, sobre o motivo da CPI ter em seus quadros os vereadores Dante Lucas e, sobretudo, Marcos Bacellar.
Para Garotinho, edis que aprovaram emendas parlamentares que favoreceram um suposto esquema de desvio de verbas na Campos Luz não deveriam participar de uma CPI incumbida do caso. A presença do vereador Marcos Bacellar na Comissão seria ainda questionável pelo fato de ser ele do PT do B, partido presidido por Sivaldo Abílio, que estava à frente da Campos Luz durante o período a ser investigado pela CPI.
Além de inquirir Nahim, o marido da prefeita de Campos ouviu versões de vários vereadores a respeito dos bastidores da composição da CPI. Ao apresentar a sua, Jorge Magal, líder do PMDB na Câmara, chegou a chamar de mentiroso o presidente daquela Casa de Leis. E por várias vezes.

Mistério...2

Conforme registro em nota publicada mais cedo aqui, o marido da prefeita de Campos anunciou hoje que apresentará neste sábado o último Fala Garotinho. O ex-governador falou sobre o assunto no próprio programa, mas não justificou ainda o motivo do fim dele, que continua no ar. Assim, deixa o público mais curioso diante de outro mistério: ocupando na rádio Diário FM apenas o modesto papel de apresentador do Fala Garotinho, dispõe o locutor do tempo que quiser para apresentá-lo?
No ano passado, a atração era exibida de 9 horas ao meio-dia. Vez por outra acabava um pouco mais tarde. Mas alguém se lembra de tê-lo ouvido até 14 horas naquela época? Da última vez em que saiu do ar o programa foi interrompido bem antes do horário previsto para seu término. Desta vez, acabará sendo o mais longo da história.

Heroína de muitas histórias lança mais uma

Ex-vereadora, atriz de teatro e escritora, Antônia Leitão é personagem de muitos episódios da saga dos campistas nas últimas décadas, vários dos quais já documentados em seu livro Vida...meu brinquedo maior. Hoje, às 20 horas, no Teatro Municipal Trianon, ela lança mais um: Campos dos Goytacazes: heroína de sua própria história.

Mistério...

Fala Garotinho, atração sabatina (sem duplo sentido, por favor) apresentada pelo marido da prefeita de Campos na rádio Diário FM, vai acabar. De novo! O titular do programa, que ainda está no ar, já falou mais de uma vez nisso hoje. Mas fez mistério quanto ao motivo do fim dele. Disse que só pouco antes de encerrá-lo vai tratar do assunto. Qual será a razão desta vez?

sexta-feira, 20 de março de 2009

Mais textos sobre a Assembléia do SEPE-Campos com os servidores da SMEC

As professoras Hilda Helena e Mônica publicaram em seus blogs textos sobre a Assembléia Geral do Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação de Campos (SEPE-Campos) com os servidores da Secretaria Municipal de Educação de Campos (SMEC), ocorrida na quarta-feira: "Assembléia do SEPE..." e "Como eu vi a Assembléia do SEPE". Observe-se que ambas relataram dificuldades enfrentadas para comparecerem à reunião da entidade (tanto Hilda quanto Mônica ficaram com faltas nas unidades em que trabalham), defendendo uma concepção de mobilização da categoria da qual fazem parte bem distinta da apresentada por um Anônino em comentário a um texto publicado no blog A TroLhA ("Cadê...?") e reproduzido aqui.

quinta-feira, 19 de março de 2009

Sobre a Assembléia do SEPE-Campos de ontem 2

Por motivos já expostos num comentário a um texto publicado no blog A TroLhA ("Cadê...?") e de certa forma reproduzido aqui, o autor destas linhas entendeu que, entre os blogueiros sindicalistas presentes à Assembléia de ontem do SEPE-Campos, o mais credenciado para tratar da reunião seria o professor Fábio Siqueira, um dos dirigentes do Sindicato no município. (Mas nada impede que a professora Hilda Helena –de camisa roxa na foto abaixo–, que, parece, acompanhou toda a reunião, aborde-a também).
Foto: Gustavo Landim Soffiati

Um registro da Assembléia de ontem

Os que conferiram os comentários ao texto "Cadê...?" devem ter lido não apenas o que foi escrito por este Soprador de Vidro, mas também a informação de um Anônimo de que, às 13 horas, Fábio divulgaria no blog dele algo sobre a Assembléia. Cumprindo o que disse, o responsável pelo Comentários do cotidiano postou no horário combinado um texto a respeito do assunto.

Conforme relato daquele sindicalista, os itens da pauta proposta e aprovada na Assembléia de ontem são:

1) eleições diretas para direção das escolas;
2) revisão do Plano de Cargos, Carreira e Salários (PCCS), considerando, principalmente, a questão do enquadramento por tempo de serviço dos profissionais;
3) concurso público como forma exclusiva de acesso ao serviço público;
4) equiparação salarial entre as pedagogas e os demais especialistas da SMEC;
5) melhoria na estrutura física das unidades da rede;
6) discussão sobre a política da SMEC para o Ensino de Jovens e Adultos (EJA);
7) campanha salarial para 2009;
8) nova Assembléia com os servidores em seis de abril (segunda-feira), às 17 horas, no Sindicato dos Bancários.
Leia o texto de Fábio na íntegra aqui.

Sobre a Assembléia do SEPE-Campos de ontem

Ontem, este Soprador de Vidro participou de uma Assembléia Geral Extraordinária da Associação de Profissionais de Educação da Faetec (Apefaetec) na Escola Técnica Estadual João Barcelos Martins. Como tal reunião terminou por volta de 18 horas, ele não pôde acompanhar toda a Assembléia Geral do Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação de Campos (SEPE-Campos) com os servidores da categoria da rede municipal.
Considerando isso e julgando não conhecer o suficiente da realidade da Secretaria Municipal de Educação de Campos (SMEC), pois não atua em tal rede e nem a representa, o este escriba pretendia não se pronunciar logo quanto ao assunto. Até aqui, havia se limitado a abordá-lo, mui timidamente, num debate no blog A TroLhA, motivado por uma provocação feita num texto escrito pelo responsável por aquele veículo. Mas, acompanhando os desdobramentos de tal debate, o autor destas linhas encontrou por lá um comentário de um Anônimo com uma crítica muito pertinente ao SEPE-Campos e resolveu reproduzi-lo aqui.
Para não desviar a atenção dos poucos leitores deste blog, o administrador dele não se estenderá muito mais, deixando para um outro texto observações a respeito do que disse o autor das palavras a seguir. Por ora, dirá apenas que concorda em grande parte com o que consta no "desabafo" do Anônimo.
Do blog A Trolha (comentário ao texto "Cadê...?")
Anônimo disse...
"Infelizmente, a assembleia foi um fiasco! Porém, gostaria de fazer uma reflexão: Trabalho em duas escolas municipais (Lions I e Cemstiac). Nunca o SEPE as visitou, pelo menos nos últimos três anos. O SEPE não vai às unidades escolares e acha que através de BLOGS (é ser muito alienado) a categoria vai comparecer a uma reunião. Detalhe: ninguém sabia dessa reunião (eu avisei). Isso não existe. O SEPE é distante da categoria. O Fábio Siqueira acha que através da internet poderá convocar uma categoria que nunca foi motivada à mobilização. No mundo virtual, para se resolver quaisquer conflitos, basta clicar no teclado do computador para que os problemas sejam resolvidos. Estratégia que, definitivamente, não funciona no mundo real. O SEPE vive numa torre de marfim. A alienação virtual está tão intensa que tem gente que considera internet meio de convocação: não conhece as condições sociais de um professor (não visita às unidades escolares). De um total de 38 países, o Brasil só não paga pior aos seus professores do que o Peru e a Indonésia. Aqui, o salário anual, em dólares, é de US$ 4.818, metade do valor que nossos vizinhos Argentina e Uruguai pagam. A rede municipal conta com 5 (cinco) mil professores; 247 unidades escolares. Quantos professores sabiam dessa reunião? "Mas eu usei meu blog e minha coluna no jornal para convocar" Depois disso, cheguei a uma conclusão: o SEPE não representa decentemente a categoria. A internet é um meio inCipiente de informação; quem a considera fundamental é um inSipiente. Fundamental é visitar as escolas; são 247, o SEPE só precisaria de 01 (UM) representante por unidade. Quem não visita não conquista! É muito cômodo criticar a categoria e não aceitar resposta (Blog do Fábio Siqueira), porém é lastimável que tenhamos um SEPE que envergonha o seu passado de luta." 19 de Março de 2009 11:36

quarta-feira, 18 de março de 2009

Imagem do dia

Fotos: Gustavo Landim Soffiati
Nas fotos acima e abaixo, produzidas entre 15:50:49 e 15:52:29, um Gol que bateu num poste, que caiu sobre o veículo. O acidente ocorreu na Avenida Alberto Lamego, em frente ao Clube de Regatas Saldanha da Gama. Segundo os bombeiros que estavam no local, o motorista do carro não saiu ferido. Felizmente.
Parece que o fato ainda não foi noticiado em nenhum veículo da blogosfera goitacá. Mas já rendeu matérias para as TVs locais (algo que este Soprador de Vidro ainda precisa confirmar, porque passou quase o dia todo cumprindo tarefas sindicais). Será que algum leitor e/ou blogueiro sabe algo mais sobre o assunto?



Obs.: Mais uma vez: ter internet discada não é fácil. As imagens acima começaram a ser adicionadas logo após o término do texto, que não levou cinco minutos para ser escrito. Muitas horas depois (e sem conseguir adicionar todas as fotos do acidente: faltam duas), só agora, 01:12 do dia seguinte, o material ficou "pronto" para publicação. E o pior: enquanto tal operação era executada, não se conseguia acessar nada na internet.

Atualização (19/03 - 09:05): Correção do nome da avenida em que ocorreu o acidente e reorganização das fotos.

terça-feira, 17 de março de 2009

Colaboração intersindical

SEPE CAMPOS CONVOCA

Todas(os) profissionais da educação da rede municipal para Assembleia Geral nesta quarta-feira (18/03) às 17:00, no SINDICATO DOS BANCÁRIOS (Rua Marechal Floriano, nº 129/133) para tratar dos problemas relativos ao início do ano letivo nas Escolas públicas do município, bem como de outros assuntos do interesse da categoria.

segunda-feira, 16 de março de 2009

De "Dentro da minha cabeça" para um "Bestiário"

Só há pouco o responsável por este blog leu no do professor Rodrigo Rosselini (Dentro da minha cabeça) o texto abaixo, publicado na segunda-feira passada:

"Cumprindo o desafio
Recebi da Ana Paula [Motta] um desafio, que ela, por sua vez, recebeu de um amigo. É mais ou menos assim:
No livro que tenho mesmo à mão (A Organização Nacional), Alberto Torres, na página 116, 5ª linha, a frase completa: "Demos terra a todos os homens válidos; instrução primária, a todos o que podem ver e ouvir; instrução secundária e superior, a todos os que são capazes, não a dando a nenhum que não o seja; educação social e profissional, também a todos; e não temamos o futuro. O brasil é um país destinado a ser o esboço da humanidade futura".Frase oportuna e adequada, considerando-se ter sido escrita na década de 1910, a partir de um ponto de vista bastante conservador, mas que não deve ser de todo mal. Tivéssemos cumprido parte disso, teríamos de fato cumprido esse destino... Ou pelo menos mais próximos de cumprí-lo.Desculpem não estar lendo nada mais belo e literário... são os ossos do ofício.E o desafio segue para:

Jules Rimet

Rodrigo Manhães

Professora Hilda Helena

Gustavo Soffiati

Aucilene Freitas

Façam o mesmo! Peguem o livro que estiverem lendo, abram-no numa página qualquer e transcrevam o que estiver na quinta linha!!!"

Embora com um atraso de uma semana, este Soprador de Vidro resolveu encarar o que o colega propôs. O livro que tinha e tem à mão é o de estréia de Júlio Cortazar, Bestiário (1951), numa edição de 1986 da editora Nova Fronteira. A frase que começa na quinta linha da página 123 é a seguinte: "– Dançamos este – disse Ema, bebendo seu suco de romã com ruído."

Ainda que a obra em questão se enquadre na categoria do que Rosselini chamou de belo e literário, a frase encontrada pelo colega talvez faça mais sentido. Mas esse é o (b)ônus da literatura.

E se o caso é fazer o desafio continuar circulando, espera-se que ele seja cumprido por:

Fábio Siqueira

Paulo Vítor Lopes

Vítor Menezes

Wesley Machado

Xacal

domingo, 15 de março de 2009

O "habitus" faz o monge

Só ares novos, lobo que ressurge em pele de cordeiro, o professor de História e Ciências Sociais Eugênio resolveu abandonar a patuléia do brejo. Agora, usando o sobrenome de Lemos, vestiu o habitus acadêmico, no ar desde o início deste mês. A quem interessar possa, o veículo, "ao priorizar área de Ciências Humanas, tem como um dos seus objetivos divulgar informações sobre trabalhos de pesquisa, publicações de artigos, projetos de extensão, dissertações e teses produzidas nas Universidades do Norte e Noroeste fluminenses". Vale conferir.

sábado, 14 de março de 2009

Nada mudou?

Chove novamente. Mais que ontem. Mas será que em todo o município? Não é isso o mais importante. Cai água suficiente para deixar boa parte da planície goitacá alagada outra vez, sem que nada indique que o clima quente vai dar um tempo. Nada mudou muito. E não apenas para este Soprador de Vidro, que continua suando a cântaros: a chuva chegou há pouco, e o sol queimou o lombo de muita gente até o final da tarde, quando o céu ficou meio nublado.

sexta-feira, 13 de março de 2009

Mudança de tempo

Que a chuva recebida neste final de noite de sexta-feira 13 em Campos (certamente não em todo o município) venha acompanhada de uma temperatura mais amena e agradável para os que estão na planície goitacá. Foi o que ocorreu da última vez que choveu por aqui: em fevereiro (a garoa da quarta-feira passada nem deve ser considerada). Mas só por um tempinho, pois o clima voltou a esquentar.
"Tomara que um pé de vento passe por cá". Será que "quando amanhecer de novo haverá lugar para o sol"? Se for para "espalhar as nuvens que cobrem o céu", que ele surja de mansinho.
Entre aspas, gotas da canção que inspirou o título desta nota –de autoria de Cezar de Mercês– e dá nome a um disco do grupo de rock mineiro O Terço, lançado originalmente em 1977.
Boa noite e bom dia a todos.

Uma "coisa" que agradará a Wellington Cordeiro

Esta é para o colega blogueiro Wellington Cordeiro, colecionador filmes de terror (sobretudo os do subgênero trash): It, longa-metragem de 1990, inspirado num livro de Stephen King, está na lista dos remakes do momento. He (Well), you e demais interessados pelo assunto podem ler mais sobre o projeto aqui.

quinta-feira, 12 de março de 2009

"Vacinação poética" injetada em "Mulheres em prosa e verso"

Termina hoje, no Auditório Prata Tavares, do Palácio da Cultura, o projeto Mulheres em prosa e verso, organizado pela Fundação Cultural Jornalista Oswaldo Lima (FCJOL). A programação do evento, que começou na terça-feira, com a apresentação da poeta Gladys França, será encerrada com a peça Mulher high-tech (no material de divulgação do projeto consta o nome Mulher hight tec), prevista para começar às 19 horas.
O espetáculo –uma colagem de textos que tratam do universo feminino intercalados por canções de Chico Buarque, Tom Jobim e Zeca Baleiro –é resultado de uma adaptação produzida por Dedê Muylaert. Para interpretá-la, subirão ao palco do auditório o ator Tim Carvalho e as atrizes Eliana Carneiro, Fernanda Campos, Maria Helena Gomes, Fernanda Campos, Katiana Rodrigues, Neuzimar da Hora.
Mas Mulheres em prosa e verso é apenas uma parte de um programação maior da FCJOL preparada para a semana de 8 a 14 de março, que começa com o Dia Internacional da Mulher e termina com o Dia Nacional da Poesia. Em tal programação está incluído um projeto permanente do Departamento de Literatura da Fundação, que foi lançado hoje e se estende até sábado. Trata-se de Vacinação poética.
Parceria da FCJOL com a Animação Cultural da Secretaria Municipal de Educação de Campos (SMEC), o projeto "tem como objetivo, espalhar provocações poéticas, que suscitem emoções, surpresas e estranhamentos, assim despertando sensibilidades". Para tanto, conta com uma equipe de animadores culturais visitando comunidades do município de Campos para declamar trechos de poemas e distribuir “cartões de vacina”, entregues com poemas inteiramente escritos e pequenas referências aos autores destes. Hoje, de 9 às 12 horas, os animadores se apresentaram a Custodópolis. Amanhã, no mesmo horário, estarão em Travessão. Esta primeira etapa da Vacinação poética (que nome, hein?) será encerrada no sábado, com a apresentação do Cordel das festas populares, no Boulevard Francisco de Paula Carneiro.

Caminhão vira na BR-101

Agora há pouco, por volta de 11:20, um caminhão carregado de pedras virou na curva da estrada do contorno da BR-101, próximo no trecho próximo à entrada da Avenida Togo de Barros, no sentido Shopping Estrada-Centro. Felizmente, o motorista do veículo não sofreu nenhum arranhão. Segundo uma enfermeira do Corpo de Bombeiros que estava no local, este tipo de acidente tem sido muito comum. Como estava sem câmera fotográfica, este Soprador de Vidro não pôde registrar o tombamento, cujas imagens devem ser divulgadas nos telejornais das InterTV e da TV Record daqui a pouco.

quarta-feira, 11 de março de 2009

Há algo de província em todo lugar ou Recordar é viver

Para este Soprador de Vidro, o melhor da apresentação da poeta Gladys França Gama ontem, no primeiro dia do evento Mulheres em Prosa e Verso, no Auditório Prata Tavares do Palácio da Cultura, foi a participação da ex-vereadora, atriz e escritora Antônia Leitão.
Gladys França (pronuncia-se Gládis e não Gleidis) é uma campista radicada em Curitiba que não usa artisticamente o sobrenome Gama do primo César, presidente do Americano Futebol Clube. Ela veio rever a planície goitacá como fundadora de uma Organização Não-Governamental (ONG), Cabeça de mulher, Coração de homem. A primeira parte do nome, Cabeça de mulher, é o título de um dos vários livros da autora. O nome completo é também o de uma comenda oferecida por ela a "personalidades que contribuem para a cultura", segundo palavras extraídas de um release preparado pela Fundação Cultural Jornalista Oswaldo Lima (FCJOL), organizadora do evento.
Dizendo-se muito emocionada, Gladys quase não conseguiu falar. De início, a voz dela até falhou. Leu, na tela de um laptop, partes de um discurso que elaborou para a platéia do auditório, tendo seus poemas lidos pela mestra de cerimônias do evento, Katiana Rodrigues, e por Maria Helena Gomes, diretora artística da Fundação Teatro Municipal Trianon. E entendeu que sua carreira de poeta poderia ser melhor contada por meio da exibição de um pequeno documentário –produção bem doméstica, com trechos de eventos de que ela participou, entrevistas que concedeu e recortes de jornais sobre seus livros.
Foi curioso ver uma pessoa que, no vídeo, se mostra tão desenvolta em aparições públicas e que diz ter na emoção a matéria básica de sua produção refém de tal sentimento. Tanto quanto observar que provinciano não é apenas quem mora no interior, como o campista. Curitiba, citada como exemplo de modelo a ser seguido por outras cidades em vários aspectos também tem lá seus provincianismos. Ao ouvir essa consideração deste Soprador de Vidro, ao final da apresentação de Gladys, Winston Churchill Rangel disse que havia pensado na mesma coisa.
A despeito de tudo isso, foi gratificante para muitos campistas rever imagens de um passado não tão longínquo: Garotinho durante o primeiro mandato como prefeito de Campos; Ineida Oliveira como repórter televisiva; Gianino Sossai como âncora do telejornal matinal Bom Dia NF; Marcelo Sampaio numa foto lançamento de livro da autora, ao lado do saudoso Adilson Rangel, da livraria Noblesse –todos como coadjuvantes da protagonista Gladys.
Mas o melhor da noite, como se disse no início, foi ver e ouvir Antônia Leitão. Num discurso que também leu, a vereadora não deixou que suas palavras fossem cortadas por nenhum soluço e nem perdeu a voz. E, como sempre, mostrou a pessoa divertida que é.
Ao final da apresentação de Gladys, a autora autografou o CD Tempo novo, fios mágicos, com poemas extraídos do livro É necessário que haja, vendido com um calendário de 2009, contendo o poema "E esses sonhos?".
A apresentação de hoje, de Gina Teixeira, muito mais alegre, merece um texto à parte.

terça-feira, 10 de março de 2009

Mais programa para a agenda de amanhã

Amanhã é mesmo um dia repleto de atrações culturais para os mais variados gostos em diversos locais em Campos. Além da apresentação de Gina Teixeira, já mencionada no texto abaixo, haverá show de Sandra de Sá no Sesi, a partir das 20 horas, e Noite do Vinil dedicada a Roberto Carlos na Taberna Dom Tutti, com começo previsto para 22 horas.
Música Preta Brasileira, o espetáculo de Sandra de Sá, já foi noticiado neste blog (confira). Nele, a artista apresenta canções que fizeram sucesso nas vozes dela e de outros representantes do soul made in Brazil, como Jorge Ben (Jor) e Hyldon.
Já a execução de LPs de Roberto Carlos, programada para a Noite do Vinil de amanhã parece uma forma feliz de comemorar um ano do evento comandado pelo fotógrafo e colecionador de filmes de terror trash e discos de vários gêneros musicais Wellington Cordeiro. Em 2008, uma das edições do encontro, que, desde seu início, ocorre sempre às quartas-feiras, foi dedicada ao Rei e fez sucesso. E, se "muita gente não ouviu porque não quis ouvir", aí está uma nova oportunidade de curtir os detalhes de RC gravados nos bolachões.

Gina Teixeira no Palácio da Cultura

Amanhã, a partir de 19 horas, a ex-vedete, atriz, cantora, compositora, diretora e produtora teatral Gina Teixeira se apresenta no Palácio da Cultura, no Auditório Prata Tavares. Ela é a segunda convidada do evento Mulheres em Prosa e Verso, homenagem ao Dia Internacional da Mulher que, sob organização da Fundação Cultural Jornalista Oswaldo Lima (FCJOL), começou hoje, com a participação da poeta Gladys França, e termina na quinta-feira, com o espetáculo teatral Mulher high-tech.
Fotos: Divulgação

Gina num passado remoto...

Regina Maria Teixeira Coelho, na forma como assina sobre as linhas pontilhadas, fará, como Gladys, uma abordagem de sua carreira de artista. No diversificado currículo de Gina consta até a atuação no cinema de pornochanchada.

...e num passado recente

domingo, 8 de março de 2009

Antes tarde (ou à noite) do que nunca: eu quero essa mulher assim mesmo

Ao decidir tratar do Dia Internacional da Mulher, este Soprador de Vidro entendeu que não deveria discutir a importância de comemorar ou não essa data. Para isso, ele remete seus poucos leitores aos textos da unimúltipla Aucilene Freitas, publicado no blog dela ("Enlouqueça!"), e da poeta e cronista Walnize Carvalho, que saiu no Monitor Campista de hoje e foi reproduzido por Fábio Siqueira no Comentários do cotidiano ("Por que hoje é o dia delas...").
Como o autor destas linhas anda muito musical, pensou em escolher uma letra para refletir sobre o assunto e dedicar às mulheres. Mesmo gostando muito de Erasmo Carlos e até de "Mulher" (composição do Tremendão em parceria com a consorte, Narinha) e não tendo nada contra a obviedade, queria escapar do lugar-comum. Por isso, optou por "Eu quero essa mulher assim mesmo", do sambista Monsueto Menezes (foto) com José Batista. Mais especificamente pela versão de Caetano Veloso para tal canção, gravada no experimental e (ainda) pouco aceito Araçá azul, registro de estúdio lançado em 1972.
Segundo escreveu Caetano em seu livro Verdade tropical, "o disco bateu recordes de devolução": "Ao chegar em casa, a maioria nem sequer agüentava ouvir a primeira faixa até o fim: voltava correndo ao vendedor para tentar devolver o disco."
Difícil, portanto, encontrar uma obra da música brasileira que fosse marcada por uma resistência tão grande quanto à que houve (e há) em relação às mulheres e a muitas das atitudes delas. Mas ainda há mais.
Em primeiro lugar, a situação da mulher deve ser compreendida sempre como a de uma criatura tão excluída, oprimida, segregada (que o leitor escolha o termo que melhor lhe convier) quanto o homossexual, por exemplo. E, coincidentemente, a frase "UM DISCO PARA ENTENDIDOS" pode ser lida quando se abre a capa de Araçá azul. É bem provável que a intenção não fosse (ou não fosse apenas) fazer referência ao que foi registrado no Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa como tendo subacepção (como tabuísmo, palavra grosseira) de "que ou quem pratica, ou apenas aceita, comportamentos sexuais variados, esp. o homossexualismo [sic]". Até porque, vale dizer, os entendidos aos quais Caetano dedicou o trabalho em questão são –ou são também– nomeados: "bola nieve-herminia silva-clementina de jesus-dinailton-d. moreno" (assim mesmo: todos com os nomes em minúsculo e separados por hífens). Mas nada impede que tal frase seja hoje ressignificada para dar conta de um problema que não é apenas o da mulher, mas o da chamada diversidade –muito embora não seja essa a intenção deste que vos escreve.

Além disso, a versão de "Eu quero essa mulher" (sem "assim mesmo" no título apresentado no disco do baiano) por um então recém-chegado de um exílio forçado em Londres deve ser e ter sido um escândalo para os puristas defensores de sambas de raízes que só existem na cabeça deles. Trata-se de um rock daqueles que se convencionou chamar de "de garagem", executado com o auxílio de Lanny Gordin (guitarras –aliás, guitarra e guitarra), Tuti Moreno (bateria), ambos do time de Jards Macalé (que acompanhou Caetano em Transa), e Moacyr Albuquerque (baixo). Não que tal tipo de rock não tivesse aportado no Brasil antes de 1972 (vide, por exemplo –e sem ir muito longe–, "Sem nada" e "18:30 - Parte 1/Os hemadecons cantavam em coro chóóóóóóó - Parte 2", lados A e B de um compacto da banda A Bolha, lançado um ano antes). Mas, para muitos intelectuais da época –quase todos de esquerda, diga-se–, tal ritmo não poderia ser usado por um representante da música popular brasileira (ou que assim se pretendia); era coisa de jovens alienados. Ainda que, talvez mais naquele período que hoje, Caetano gastasse e andasse para isso. O que interessa nesse ponto é a possibilidade de aproximar a transgressão promovida com a versão pesada de "Eu quero essa mulher assim mesmo" da resistência que todas as mulheres devem exercer em relação a qualquer forma de dominação masculina.

Last, but not least, como samba, rock ou o que quer que seja, a letra de "Eu quero essa mulher assim mesmo" permite pensar naquilo que o saudoso sociólogo e filósofo francês Jean Baudrillard (1929-2007) chamou de alteridade radical, ao tratar de certa atitude do frei dominicano espanhol Bartolomé de Las Casas (1474-1566) para com os índios, durante o período de colonização da América. Como o que importa aqui são as mulheres, e tal atitude está sendo adaptada ao caso delas, basta dizer que a recorrência à idéia de alteridade radical serviria para banir um certo discurso liberal que prega respeito e tolerância para com o outro. Por trás desse discurso há muita hipocrisia. Mas que o aprofundamento desse ponto fique para debates acadêmicos!
Voltando a Monsueto e Caetano, é curioso observar que, no já citado Transa, disco de estúdio anterior a Araçá azul, o baiano tenha gravado uma composição do sambista na qual este parece defender o oposto do que expõe na canção ora em apreço: "Mora na filosofia" ("Eu vou lhe dar a decisão/Botei na balança/Você não pesou/Botei na peneira/Você não passou/Mora na filosofia/Pra que rimar/Amor e dor//Se seu corpo ficasse marcado/Por lábios ou mãos carinhosas/Eu saberia, ora vai, mulher/A quantos você pertencia/Não vou me preocupar em ver/Seu caso não é de ver pra crer/Tá na cara").

Bem, chega de elocubrações. Que os que aguentaram ler até aqui, os que desistiram ou nem leram nada possam dizer se concordam com este escriba, discordam dele ou elaborar considerações próprias a partir da letra de "Eu quero essa mulher (assim mesmo)", cuja transcrição foi feita com base no encarte de Araçá azul e na audição da faixa. Mas o melhor mesmo seria ouvir Caetano cantando a música.


Eu quero essa mulher
(Monsueto Menezes/José Batista)

quero essa mulher assim mesmo
quero essa mulher assim mesmo
essa mulher assim mesmo, eu quero
eu quero essa mulher assim mesmo

eu quero essa mulher assim mesmo
eu quero essa mulher assim mesmo
essa mulher assim mesmo, eu quero
eu quero essa mulher assim mesmo

eu quero essa mulher assim mesmo
baratinada
quero essa mulher assim mesmo
alucinada
quero essa mulher assim mesmo
despenteada
quero essa mulher assim mesmo
descabelada
quero essa mulher assim mesmo
embriagada
quero essa mulher assim mesmo
intoxicada
quero essa mulher assim mesmo
desafinada
quero essa mulher assim mesmo
desentoada
quero essa mulher assim mesmo

Obs.: Enquanto voltava a Araçá azul, este Soprador de Vidro se lembrou de que nunca comprou o disco para incorporá-lo à sua coleção. Mas há muito, muito tempo, teve a oportunidade de oferecê-lo de presente de aniversário à colega e amiga Elda Moura. Este texto não deixa de ser dedicado a ela, que superou com muita serenidade a condição de evangélica para ser a pessoa que se tornou.

Até que enfim

Resolveram homenagear duplamente uma figura ainda viva. A assistente social Conceição Muniz, além de dar nome ao Diretório Acadêmico do curso de Serviço Social da Universidade Federal Fluminense (UFF) de Campos dos Goytacazes, receberá amanhã, primeiro dia do Projeto Trote Cultural, um merecido preito (com r mesmo: será que o termo, como a expressão tríduo momesco, está na lista do que jornalistas da atualidade devem evitar?).
A programação completa do Projeto foi divulgada no blog Eu penso que..., do sempre atento jornalista Ricardo André Vasconcelos (confira).

Ainda sobre "Gafieira universal": um outro Barroso

Essa talvez se encaixe melhor na lista de felizes que na de infelizes coincidências, muito embora envolva também um falecido.
Gafieira universal, disco da Banda Black Rio mencionado no texto abaixo contou com um outro Barroso (além do campista José Carlos, Barrosinho): o Júlio (foto), jornalista e DJ carioca que na década de 1980 notabilizar-se-ia como líder e vocalista do grupo Gang 90 e as Absurdettes (quem não se lembra da canção "Perdidos na selva"?). Em Gafieira... a participação dele foi mais tímida: como jornalista, escreveu um pequeno texto sobre a Black Rio. Esse registro escrito –ao contrário de um outro, com explicações sobre o termo gafieira, mais didático e comportado, assinado pela banda e também publicado no disco em questão– já apresentava sintomas do estilo new wave explorado mais tarde por aquele que é considerado um dos "precursores" dos rock brasileiro da década de 1980. Confira:


A BANDA BLACK RIO é a fusão antropofágica do espírito funk / suado do subúrbio carioca / com a eletricidade dos corpos bronzeados das praias da zona sul.
Maravilha / Gafieira Universal / revivendo a dança da continuidade da tradição da Cultura Negra.
Exploração de Signos, Suingues, Rio 40 Graus.
A negada eletrônica da Senzala invade dolente a Casa Grande.
Segue o fluxo eterno da CIVILIZAÇÃO DOS TAMBORES.

Júlio Barroso


A coincidência infeliz está não apenas no fato de que Júlio é, como Barrosinho, falecido, mas também por ter morrido em 1984, no mesmo ano que Oberdan Magalhães, o fundador-mor da Black Rio.


Obs.: Ao produzir o texto abaixo, o responsável por este blog acabou esquecendo de mencionar uma das coincidências ora abordadas: a presença de dois ilustres Barroso no disco Gafieira universal. Talvez tenha sido melhor assim. Como ele já disse noutra ocasião, há leitores de blogs que evitam textos com mais de 10 linhas em tais veículos. Não é mesmo, Cristina?
Atualização (20:25): inserção da foto de Júlio Barroso.

Uma (in)feliz coincidência

Este Soprador de Vidro já estava bem contaminado pelo espírito do texto abaixo quando leu, no Blog do Roberto Moraes, sobre a morte do músico José Carlos Barroso, Barrosinho, nascido em Campos. A notícia foi enviada ao responsável por aquele veículo pelo jornalista Humberto Moreira (confira). Como estava também arrumando livros, CDs e DVDs em casa, o autor destas linhas acabou reencontrando Gafieira universal (1978), única obra da Banda Black Rio da coleção de compact discs dele.
Foto: Divulgação
Conforme já foi dito por Humberto, trata-se de um conjunto musical fundado por Barrosinho, que era trompetista. Representante da soul music made in Brazil, a Banda Black Rio lançou três discos com a primeira formação, entre o final da década de 1970 e o início da de 80. Além disso, acompanhou Caetano Veloso em apresentações em 1978, no auge da disco music –aventura que rendeu, mais recentemente, a edição do CD Bicho Baile Show. Maria Fumaça (1977), primeiro registro da Black Rio é considerado o melhor pela maioria dos que curtem o som produzido pela banda –inclusive por este escriba.
Das dez faixas do trabalho ora em apreço, três são composições de Barrosinho: duas em parceria com o guitarrista Claudio Stevenson ("Gafieira universal", "Ibeijada") e uma com o tecladista Jorjão ("Dança do dia").
Oberdan Magalhães, fundador-mor da Black Rio, reverenciadíssimo pelos fãs da banda e do gênero por ela executado, também já faleceu (em 1984). O grupo foi recomposto pelo filho dele, William Magalhães, no final da década de 90.

sábado, 7 de março de 2009

Refúgios

Das marchinhas carnavalescas e do samba para o rock progressivo –foi pensando em "Refugees", canção de um representante de tal gênero, o grupo inglês Van der Graaf Generator, que se encontrou o título para este texto– e a poesia campista. Quiçá seja mesmo o autor destas linhas movido pela alternância de marchas. Mas não das que, por equívoco dele e de mais ninguém, foram divisadas por um colega outro dia.
Sem ressentimentos, é melhor passar ao que interessa.
Os poucos leitores deste blog devem se lembrar da série "marchinhas" (com tudo em minúsculo mesmo), publicada aqui nos quatro dias de carnaval. Pois bem: a audição mais interessada dessas músicas antes e durante o reinado de Momo e a seleção de dados sobre elas que pudessem ser usados em textos e notas postados à época neste veículo foi algo muito bom para este Soprador de Vidro. Até mesmo por afastá-lo de um cotidiano saturado por informações pouco animadoras e às vezes muito enfadonhas.
Que se chame a isso de alienação. Talvez este que vos escreve prefira pensar em refúgios. Como se, impelido por um vertiginoso movimento ascensional, fosse imperioso fugir do terreno achatado da planície. Mesmo que, sob o (des)governo de um espírito trágico, se volte sempre e inevitavelmente a ela depois.
Tudo isso é para dizer que, entre os refúgios encontrados ou reencontrados pelo autor destas linhas nos últimos dias, destacou-se a recordação de uns versos da poeta campista Amélia Maria de Almeida Alves. Tal lembrança parecia insistir que ele voltasse a Vácuo e paisagem, livro da autora publicado em 1977. Lá há muita coisa melhor que tais versos. Mas, como foram eles os culpados pela busca da obra, pareceu importante registrá-los:
Apartamento(?)

aperta

aparta

desaparta

Eu hoje também saí.

(Amélia Maria de Almeida Alves)
Que esse poema sirva para abrir respiradouros por aqui. Talvez isso seja uma forma de retomar o espírito materializado no primeiro texto publicado neste veículo e quase esquecido.

quarta-feira, 4 de março de 2009

Finalmente: a entrevista concedida pelo advogado Jamilton Damasceno

Em função de problemas para acessar a internet e de compromissos de ordem pessoal e profissional, a transcrição da entrevista concedida pelo advogado Jamilton Damasceno a João Oliveira e Roberto Barbosa, no programa radiofônico e televisivo De olho na cidade da última segunda-feira, não pôde ser publicada ontem. Conforme poderá ser notado, não se trata bem de uma entrevista. O causídico esteve no programa para falar sobre outro assunto, mas, como os entrevistadores noticiaram que haveria nova eleição em Ipatinga, a possibilidade de anulação dos votos obtidos por Rosinha Garotinho e Chicão no pleito realizado no ano passado em Campos dos Goytacazes acabou sendo abordada num bate-papo.
João Oliveira: Olha só: É verdade que ainda tem processos andando sobre a eleição de Campos?
Jamilton Damasceno: Ah, tem vários. Vários processos. A eleição de Campos ela ainda não está definida.
J.O.: Como?
J.D.: Não está definida.
Roberto Barbosa: Meu Deus?
J.O.: Como não tá definida?
J.D.: Não está definida. Porque, enquanto pesar recursos, ações contra... Existe ação de investigação judicial eleitoral contra a prefeita Rosinha e o vice-prefeito muito pesada. Uma ação robusta.
J.O.: Ainda tem ações?
J.D.: Existem. Aquela aça...Aquele...aquele processo ainda contra o registro do Chicão ainda está em grau de recurso. Se aquilo ali...E eu acho, eu acredito naquela ação também. Por que? Por... A própria juíza, doutora Márcia, no...na sentença dela aqui, ela reconheceu, ela deixou transparecer que houve...que houve irregularidade na desincompatibilização do Chicão.
J.O.: Hum-hum
J.D.: Só que ela alegou, ela alegou para julgar contra a preclusão. Agora, aqui, o Ministério Público esteve tão atento ao outro candidato, com um monte de ações e o Ministério Público também tinha a obrigação de impugnar aquele registro e não o fez. Então, aí, passado alguns...alguns dias chegou ao nosso conhecimento documentos comprobatórios de que a desincompatibilização dele foi fora do prazo. Existe prova robusta nesse...nesse sentido...
R.B. (interrompendo a fala de Damasceno): Agora, o senhor está falando de uma ação.
J.D.: Uma ação.
R.B.: Mas são várias.
J.D.: É, é, é. São várias. E entramos com...com a juíza que entendeu, alego...é... é...é...acolheu a... o instituto da preclusão, houve recurso para o Tribunal Regional Eleitoral e agora está no Tribunal Superior Eleitoral. E nós vamos, se for o caso, até o Supremo [Tribunal Federal]. E o que que acontece...
J.O.: Tem duas instâncias ainda?
J.D.: Tem duas instâncias ainda. E eu acredito piamente que nós vamos sair bem sucedidos nessa ação.
J.O.: E aí teria uma nova eleição em Campos...?
J.D.: Não. Aí o que que acontece? Esse fato ocorreu no segundo turno...
J.O.: Sim.
J.D.: Uma vez julgada procedente a ação, os votos da...da...de Rosinha serão nulos.
J.O.: Hum-hum.
J.D.: E, como a eleição...como houve segundo turno, quem vai ser chamado para assumir o cargo vai ser o Arnaldo França Vianna.
R.B.: Mas ele não tá impugnado?
J.O.: Mas ele não teve o registro cassado?
J.D.: Não. Mas houve recurso, ele tá recorrendo. Houve recurso, agora para o Supremo Tribunal Federal. Ó, houve também, na eleição dele pra...pra deputado federal, o... registro...os votos dele não foram computados.
J.O.: Ahn-Ahn.
J.D.: Cês lembram disso...
J.O.: Sim, lembro.
J.D.: E...e levou algum tempo. E ele conseguiu uma liminar, os votos foram ap...é... computados, tomou posse e está lá até hoje. E o processo – esse tal processo que gerou a inelegibilidade dele – já foi... tá...foi pra sepultura. Já foi pro...pro...pro túmulo.
J.O.: Isso quando ele foi candidato a deputado federal?
J.D.: Deputado federal. Então, a...a...a situação é que, se houver (pausa) uma procedência na nossa pretensão lá no processo contra Chicão...
J.O.: Sim
J.D.: Então a... os votos dela vão ser anulados totalmente e como o Arnaldo é...ficaria com 50 por cento mais um –né?– dos votos válidos quem vai ser chamado vai ser ele. Poderá até é...nesse espaço de tempo de...da...de conseguir uma liminar ou não do presidente da Câmara assumir. Pode ocorrer. Mas eu acho que a partir do momento que os votos dela forem anulados, eu acho que o Arnaldo vai assumir imediatamente.
R.B.: Agora, João, são vinte e cinco cidades do Brasil...
J.O.: Em que aconteceu...
R.B.: ...em que o TSE já anulou eleição...Algumas...é aconteceram...em algumas aconteceram novas eleições, em outras o segundo colocado ele realmente assumiu. Nesse momento então – eu vou usar aqui um termo bem popular –, conveniente seria que o Nelson Nahim, presidente da Câmara, começasse a engraxar os sapatos.
J.O.: É.
J.D.: Eu acho sabe o que João...?
R.B.: A julgar pelo que...que o doutor Jamil [sic] tá colocando aqui...
J.D.: É. Veja bem, eu acho que a eleição em Campos não terminou ainda não.
J.O.: 2004 ainda não acabou.
J.D.: Não, não acabou, e eles sabem muito bem disso.
J.O.: Muito bem.
J.D.: Eles sabem muito bem que a coisa... pode haver uma reversão talvez mais rapidamente do que a gente imagina.
J.O.: Porque depende da Justiça...
J.D.: Depende da Justiça. A Justiça ela é...ela é um pouco morosa, mas a...os processos eleitorais ele têm um rito especial, têm um rito especial... Eu acho... Como a situação de Ilsan.
J.O.: Ahn-Ahn
J.D.: De Ilsan Vianna, né? Eu acho que esse mês de março agora a Câmara de Campos vai ter uma nova vereadora.
J.O.: Que seria a dona Ilsan Vianna...?
J.D.: Ilsan Vianna. Ela vai gan...Eu tenho certeza que ela vai ganhar esse processo em Brasília.

segunda-feira, 2 de março de 2009

Fica para amanhã

A transcrição da entrevista do advogado Jamilton Damasceno, prometida no primeiro texto publicado aqui hoje. Havia outros assuntos para abordar neste blog, e quem já fez transcrição de falas e ou entrevistas sabe tratar-se de tarefa nem sempre das mais agradáveis. Este Soprador de Vidro espera mesmo cumprir o que anunciou, embora com atraso. Nos últimos tempos, ele tem se esforçado o quanto pode para honrar os compromissos que assume neste veículo, mesmo que sejam pequenos. Espera, portanto, não falhar desta vez.

Ainda sobre o que pode haver no mundo da política campista em março 2

Bem antes da publicação do texto de Xacal mencionado na nota abaixo, o jornalista Vítor Menezes postou no blog Urgente o comentário abaixo:

"As eleições de 2008, ainda

Alguns arnaldistas estão alvoroçados hoje. Assim como na época da campanha eleitoral, aguardam “uma bomba” que poderá voltar a fazer tremer a política local. Os mais animados falam até em novas eleições. Será? Nada mais me surpreende nesta cidade."

Este Soprador de Vidro pareceu não dar a tais palavras o mesmo cartaz conferido às do responsável pelo blog A TroLhA porque, ao contrário de Xacal, Menezes não tem o hábito de postar textos e notas predominantemente de manhã. Na de hoje, aliás, o urgentista concedeu entrevista aos apresentadores do programa de Olho na cidade, do qual também participou o advogado Jamilton Damasceno, que, como já se disse aqui, mostrou-se convicto de que os votos obtidos por Rosinha Garotinho e Chicão serão anulados e Arnaldo Vianna assumirá a Prefeitura de Campos. Nesse caso, a fonte de Vítor poderia ser a mesma deste blogueiro. Mais que isso, no comentário acima em destaque, o articulista dominical do Monitor Campista concentrou-se no alvoroço de arnaldistas. Já Xacal especula que "no caso do pessoal do pecado capital, e do telhado de vidro, deus já tomou a decisão e parece que comunicou ao diabo: vai varrer todo mundo" . Quem não leu (ou quer reler), na íntegra, o que disse o proprietário de A TroLha sobre a catástrofe pós-duluviana que atingirá (parte d)o universo político da planície goitacá pode conferir aqui.

Ainda sobre o que pode haver no mundo da política campista em março

Os que acompanham o blog A TroLhA certamente já perceberam que Xacal, o responsável por aquele veículo, geralmente publica notas e textos no turno da manhã. Raramente há algo postado à tarde no blog do predador. À noite, mais raramente ainda. Portanto, se ele voltou a falar na reviravolta que ocorrerá na política campista em março quase no início de uma madrugada do terceiro dia do mês é porque a coisa deve ser séria mesmo. É anotar para conferir. Depois de ler aqui, é claro.

Um show de alto valor ou um alto valor para um show?

Foto: Andréa Farias
Zeca Pagodinho é mesmo um artista de alto valor? Trata-se de uma pergunta cuja resposta, de algum modo, será sempre meio subjetiva. Mas o artista, além de ter grandes êxitos comerciais, é muito respeitado como pagodeiro e mesmo como representante da chamada Música Popular Brasileira (MPB). Será que isso justificaria o preço de R$ 180.000,00 pago a ele pelo show que fará em Farol de São Thomé no próximo sábado?
Não foi só este Soprador de Vidro que se surpreendeu com tal valor, ao ler o Diário Oficial de hoje, pois o assunto foi objeto de ao menos dois comentários de leitores da blogosfera goitacá, publicados no Blog do Roberto Moraes.
Questionando o Portal da Transparência, Marcelo Pereira da Silva, para ilustrar a precariedade do que criticou, disse: "Zeca Pagodinho custou 180.000. É sem dúvida um valor alto. Existem dúvidas sobre este valor cobrado. Por que não se publica algum documento assinado pelo artista ou seu representante legal sobre o valor cobrado? Isto sim é transparência, concordam?" Confira aqui todo o depoimento de Marcelo.
Juliana Weller, reclamando da falta de shows católicos na única praia campista, também mencionou o assunto ora em questão: "Em Grussaí teve vários shows católicos e em Farol não teve nenhum, nem o do Padre Antônio Maria teve. Será o que aconteceu????? Faltaram verbas???? Afinal pagar R$ 180.000,00 para Zeca Pagodinho (diário oficial 02/03/2009) não é nada fácil né???? Nada contra o cantor até gosto, mas deixar os católicos sem nenhum show é um absurdo". Leia mais aqui.
Em 8 de dezembro de 2008 –antes, portanto, de Rosinha assumir a Prefeitura–, Garotinho publicou em seu blog uma nota sobre o superfaturamento de shows durante o governo de Alexandre Mocaiber ("Verão superfaturado"). Visando comprovar o que disse, o marido da prefeita apresentou um quadro comparativo dos valores pagos a certos artistas no verão deste ano e no do ano passado. Conforme tal lista, o show com maior superfaturamento seria o da banda Harmonia do Samba, que, de R$ 199.800,00, cairia para R$ 46.000,00. Já o de valor mais alto a ser pago pelo governo atual seria o recebido pela banda Jota Quest (R$ 105.000,00), que teria custado no período de Mocaiber R$ 201.800,00.
Atualização (03/03 – 12:41): substituição do adjetivo grande por alto, no título e no primeiro parágrafo do texto.

Para Arnaldo Vianna e arnaldistas, "tapetão" é sempre coisa dos outros

É difícil dizer, com certeza, se no mês que começou ontem vai ou não acontecer uma reviravolta na política em Campos dos Goytacazes, como alguns já divulgaram e se repercutiu neste veículo ("Ainda sobre sextas-feiras 13", "Março está chegando"). Mas de uma coisa parece não haver dúvida: as especulações sobre essa brusca mudança já começaram a aumentar. É o que se pode depreender do que disse o advogado Jamilton Damasceno no programa De olho na cidade de hoje.
Para o causídico, uma série de ações que estão na Justiça contra a coligação "Aliança Muda Campos" terão como resultado a anulação dos votos obtidos por Rosinha Garotinho e Chicão e garantirão a posse de Arnaldo Vianna (e Hélio Anomal, que Damasceno não mencionou).
Até mais tarde, o autor destas linhas pretende transcrever a entrevista do jurista, para publicar neste blog. Por ora, pode-se dizer que, para Arnaldo Vianna e os arnaldistas o que eles chamam de "tapetão" é sempre coisa dos outros –embora, obviamente, tal termo seja aplicado incorretamente tanto por situação quanto por oposição, de hoje ou de antanho, para classificar necessárias interferências do Poder Judiciário em processos eleitorais ou governos marcados por irregularidades.