quarta-feira, 31 de dezembro de 2008

Para não passar em branco. Mas talvez DE branco

Não fosse o texto de abertura deste blog publicado em 2 de novembro passado, o veículo completaria dois meses amanhã. Isso porque, com uma indispensável mãozinha da amiga Thaís Aguiar, Soprador de Vidro foi criado em 1º de novembro, data em que ela chegou a publicar aqui uma imagem –postagem logo depois excluída pelo autor destas linhas, por entender ele que seria melhor se apresentar aos leitores por meio de um texto. Não que dois meses sejam motivo para comemorações. Mas uma força estranha impele o autor destas linhas a produzir alguma reflexão sobre o final de ano neste último dia de 2008.
Movido por um amor incondicional por Campos dos Goytacazes (independente de quem governe o município), ele desejava criar um blog muito antes da data em que este foi colocado no ar. Embora não tenha conseguido ainda manter a periodicidade sustentada por responsáveis por outros veículos do tipo criados na planície goitacá, tem refletido sobre o que fazer para melhor cumprir essa tarefa. E trata-se de um trabalho que, como disse a ele o blogueiro Vítor Menezes –a partir do que ouviu de um amigo e não exatamente com as palavras a seguir–, mais parece coisa de loucos, pois ninguém dá informação de graça.
Mas, como louco, por mais que tenha publicado aqui muita notícia velha ou textos de opinião (goste-se ou não dela), em 2008, este Soprador de Vidro até que conseguiu dar algum furo. Por isso, como parte daqueles planos que todos fazem para o ano novo, já pensou que, em 2009, no tocante ao blog, deve apostar mais na possibilidade de noticiar em primeira mão. No mais, entende que blog é também uma forma de diário, no qual possa arquivar parte do que ele e seus contemporâneos viveram, para, um dia, como pesquisador ou pessoa comum, recorrendo ao que pôde registrar, recordar-se de quase tudo.
Daqui de Guarapari, terra que não visita desde que seu filho hoje com quatro anos tinha ainda um mês de vida, ele hoje acompanha o crescimento de mais um rebento, do qual não vai fingir não ser pai só porque gerou algo talvez considerado feio pelos outros. Imbuído desse espírito, ele deseja um feliz 2009 a todos aqueles a quem agradou e desagradou com o pouco publicado aqui neste ano que termina hoje. Certamente, ambos foram poucos, pois este blog não tem muitos leitores. Mas, ainda assim, FELIZ 2009 PARA TODOS!

segunda-feira, 29 de dezembro de 2008

Solução para Três Vendas

Mais ou menos como noticiado aqui, o problema da inundação de Três Vendas foi resolvido, em parte, no sábado à noite.
Os equívocos do texto publicado sobre o assunto neste blog, na sexta-feira passada, foram dois: prever que a situação seria solucionada naquele dia e não pela Defesa Civil, como queriam manifestantes que organizaram um protesto na rodovia 356 na quinta-feira, mas pelo Ministério Público Estadual.
O problema não foi resolvido na sexta-feira porque havia o receio de que o rio Muriaé enchesse novamente e alagasse mais facilmente Três Vendas. No entanto, segundo matéria publicada hoje no jornal Folha da Manhã, "Trecho da rodovia foi cortado com ajuda de uma máquina escavadeira que chegou do Rio de Janeiro no final da noite de sábado, e o trânsito está sendo feito através de um atalho de terra batida de cerca de um quilômetro utilizado para transportar cana."
Na chamada de capa do períodico para tal reportagem, consta ainda que "A intervenção foi pedida pela Defesa Civil e teve apoio do Ministério Público Estadual." Isso mostra, portanto, que, ao contrário do que foi previsto aqui, a ação em questão foi promovida pelos dois órgãos.

Atualização (31/12 - 18:38): Exclusão do último parágrafo, com link para a matéria do jornal Folha da Manhã que não funcionava.

domingo, 28 de dezembro de 2008

Garotinho na revista "Veja" desta semana

A revista Veja desta semana é quase toda dedicada a uma retrospectiva do ano que finda. Uma matéria com o título "A bolsa da astronauta e outras 39 histórias de 2008" (ou "40 Fatos") é parte dessa retrospectiva da publicação e tem o fato de número 28 reservado ao ex-governador do Rio de Janeiro Anthony Garotinho.
O blogueiro Fábio Siqueira registrou comentário sobre um texto publicado aqui ontem ("Garotinho de novo no Cadeira elétrica"), afirmando que "Não é possível pensar o cenário político de Campos e do RJ nos próximos 4 anos - pelo menos - sem considerar o que diz Garotinho, independente de se gostar ou não dele". Seguindo a linha de raciocínio do responsável pelo blog Comentários do cotidiano, o que se diz de Garotinho na imprensa de alcance municipal, estadual e nacional também deve interessar aos campistas, fluminenses e até brasileiros. Pois bem, à nota de Veja:
28Anthony Garotinho
Em maio, a PF acusou o ex-governador do Rio de chefiar uma quadrilha armada encastelada na Polícia Civil carioca.
O que aconteceu:
Garotinho recolheu-se em Campos, onde sua mulher Rosinha foi eleita prefeita. A Justiça acatou a ação que o coloca como líder de quadrilha armada. Agora oficialmente réu, o primeiro-marido de Campos pode ser condenado a até oito anos de prisão.
Leitores que vêem a política da planície goitacá dividida em dois lados talvez acusem este Soprador de Vidro de adesão ao grupo do casal Garotinho, mas há ao menos uma injustiça nessa nota da Veja: o presidente estadual do PMDB não se recolheu em Campos para eleger a mulher dele. Ao contrário...

sábado, 27 de dezembro de 2008

Garotinho de novo no "Cadeira elétrica"

O presidente estadual do PMDB, Anthony Garotinho, está de volta ao programa Cadeira elétrica, da rádio e TV Campos Difusora. Ele chegou a emissora há menos de duas horas, alguns minutos depois do início da atração, que começou com atraso.
Há quase um mês, quando participou do programa pela primeira vez após a eleição de Rosinha, ele entendeu, conforme noticiado aqui, que não deveria fazer as denúncias como havia planejado, em função da situação das vítimas das chuvas, que começavam a atingir o município. Na ocasião, o marido da prefeita eleita, considerou que, caso cumprisse a missão para a qual foi convocado naquele dia, poderia deixar as pessoas revoltadas com o governo municipal atual. Disse então que retornaria no sábado seguinte, quando, na verdade, comandou uma reunião com militantes da Aliança Muda Campos, também divulgada aqui, para convocá-los a participar de um protesto à frente da Câmara Municipal, exigindo a aprovação do Orçamento de 2009 –o que não foi necessário.
Até agora, Garotinho não disse nada de muito diferente do que já vem falando há algum tempo sobre a corrupção que marcou os mandatos de Arnaldo Vianna e Alexandre Mocaiber. Pelo visto, ao longo dos primeiros meses do governo Rosinha, ele repetirá tudo muitas outras vezes...
Para quem gosta do discurso do político –como diversão, por qualquer dever de ofício ou por algum tipo de admiração pelo ex-governador–, acompanhar a atração, mais uma vez sob o comando de Barbosa Lemos, é uma boa pedida.
No mais, como os microfones para quem telefona para a Campos Difusora estão abertos, será que alguém poderá perguntar ao convidado de hoje do Cadeira elétrica sobre o recente bloqueio dos bens dele e de sua mulher?
Da vez passada, a participação de Garotinho e da equipe dele e de Rosinha no programa foi coberta neste veículo. Hoje não será possível repetir a dose. Mas isso interessa a alguém que acompanha os blogs desta planície?

sexta-feira, 26 de dezembro de 2008

Solução para Três Vendas?

Há problemas em Campos dos Goytacazes que parecem insolúveis. Basta pensar, por exemplo, no caso do concurso do PSF, supenso mais uma vez, conforme se pode ler numa matéria publicada hoje no jornal O Diário e numa liminar do Desembargador Binato de Castro, reproduzida no blog de Cláudio Andrade.
Já a situação de Três Vendas, na BR 356, parece estar mais próxima de uma solução. Ontem, ocorreu uma manifestação na rodovia, também noticiada em O Diário, por conta do descaso do governo municipal com os moradores do local, vítimas da enchente que o atingiu após as últimas chuvas.
Segundo matéria publicada no jornal, durante o ato, Aldecir Barcelos Júnior, mecânico que liderava o movimento, declarou que "Se até amanhã (hoje) não aparecer ninguém da Defesa Civil aqui para nos ajudar e trazer vacinas, vamos continuar com o bloqueio". Parece que, ao menos em parte, o problema será resolvido hoje. Mas não pela Defesa Civil e sim pelo Ministério Público Estadual.

quinta-feira, 25 de dezembro de 2008

Um velho (mas atual) poema de Winston Churchill Rangel sobre o Natal

O poema abaixo foi extraído de Cerca Lourenço e outras histórias, livro da década de 1980 do advogado, dramaturgo, escritor, jornalista, poeta e cineasta campista Winston Churchill Rangel que certamente ainda vai constar na seleção de obras do blog Campistana –tão pouco atualizado ultimamente. Trata-se de uma versão contemporânea do nascimento de Jesus Cristo. O espírito transgressor dela deve ter muito mais a ver com os episódios anteriores à chegada do messias ao mundo do que com a visão deles institucionalizada no catolicismo e nas várias denominações protestantes (ou evangélicas), pentecostais e neopentecostais. Transgressor também era, à época, o autor dos versos, que, mais recentemente, mostrou saber ser comportado com De todos os tempos, Campos de todos nós: uma necessária declaração de amor, primeiro longa-metragem campista, um documentário dividido em três partes.
Poucas foram as correções dos erros do texto original: apenas substituições de um para e um a por pára e à; até a grafia incorreta do nome do autor antes da primeira estrofe (com um L a menos) foi mantida. Observe-se também que a personagem mendiga torna-se puta velha. Nada disso, tira, no entanto, o brilho e a força de “Sinceramente cristãos”.
A decisão de publicar hoje esse poema visa a provocar uma reflexão sobre o Natal como data que deveria ser celebrada de forma menos hipócrita e consumista pelos que se dizem cristãos.

SINCERAMENTE, CRISTÃOS!
(Winston Churchill Rangel)

CHURCHIL –Só não chamaram de santa.
Agora, de vagabunda,
Desonrada e perdida
A família fez a festa.
De joelhos, disse a mãe:
Deus não te dê boa hora,
Pois já não és minha filha.

O irmão cuspiu-lhe o rosto
Com a baba grossa de bêbado.
O pai, com a mão estendida,
Mostrou-lhe o olho da rua.
São coisas de bons cristãos.

Com ele foi tudo igual,
Botaram a boca no mundo:
Palhaço, tonto, babaca,
Disse o pai que era batista.
Tapa-buraco, pedreiro,
Disse o irmão macumbeiro
Que aos domingos ia à missa.
A mãe, como toda mãe,
Semeou logo a discórdia:
Será que esse filho é teu?
São coisas de bons cristãos.

Tratados por criminosos,
Não havia crime algum,
Pois só fizeram cumprir
O que mandam os mandamentos:
Crescei e multiplicai-vos
Por amor de um ao outro.
E foram as duas crianças
Morar na beira do rio
Num barracão alugado.

Pra viver, cortaram cana,
Lavaram roupa pra fora.
À noite, por diversão,
Ficavam as duas crianças
Brincando com a criancinha.
Sinceramente Cristãos.

Na mesma velocidade
Em que passam nove luas,
Em que a cobra muda de pele,
Em que a vaca tem cria,
As dores eram verdade
Pelo ventre de Maria...

Ainda ontem crianças,
Agora homem e mulher,
Nos aceiros, noite ainda,
Vão os dois de bicicleta.
No quadro, ela com dores,
Ele nervoso, ao selim.
Cuidado agora, José!
É buraco? Pra direita.
Atoleiro? Quebra à esquerda.
A corrente saiu do eixo,
O suor corre da testa,
Dele e dela, pressa e dor.
Até que enfim o asfalto!

Agora fica mais fácil
Pra consertar a corrente,
Pra ela respirar fundo
Pra beberem um pouco dágua,
Vão parando os dois cristãos.

Agora, já na cidade,
Perguntam daqui, dali,
Onde é o hospital
E recebem por resposta
Um logo ali, por ali,
Que os cristãos falam apressados
Pois é véspera de Natal.
Queijos, vinhos, rabanadas,
Bacalhau de Portugal,
Festa de amigos ocultos,
Presentes distribuídos
Com as crianças do orfanato
–velhas bolas e bonecas,
Num corre-corre danado,
Não podem os bons cristãos
Atender aos seus irmãos
E pensar ao mesmo tempo
Na ceia de logo mais.
Num botequim-padaria
Descansam um pouco as pernas,
Ela come um sanduíche
De ovo frito e acha lindas
As bolhas do guaraná.
Ele com a testa enrugada,
Fica olhando pra fora
Onde passa um cavaquinho
De braço dado com um bêbado.
Na porta pára uma bicha:
–Padeiro, tem pão de ontem?
Quem mandou fazer demais.
E rouba um litro de leite.
Do corre-corre que ocorre
Se aproveita uma mendiga
Pra também roubar um pão.
Ele e ela se assustam,
Mas depois ficam mais calmos
Com o riso do português
Acostumado aos assaltos
Maiores e oficiais.
O portuga é bom cristão.
Com a psicologia
Que aprendeu, não na escola,
Mas com o umbigo no balcão,
Logo é conhecedor
De toda história e dores
E deita sabedoria
–Trata-se de um rebate falso,
Ou então parto sem doire.

No céu de chumbo um rabisco
Seguindo atrás o trovão.
O primeiro pingo cai.
Voltar pra casa não podem.
O padeiro os acode.
E diz com sinceridade
Que pra ficarem uma noite
–Tain lá embaixo o porão.

Ele abraçado com ela
Vão descendo pela escada,
E um forte cheiro de vela
Misturado com cachaça
Esquenta os seus narizes.
Quando a vista se acostuma,
Dão de cara com a bicha
Com seu saquinho de leite,
O bêbado e o cavaquinho,
A puta velha com o pão.
Amedrontados e quietos.
Mas logo cessam os raios,
O vento forte sossega,
A tempestade amaina.
No comércio da cidade
Os cristãos voltam à doideira
Champanhe com guaraná
Melhor bebida não tem.
–Se esqueceu do pó de arroz
Pra empregada lá de casa?
–Na esquina eu consigo
Um sabonete pra ela.
–O tio rico é de quem?
De quem é o tio pobre?
Então pro meu o relógio,
Pro teu um feliz natal.
–Roubaram a minha bolsa!
Seu guarda, é aquela negra!
Numa confusão total
Como só os bons cristãos
Fazem em tempo de Natal.

As horas passam depressa
Pois são filhas dos minutos
Todos feitos de segundos
Que é o tempo que basta
–Pra cobra dar o seu bote,
Pro sapo pular no brejo,
Pro demo piscar um olho,
Pro sino fazer din-don,
Pra agora ser meia-noite.

Na vidraça da janela
Do porão que dá pra rua,
Dois olhos arregalados
De homem olham os foguetes
Que saúdam o nascimento
De Nosso Senhor Jesus.
Uns estouraram, outros choram,
Mas todos por fim se apagam.
Menos um, o mais bonito
De cabeça e cauda grandes.
E o homem olhou pra trás,
Para chamar a mulher...
No que olhou, teve um susto:
Tinha nascido um menino
Que olhava a todos com calma.
Com uns olhos de um assim tão claro
Que iluminavam o porão.
Lá estavam os três reis magos,
Não com ouro, incenso ou mirra.

A bicha negra deu leite,
A puta velha deu pão,
O bêbado a poesia,
José um beijo em Maria.
Sinceramente Cristãos.

terça-feira, 23 de dezembro de 2008

E por falar em prefeito...

...hoje, a partir das 20 horas, os blogueiros desta planície reunir-se-ão no Terapia's Bar, para uma espécie de confraternização. O convite foi feito por George Gomes Coutinho e por Vítor Menezes no blog Urgente! É bom que ninguém falte, pois Vítor já ameaçou "fazer críticas ácidas e contundentes contra tudo e contra todos (principalmente os "todos" ausentes rs rs rs)".

Faltam nove dias...

...ou, para quem gosta de precisão, oito, algumas horas e alguns minutos e segundos para o ainda prefeito Alexandre Mocaiber passar o cargo para sua sucessora.
Nunca agradou a este blogueiro misturar religião com aspectos mundanos por demais banais. Mas algo análogo a uma novena poderia ser feito a partir de hoje pelos insatisfeitos com o atual desgoverno. Para evitar confundir sagrado e profano, sugere-se, então –passando para um outro campo que não o da religião–, uma torcida para que o tão sumido chefe do Executivo municipal não faça muita coisa nos próximos dias. Ao longo de todo o seu mandato, ele pouco fez, e várias de suas últimas medidas foram consideradas por muitos de uma infelicidade sem par.

A estátua de Nilo Peçanha livre dos tapumes que a cercavam

Uma notícia menos velha que a repercutida no texto abaixo, mas já de ontem: imagens do monumento em homenagem a Nilo Peçanha já sem os tapumes que o cercavam, produzidas hoje, entre 14:40 e 14:41.
Fotos: Gustavo Landim Soffiati

Observação: Material postado no horário que consta abaixo, mas só publicado mesmo às 07:39, por conta de problemas com conexão.

segunda-feira, 22 de dezembro de 2008

Cá e lá

O assunto já está meio velho, mas o blogueiro vai se orientar pelo espírito do último texto publicado aqui: para alguém atrasado em relação às notícias, resta inventar retrospectivas.
Na semana passada, o ato de Rosinha de entregar o diploma de prefeita eleita, que recebeu da juíza Marcia Alves Succi, ao marido Anthony Garotinho foi comentado ad nauseam e com intenções distintas em veículos da imprensa local. Mas não foi só a mulher do ex-governador que resolveu adotar tal prática. Para quem ainda não tomou conhecimento de um caso similar, ocorrido na capital do Estado, talvez valha registrar uma nota sobre o assunto, publicada pelo colunista Fernando Molica no jornal O Dia de sábado:
"MEU GAROTO
Eduardo Paes interrompeu uma reunião de Cabral com deputados do PSB para mostrar o diploma de prefeito. Por falar nisso: o governador anda meio preocupado com a ansiedade de Paes. Tem recomendado um pouco mais de calma ao afilhado."
Caberia lembrar que Eduardo Paes se projetou na vida política como apadrinhado de César Maia, que disputou com Garotinho a eleição de 1998 para governo do Estado? Que, naquela época, Sérgio Cabral, futuro aliado (e hoje desafeto) de Garotinho, era adversário do atual presidente estadual do PMDB? Que Cabral venceu as eleições para governador com o apoio do casal Garotinho, tendo Paes como concorrente no primeiro turno e como aliado no segundo?
Considerando que muitos campistas conhecem razoavelmente a história política local dos últimos anos e/ou que ela vem sendo bem recapitulada em periódicos desta planície, este Soprador de Vidro entende que, ao menos a princípio, não precisa abordá-la. Mas comentários, cada vez mais raros por aqui, são sempre bem-vindos.

domingo, 21 de dezembro de 2008

Depois de um dia repleto de alguns dos típicos compromissos de fim de ano...

este Soprador de Vidro passa por aqui para registrar que:

a) a matéria paga dos ruralistas, que, como ele anunciou na última nota publicada aqui (na sexta-feira), sairia num períodico local no domingo, já pode (ou pôde) ser lida na página 05 do jornal Folha da Manhã de hoje –e mereceu menção do jornalista Ricardo André Vasconcelos no blog Eu penso que...);
b) num texto postado neste veículo na quarta-feira, quando ele questionou se alguém teria uma idéia do que poderia ser a nossa batalha de Itararé, não pretendia abrir uma enquete, mas que um leitor do blog, Jean, ao fazer um comentário sobre o assunto, acabou matando a charada ("Só sei que ocorreria no [sic] sob os olhares de Alberto Torres e Barão da Lagoa Dourada...").
Os dois temas bem merecem reflexões aprofundadas. Mas, para variar, faltou tempo àquele que neste veículo desempenha o papel de faz-tudo –de fotos a gravações do que os outros dizem, passando pela divulgação do (pouco) que consegue publicar. Nos últimos dias, além de ocupado com os compromissos mais ou menos profissionais de final de ano (Conselhos de Classe e de Promoção, fechamento de diários, confraternizações com colegas de trabalho, comparecimento a formaturas...), ele se viu envolvido, como diretor da Apefaetec, com uma audiência na Alerj, e –como pai, filho e...marido, irmão etc. e tal – com os habituais ritos familiares e consumistas do período que antecede a celebração do Natal e o reveillon.
O jeito agora é inventar uma retrospectiva da semana que passou, além de uma outra, já planejada e divulgada aqui, de muito do que o autor destas linhas vem arquivando desde a criação do Soprador de Vidro, mas nem sempre tem oportunidade de comentar. Ou não.
Em suma, depois de "previsões" os poucos leitores deste blog serão agraciados com a leitura de muita notícia velha. Ou também não.

sexta-feira, 19 de dezembro de 2008

Dizem por aí...

que um grupo de ruralistas desta planície (ou bebês chorões, segundo o promotor estadual Marcelo Lessa Bastos) resolveu publicar uma matéria paga num jornal de Campos dos Goytacazes atacando o inatacável. Sim: atacando o inatacável. Pois será que em tal matéria esses ruralistas conseguirão responder ao desafio que lhes fez o promotor na mesma entrevista na qual lhes aplicou tão singelo apelido?
Aguardem: domingo.

Nilo Peçanha continua o mesmo. Mas o monumento sobre o qual ele está...

Nas fotos abaixo, produzidas hoje, entre 18:59 e 19:02, registros do retorno da estátua de Nilo Peçanha ao local de onde foi retirada há poucos dias, como documentou o jornalista Ricardo André Vasconcelos em seu blog Eu penso que...
Fotos: Gustavo Landim Soffiati
A estátua, ao que parece, continua a mesma (teria, de fato, passado por uma restauração?). Mas, talvez, antes isso. Imaginem se resolvem inovar na recuperação dela –nem é bom pensar em como poderia estar agora.
Já o monumento sobre o qual a escultura está mudou. Mas ainda bem que nem se compara àquela obra de péssimo gosto erigida sobre a Fatia de Queijo.
Na imagem abaixo, Nilo Peçanha. Mas à esquerda de quem a olha. Não o confundam com o operário que até posou para a foto ao lado do único campista que chegou à presidência da República.
Curiosidade: o operário da escada é o mesmo de uma das fotos que ilustra um texto publicado aqui em 17 de novembro.

Atualização (22:21): reedição da publicação e inserção da curisiodade ao final do texto.

quarta-feira, 17 de dezembro de 2008

A nossa batalha de Itararé

Em certo momento do desenrolar do movimento que desencadeou o golpe de 1930, por meio do qual Getúlio Vargas chegou pela primeira vez à presidência do Brasil, houve uma grande expectativa em torno de uma tragédia anunciada que acabou não ocorrendo: a batalha de Itararé.
Conforme se pode depreender do nome da batalha, o conflito aconteceria em Itararé, município de fronteira entre os estados de Paraná e São Paulo, e seria travado em função de um rompimento do Partido Republicano Paulista (PRP) com a chamada política do café-com-leite –expressão remissiva à alternância na presidência no Brasil de paulistas e mineiros, os maiores produtores de café e de leite no país.
A ruptura com tal política se deu quando, em 1930, o presidente paulista Washington Luís resolveu indicar o conterrâneo Júlio Prestes para sucedê-lo. Como era a vez dos mineiros escolherem seu representante, o governador de Minas Gerais se aliou a oligarquias dos estados do Rio Grande do Sul e Paraíba e formou a Aliança Liberal, para disputar as eleições de 1930. Getúlio Vargas, do Rio Grande do Sul, e João Pessoa, da Paraíba, foram, respectivamente, os candidatos a presidente e vice-presidente da República pela Aliança Liberal.
Não fugindo à regra das eleições da época da chamada República Velha, o pleito de 1930 foi marcado por fraudes, efetuadas tanto pela situação quanto pela oposição. Mas tais expedientes não garantiram a vitória da Aliança Liberal, cujos integrantes, insatisfeitos com a derrota, começaram a tramar um golpe contra o governo.
Os planos para o golpe ganharam ares de uma revolução depois do assassinato de João Pessoa por um adversário na Paraíba –crime que teve como conseqüência uma revolta popular e cuja responsabilidade recaiu sobre o governo federal. Assim, em 3 de outubro de 1930, tropas sob o comando de Vargas partiram do Rio Grande do Sul para o Rio de Janeiro, à época capital do Brasil. Surgiu então o temor de que, no caminho, os liderados por Vargas enfrentassem os que estavam a serviço de Washington Luís. A previsão era de que um confronto ocorreria em Itararé. Nada aconteceu, no entanto: antes que as tropas de Vargas chegassem ao local, uma junta militar depôs Washington Luís no Rio de Janeiro.
A batalha de Itararé –a que não houve– virou motivo de chacota. Em homenagem a ela, um humorista e político independente da época, Aparício Torelly (1895-1971), resolveu intitular-se Barão de Itararé.
Em Campos dos Goytacazes, um embate comparável à batalha de Itararé foi anunciado há pouco mais de duas semanas. E, como ela, acabou não ocorrendo. Alguém tem idéia do que poderia ser a nossa batalha de Itararé?

terça-feira, 16 de dezembro de 2008

Juiz autoriza destruição de mais quatro diques ilegais

Hoje à noite, o juiz federal Fabrício Antônio Soares, atendendo ao Ministério Público Federal, a partir de provocação do promotor estadual Marcelo Lessa Bastos, expediu liminar autorizando a destruição de diques ilegais e de outras obras em terras invadidas na Lagoa Feia pela Usina Paraíso, por Demerval Queiroz e pelos proprietários da Fazenda do Louro e da propriedade fronteiriça à Ilha dos Carães.
Além disso, o juiz determinou que se procedesse "à realização de vistoria nas terras pertencentes a Ari Pessanha, a fim de verificar se há construções de diques de contenção ou comportas irregulares, em área de preservação permanente. Caso seja constatada a presença de tais construções irregulares e, desde que não protejam, também, outras localidades de significativa densidade demográfica, em igual sentido procedam à sua destruição."
Na liminar também se determina que "seja bloqueada a verba federal para o Estado do Rio de Janeiro e/ou para SERLA, para fins de reparação dos danos causados pelas recentes enchentes que atingiram a região, até ulterior deliberação".
Finalmente, o juiz Fabrício Antônio Soares indeferiu a habilitação da Associação Fluminense dos Plantadores de Cana – ASFLUCAN, na condição de litisconsorte passivo, ou seja, interessada em apoiar a ação, por entender o magistrado que a instituição reúne ruralistas construtores de diques irregulares.
A destruição do dique da Fazenda do Louro, ocorrida na semana passada, foi, portanto, respaldada pela liminar expedida hoje.

terça-feira, 9 de dezembro de 2008

Para não deixar cair (e não só no esquecimento): o Cine São José

Um texto publicado hoje por Cláudio Andrade, sobre a demolição do Cine Capitólio, no qual o blogueiro parte do caso para se referir ao descaso dos governantes com “a nossa história cultural”, faz pensar numa outra sala de projeção da cidade desativada há muito: o Cine São José, na Avenida 28 de março.
Segundo informações da historiadora Sylvia Paes, no Plano Diretor de Campos dos Goytacazes, de 1991, o prédio foi incluído na lista de bens a serem preservados, algo reiterado este ano pelo Conselho de Preservação do Patrimônio Arquitetônico Municipal (Coppam). O que não significa muito, porque recentemente o Coppam praticamente se omitiu em relação à desfiguração da Praça do Canhão.
Quanto à demolição do Cine Capitólio, prédio cuja história foi abordada na semana passada pelo blogueiro Jules Rimet, num texto marcado por certo lirismo, Sylvia Paes disse tratar-se de uma medida que não precisava ser tomada.
Depois da venda do Cine Goitacá para a Igreja Universal do Reino de Deus e da demolição do Capitólio, resta agora esperar que a equipe de Rosinha tenha sensibilidade para evitar que caía também o São José.
Na parte reservada ao Centro Histórico de Campos no Plano básico de governo da prefeita eleita, como para registrar o que pensa sobre o assunto, há a seguinte frase, atribuída a ela: “É uma covardia deixar o nosso patrimônio histórico ser destruído. Quero que o centro histórico de Campos tenha o mesmo tratamento que tem o de Salvador, na Bahia.” Na mesma seção, consta ainda, entre 15 propostas apresentadas para o tema, a idéia de “criar programas e campanhas de incentivo à preservação do espaço público”. Já na parte reservada à pasta de Cultura, um dos compromissos é o de “restaurar o Museu de Campos e, em parceria com instituições ou empresas privadas, a Lyra de Apolo, com vistas à revitalização do Centro Histórico, conforme projeto estabelecido em parceria com as entidades representativas dos comerciantes e moradores da área”.
Ainda que não haja nenhuma indicação em tal plano quanto ao que fazer em relação ao Cine São José, outras propostas contidas no documento certamente contemplam situações como a do prédio. Obviamente, não é possível dar conta de tudo o que não foi feito durante os últimos anos em pouco tempo. Mas dinheiro não falta.

sábado, 6 de dezembro de 2008

Garotinho conclama militantes a participarem de manifestação em frente à Câmara

Ao contrário do que prometeu no sábado passado, em entrevista concedida a Barbosa Lemos no Cadeira elétrica, o presidente estadual do PMDB Anthony Garotinho não voltou hoje ao programa da rádio e TV Difusora, conforme noticiado aqui. Mas reuniu uma multidão de militantes da Aliança Muda Campos no auditório do Sindicato dos Bancários, num evento marcado para começar as 16 horas.
Fotos: Gustavo Landim Soffiati
O vereador Edson Batista discursa para os militantes. Ao lado dele, Suledil, Garotinho e Nahim

O encontro contou com a presença de vereadores eleitos e não eleitos pela Aliança, de nomes que comporão o secretariado de Rosinha e dela própria. A prefeita eleita, que chegou ao local por volta de 17:15, no momento em que o deputado Geraldo Pudim discursava, fez uma longa explanação. Mas só falou depois do marido.

Rosinha chega ao auditório do Sindicato dos Bancários

Para tocar no assunto central do encontro, após saudar todos os presentes (políticos e militantes), Garotinho tratou da corrupção em vários setores Prefeitura de Campos (nas Secretarias de Educação e Saúde, na Fundação Zumbi dos Palmares) e nas esferas de poder atingidas por tal fenômeno –segundo ele, a Câmara de Vereadores, a Polícia e a Justiça.
Depois de dizer a Rosinha que “ser prefeita de Campos não é um prêmio, é um desafio”, conclamou os presentes a participarem de uma manifestação na frente da Câmara na próxima terça-feira:

“Eu pergunto: essa máfia na Saúde, na Educação, na Câmara e em tudo quanto é lugar, vocês acham que vai ser fácil suportar isso? Não vai. Não vai! Então, nós precisamos de vocês. Mas nós não precisamos de vocês pra... ano que vem não... Nós precisamos pra terça-feira agora (...) Terça-feira agora!... O presidente da Câmara tá fazendo chantagem (...) Essa turma não vai fazer com Rosinha o que fizeram (sic) com Mocaiber. É pau neles!”

Alguém tem algum palpite sobre o motivo da manifestação?
Maiores informações, amanhã. Que começa daqui a pouco.
Por ora, dois trechos divertidos do discurso do ex-governador

Sobre os presos durante a Operação Telhado de Vidro e outros integrantes do atual governo que ainda podem ir para a cadeia:

“Hoje já tem três secretários de Mocaiber lá em Bangu 1. Já tem três. Mas, depois que Rosinha assumir, eu acho que vai faltar cela lá.”

Sobre o repasse de verbas para instituições de ensino de Campos:

“Professora Auxiliadora [ex e futura secretária de Educação], no colégio Nossa Senhora Auxiliadora só estuda pobre? Receberam [na instituição] da prefeitura, só nesses sete anos de Arnaldo e os três de Mocaiber 80 milhões de reais. 80 milhões de reais!”

Garotinho cumprimenta militantes ao final do evento
Atualização em 07/12 (10:57 ): inserção de imagens, revisão de texto e mudança de título.

quinta-feira, 4 de dezembro de 2008

Um registro e uma indicação

Tem faltado tempo a este Soprador de Vidro, que, na segunda-feira, como ressaltou aqui, ocupou-se de ajudar como podia aos desabrigados de Ururaí (sobretudo aos instalados no CEDOA), e ontem passou o dia em Quintino Bocaiuva, participando de uma reunião ordinária da Apefaetec.
Não houve, portanto, como registar, mais ou menos em cima do lance, os três nomes anunciados ontem por Rosinha para o secretariado dela –todos eles já amplamente divulgados nos blogs e jornais locais. Maria Cecília Lysandro de Albernaz, a eterna candidata à vereadora Cecília Ribeiro Gomes, é a titular da Secretaria Municipal de Trabalho e Renda (a ser criada). Joilza Abreu Rangel, responsável pela Coordenaria Regional NF1 da Seeduc, foi escolhida para assumir a Secretaria Municipal de Promoção e Ação Social. E Maria Auxiliadora Freitas de Souza voltará a ocupar o posto de secretária municipal de Educação.
Não há, por ora, como tecer comentários sobre os seis nomes já indicados até agora pela prefeita eleita para o secretariado do governo que se inicia em janeiro. E, penitenciando-se por não ter abordado até hoje –ao menos de forma direta e com mais profundidade– um dos temas que consta no espaço reservado à descrição deste blog (educação), o responsável pelo veículo indica a leitura de uma análise de Xacal sobre o assunto, mais especificamente sobre a política educacional municipal na(s) última(s) década(s).

terça-feira, 2 de dezembro de 2008

É nobre aderir...

Parece óbvio que todos de bom-senso aderirão a uma campanha como essa. Mas o responsável por este blog faz questão de declarar que a apóia. Já até separou roupas para doar. Além disso, mesmo que este veículo não tenha tantos leitores, divulgar esse tipo de ação nunca é demais.

Abaixo, o texto de um dos idealizadores da campanha, extraído do blog Eu penso que..., do jornalista Ricardo André Vasconcelos:

"É NOBRE DOAR !
A partir de hoje, eu e o fotógrafo Rodolfo Lins, estaremos coordenando uma campanha para ajudar as vítimas das enchentes em Campos. É hora de descruzar os braços, pedir aos amigos, parentes, vizinhos e toda comunidade para ajudar em tudo que for possível para amenizar a dor dos que estão sofrendo aqui bem perto de nós, como Ururaí e Lagoa de Cima, por exemplo. Mobilizaremos nossos amigos blogueiros, colunistas, jornalistas, publicitários, fotógrafos, modelos, artistas, políticos, enfim nossos parceiros, que tanto nos ajudam em nossa jornada de trabalho, para encarar este desafio.
Durante esta semana, estaremos divulgando detalhes da campanha. Nos sensibilizamos sim, com o dilúvio que arrazou Santa Catarina, mas ressaltamos que, aqui bem perto de nós, também temos centenas de famílias que estão passando pelos mesmo problemas. Vamos nos dividir para somar, vamos doar um pouco de nós.
Lembre-se, É Nobre Doar! Se voce quiser apoiar esta campanha, entre em contato e enviaremos diariamente nossas ações. Mesmo que não queira aderir, visite os locais afetados pelas chuvas, como Ururaí e Lagoa de Cima. Leve alimentos, roupas, água potável, o que voce puder. Pouco para quem perdeu tudo, é muito!
Ajude
OBS: Os pontos de coletas das doações será no sábado dia 06/12, nos locais Pelinca (em frente ao Parquecentro) e no Centro de Campos (Calçadão em frente a Itapuã Calçados) à partir das 8 horas da manhã.Estamos com uma parceria do Jornal Multimidia, mais vms aumentar nossos parceiros e queremos contar com vc ....

Abração:)

Bruno Prudêncio"

OBSERVAÇÃO DO BLOGUEIRO: Em virtude de uma falha de conexão, esta nota, produzida no horário que consta abaixo, só pôde ser postada mesmo agora (21:16).

Há vivos que aparecem de vez em quando

Muito depois de já estabelecido um quadro caótico em Campos, em função do crime ambiental que atingiu o rio Paraíba do Sul e das chuvas que caíram sobre o município, eis que aparece o deputado federal e candidato a prefeito derrotado Arnaldo Vianna. Segundo disse há pouco João Oliveira, no programa de rádio e (desde as nove horas só na) TV De olho na cidade, o parlamentar está em Ururaí, localidade em que perdeu feio para Rosinha –certamente pelo pouco que fizeram ele e seu pupilo Alexandre Mocaiber por quem mora naquela região.
É lugar-comum entre os políticos desta planície aplicar o adjetivo ordeiro ao povo de Campos. Não parece exagero pensar que, ao usar tal termo, boa parte desses políticos queira dizer simplesmente cordeiro, no sentido figurado da palavra. Só mesmo o fato de serem os campistas (c)ordeiros e/ou a gravidade da situação de Ururaí para explicar a boa recepção de Arnaldo na localidade –se é que isso está ocorrendo, pois não há nem certeza de que ele está lá.
Como já se disse antes aqui, numa hora dessas não se pode escolher, entre os que se dispõem a ajudar, aqueles a quem recorrer. Mas pareceu inevitável comentar mais essa atuação do político, só não mais deprimente porque o quadro exige, cedo ou tarde, participação de todos, cada um contribuindo da forma que puder ou quiser (embora entrar em ação por opção –e não por obrigação não devesse ser atitude de um deputado federal).
Mais uma vez, nota-se que até em termos de auto-promoção Arnaldo Vianna é fraco. O que será dele apenas como parlamentar e sem o controle mais ou menos indireto da máquina municipal?
Atualização (18:37): revisão do texto.

segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

Rosinha divulga três primeiros nomes de seu secretariado

O assunto já foi amplamente publicado e/ou comentado na blogosfera local. Mas merece registro do responsável por este veículo. Trata-se da divulgação dos primeiros nomes do secretariado da prefeita eleita. Cumprindo o que prometeu em certa parte de uma entrevista que concedeu a Barbosa Lemos no sábado, repercutida neste blog no mesmo dia, ela anunciou hoje três deles.
O texto abaixo foi remetido pela assessoria de comunicação de Rosinha e só não pôde ser postado antes porque, durante todo o dia de hoje, este Soprador de Vidro teve grande dificuldade de publicar qualquer coisa aqui, já que se empenhou em ajudar o quanto pôde aos desabrigados de Ururaí (sobretudo aos acolhidos no CEDOA).
"ROSINHA ANUNCIA PRIMEIROS SECRETÁRIOS
A prefeita eleita de Campos, Rosinha Garotinho, anunciou hoje alguns nomes que vão integrar o primeiro escalão de seu governo. Rosinha criará a Secretaria Municipal de Cultura e vai fundir a Secretaria de Petróleo com a de Indústria, Comércio e Turismo surgindo a de Desenvolvimento Econômico. Para assumir a recém criada Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico e Petróleo, foi convidado o empresário Eraldo Bacelar. O advogado Francisco de Assis Pessanha Filho vai assumir a Procuradoria Geral do Município e o professor Orávio de Campos Soares vai responder pela Secretaria Municipal de Cultura.
O professor Orávio, responderá também pela presidência da Fundação Cultural Trianon.
FRANCISCO DE ASSIS PESSANHA FILHO, advogado, brasileiro, casado, nascido em Campos dos Goytacazes. Formado pela Universidade Candido Mendes – Centro – Rio de Janeiro e Pós-Graduado, lato sensu, em Direito Processual Civil e Direito Eleitoral pela Fundação Getúlio Vargas.Funcionário do Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro n paríodo de maio de 2000 à maio de 2008. Foi Procurador da Ordem dos Advogados do Brasil, Seccional Rio de Janeiro, gestão 2005-2006 e Auditor do Superior Tribunal de Justiça Desportiva do Futebol desde junho-2008.
Ministra aula de Direito Processual Civil nas Palestras, Seminários e Simpósios, que acontecem semanalmente, visando atualização profissional e cursos relacionados à Administração Pública, em especial Lei n.º 8.666/93 (Estatuto das Licitações) promovidos pelo Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro.
ERALDO BACELAR, farmacêutico Bioquímico; brasileiro, casado, nascido em Campos do Goytacazes, Formado pela Universidade Federal Fluminense (UFF); especialista em Saúde Pública pela Universidade de Ribeirão Preto. Cursa, atualmente, mestrado em Gestão de Serviço de Saúde na Universidade de Lisboa (POR); Presidente da Fundenor; Presidente do Sindicato dos Hospitais do Norte Fluminense (SINDHNORTE); Presidente do Conselho Deliberativo da Fundação Rural de Campos (FRC); Diretor da Fundação Benedito Pereira Nunes; Sócio do Hospital Pró-Clínicas, do Laboratório Plínio Bacelar e do UH Saúde.
ORÁVIO DE CAMPOS SOARES, jornalista, brasileiro, casado, nascido em Campos dos Goytacazes, formado pela Faculdade de Filosofia de Campos, é mestre em Comunicação e Cultura pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Integra a Sociedade Brasileira de Estudos Interdiciplinares da Comunicação; diretor da Rede Brasileira de Folkcomunicação; membro da Academia Campista de Letras; membro da Academia Letras e Artes; Coordenador do Núcleo de Iniciação a Pesquisa Científica em Comunicação; coordenador do curso de Comunicação Social do Centro Universitário Fluminense (UNIFLU/FAFIC); diretor de Teatro com Formação Acadêmica; e Diretor da Companhia Gente de Teatro."
Numa outra oportunidade, talvez tais indicações possam ser comentadas.

Moradores de Ururaí retiram seus móveis de casa usando caminhão e canoa

Móveis chegam de caminhão a uma casa em frente ao CEDOA...

...e saem de canoa de residências de quem mora perto da ponte sobre o rio Ururaí.


Salas do CEDOA emprestadas à Faetec precisam ser desocupadas

Salas do segundo piso de um dos prédios do Colégio Estadual Dom Otaviano de Albuquerque (CEDOA), em Ururaí, que foram emprestadas à Faetec, precisam urgentemente ser desocupadas para acolherem desabrigados.
Foto: Gustavo Landim Soffiati
Prédio do CEDOA em que ficam as salas emprestadas à Faetec
As diretoras do colégio vêm entrando em contato com a Fundação desde sexta-feira. Como nenhuma providência foi tomada, elas recorreram à Defesa Civil, para que funcionários do órgão, com o poder de polícia que detêm, abram as salas, retirem delas computadores e outros objetos e garantam abrigo para as vítimas das chuvas e da enchente do rio Ururaí.
Desabrigados da localidade já ocupam todas as salas de aula do colégio (cada uma com duas ou três famílias), exceto as emprestadas à Faetec.
O responsável por este blog, professor de História do CEDOA e diretor da Associação de Profissionais de Educação da Faetec (Apefaetec), já entrou em contato com a presidência da Fundação no Rio de Janeiro e com a Defesa Civil Municipal. Como as providências não foram tomadas, telefonou há mais de uma hora para a rádio e TV Campos Difusora e tratou do assunto no ar, durante o programa Chico da Rádio.
Até agora, a situação não foi resolvida.

Desabrigados entre ponte sobre o rio Cacomanga e Ururaí

Por volta de 07:30 de hoje, grande era o número de famílias desabrigadas ao longo da BR 101, no trecho após a ponte sobre o rio Cacomanga e Ururaí.

Famílias desabrigadas e seus móveis na BR 101

Todos as famílias que moram ao lado da BR 101 tiveram que levar para a pista seus móveis, já que as casas do local estão submersas (algumas parcialmente, outras quase completamente).

Casa quase completamente submersa
O responsável por este blog vem encontrando enorme dificuldade para fazer uma cobertura do quadro caótico da região, pois tem tentado, como pode, ajudar aos desabrigados de Ururaí instalados no Colégio Estadual Dom Otaviano de Albuquerque (CEDOA), entrando em contato com a Defesa Civil e a Secretaria de Promoção Social da prefeitura e com órgãos de comunicação (emissoras de rádio e TV). Até ao vereador eleito Papinha ele já recorreu. Numa hora dessas não se pode escolher, entre os que se dispõem a ajudar, aqueles a quem recorrer

Desespero de desabrigados acolhidos no CEDOA

Os desabrigados que ocuparam o Colégio Estadual Dom Otaviano de Albuquerque, em Ururaí, estão desesperados. Faltam comida, água e orientação para eles. Na Secretaria de Promoção Social, contactada há pouco, não sabiam nem onde é o colégio.
Fotos: Gustavo Landim Soffiati
Desabrigados acolhidos no refeitório do CEDOA
O vereador eleito Papinha, que está distribuindo sacolões perto da Praça da Igreja da Imaculada Conceição do Sagrado Coração de Maria, já se comprometeu a conseguir mais deles para os desabrigados que estão no CEDOA.
Distribuição de sacolões perto da praça da igreja

O vereador eleito Papinha

domingo, 30 de novembro de 2008

Raquel Maia no "Pânico na TV"

A campista Raquel Maia acaba de aparecer no Pânico na TV. Um "entrevistador" do programa a elogiou bastante, dizendo, por exemplo, que ela tem um "corpo animal", e conseguiu até arrancar um selinho da modelo, que estava na praia.
É o blogueiro ensaiando para ser colunista social.

Cobertura dos blogs locais da situação de Ururaí e Lagoa de Cima

Excelente cobertura da situação de Ururaí a produzida por Ricardo André Vasconcelos, desde que ontem à tarde. Hoje, ele já informou a respeito dos desabrigados por conta da cheia do rio que corta aquela localidade, postou três séries de imagens sobre o assunto e textos publicados pelo site local Ururau e pela Agência Brasil, alguns também com notícias de Lagoa de Cima. Depois de quase uma semana sem postar nada em seu blog, o jornalista voltou com grande disposição de noticiar e opinar!
No Blog do Roberto Moraes também há fotos de Ururaí e Lagoa de Cima.
Sem câmera fotográfica durante este final de semana, o autor destas linhas (que hoje deixou de visitar São Francisco do Itabapoana porque não estava com a máquina) pretende captar imagens de Ururaí amanhã, dia em que trabalha num colégio público de lá.

A propósito...

Em complemento ao(s) registro(s) do texto abaixo: só mesmo a dificuldade de acompanhar atentamente a rica e variada produção do frenético Xacal para explicar que uma análise dele do crime ambiental que atingiu o rio Paraíba do Sul (publicada após duas outras já elaboradas pelo blogueiro, ambas indicadas aqui) não tenha sido notada por este Soprador de Vidro -nos últimos dias, tão empenhado em indicar neste veículo interpretações do assunto divulgadas na blogosfera local. Sobretudo considerando ter sido o texto em questão postado na sexta-feira no blog desse onívoro predador. Trata-se de "Ainda sobre o Rio Paraíba, a lei, os infratores ricos e os infratores pobres...".

Uma análise de Roberto Moraes em torno do desastre ambiental que atingiu o Paraíba

Levando a cabo a tarefa de indicar aqui a publicação de análises (produzidas em torno) do criminoso desastre ambiental que atingiu rio Paraíba do Sul nos últimos dias, causando enorme prejuízos à chamada região Norte Fluminense, registra-se agora um artigo publicado por Roberto Moraes, responsável por uma excelente cobertura da catástrofe em seu blog.
Antes do texto do professor, foram mencionados neste veículo dois de Xacal ("O banho de Chagas Freitas...","Depois da porta arrombada..."), um de José Carlos Salomão (sem título) e um de Luiz Felipe Muniz de Souza ("Um rio cada vez mais perto do fim...").
O objetivo de propor aqui uma seleção como essa é dar destaque a interpretações do assunto, muito noticiado e pouco analisado.

Liberada a ponte de Ururaí

Do blog de Ricardo André Vasconcelos:

Ponte de Ururaí já foi liberada:
A informação é do Globo on line:
Durou menos de duas horas a interdição da Ponte sobre o rio Ururaí, por causa da enchente do Rio na localidade de Ururaí.
Após avaliação de técnicos da Autopista, empresa concessionária do trecho da BR-101, o trânsito foi liberado.

sábado, 29 de novembro de 2008

Garotinho no "Cadeira elétrica" 13: Barbosa Lemos e Reinaldo Barbosa encerram o programa

O casal Garotinho já deixou os estúdios da rádio e TV Campos Difusora faz tempo. Os integrantes da comitiva que o acompanhava saíram pouco a pouco do local. Há cerca de 25 minutos, Reinaldo Barbosa chegou à sede da empresa e, após um bate-papo com o irmão Barbosa Lemos, o programa Cadeira elétrica foi encerrado. Ricardo Silva já está pronto para apresentar Ensaio de carnaval. A programação normal da emissora, intercalada com notícias sobre o caos provocado pelas chuvas que caem sobre todo o município, continua a ser transmitida apenas pelo rádio. Quem ligar a TV agora assistirá a videoclipes.

Garotinho no "Cadeira elétrica" 12: Nahim e Henriques na prorrogação

O Cadeira elétrica já foi prolongado por quase duas horas além do tempo previsto para o programa. Garotinho e Rosinha continuaram se alternando nos microfones, com a mediação de Barbosa Lemos. Na pauta do casal, divulgação da corrupção que atingiu Campos nos últimos anos e comentários sobre informações quanto ao assunto que chegaram à Difusora, por meio do diretor da empresa e de ouvintes e/ou telespectadores da emissora de rádio e TV. Adotando uma postura democrática, por assim dizer, "o repórter de um milhão de ouvintes" passou há pouco a palavra para o vereador reeleito Nelson Nahim e para o vice-prefeito Roberto Henriques, que ainda está falando. Nahim falou sobre seus projetos para a Câmara no próximo ano. Há quem especule que ele será o presidente da Casa de Leis em 2009. Já Henriques voltou a aconselhar o prefeito a se fazer presente. Quando o vice-prefeito comentou ter dito a Henrique Oliveira, da Defesa Civil, que assumiria o papel do sumido chefe do Executivo, Barbosa Lemos indicou a divulgação da notícia de que Mocaiber estaria acamado como motivada pela atitude de Henriques de assumir o lugar do alcaide.

Garotinho no "Cadeira elétrica" 11: quem gosta de shows não vai ter do que reclamar

Pelo programação de shows previstos para o verão de Campos divulgada por Rosinha, os que gostam da política do pão e circo não terão do que reclamar. Tudo será como antes. Ou quase tudo.
Segundo a prefeita eleita, ela calcula gastar 2 milhões com toda a infra-estrutura de tais eventos (e entre eles estão incluídos não apenas os de Farol de São Thomé). A quantia seria bem inferior à utilizada pelo atual prefeito, que teria investido 6 milhões só de cachê para artistas responsáveis por espetáculos apresentados nos primeiros meses do ano que termina. Quem viver verá. Ou será que apenas dançará?

Garotinho no "Cadeira elétrica" 10: Rosinha diz que só vai anunciar o secretariado na segunda-feira

Barbosa Lemos quis saber o que mais Garotinho tinha a apresentar de gastos absurdos apurados no governo Mocaiber. Enquanto o presidente estadual do PMDB tentava entender dados que ainda não havia analisado, o âncora perguntou à prefeita eleita quando ela ia anunciar o secretariado, mas não conseguiu arrancar informações sobre o assunto da ex-governadora, que prometeu divulgar a listagem solicitada depois de amanhã.
Está difícil para a prefeita eleita tirar o monopólio da fala de Garotinho, principalmente porque muitos dos comentários dele fizeram os que estão nos estúdios da Difusora darem boas risadas.

Garotinho no "Cadeira elétrica" 9: prorrogação do programa esquenta partida entre marido e mulher

Barbosa Lemos já anunciou que o Cadeira elétrica, previsto para terminar às 18 horas, seria estendido por mais algum tempo. Durante uma fala um pouco mais longa de Garotinho, quando o locutor disse ia passar a palavra para Rosinha, o ex-governador pediu um pouco mais de tempo, para tratar de algo de que Barbosa iria rir muito: os gastos do governo municipal com triathlon em Campos. A propósito, a "disputa" entre marido e mulher para falar está boa. Há pouco, a prefeita eleita disse que não vai pagar o que não foi feito. Assessorado por um grande time de colaboradores, entre os quais o irmão Nelson Nahim, Garotinho apresentou os gastos da Prefeitura com toner.

Garotinho no "Cadeira elétrica" 8: ex-governador consegue ter minutos de fama

Durante a conversa que Barbosa Lemos estava tendo com Rosinha nos estúdios da Difusora, Garotinho conseguiu roubar por duas vezes a cena da prefeita eleita. A partir dos comentários de que a Linha do Limão e o dique apresentam problemas, o presidente estadual do PMDB apresentou informações sobre gastos astronômicos com obras em tais locais. Embora já esteja falando por mais tempo já há alguns minutos, Garotinho tem dito preferir voltar num outro dia ao Cadeira elétrica, pois os dados que tem para apresentar revoltariam as pessoas que estão vivenciando o caos provocado pelas chuvas no município. Enquanto não vai embora, trata de gastos absurdos nos mais diversos setores da prefeitura.

Garotinho no "Cadeira elétrica" 8: secretário de Saúde vai decretar estado de emergência

Se, em situações calamitosas como a que vem assolando o município nos últimos dias, Rosinha, como prefeita, tiver a mesma disponibilidade que vem apresentando agora, mostrará ter compromisso com a população. Mesmo que não tenha a intensa vontade de fazer algo a partir de primeiro de janeiro, não poderá de forma alguma ser comparada a Mocaiber, o prefeito mais ausente da história de Campos. A tarefa de concorrer com o prefeito é fácil. Mas se no início do próximo ano o município for atingido por chuvas como essas dos últimos dias, o trabalho será pesado. Há pouco, ela informou que o secretário estadual de Saúde vai decretar estado de emergência para o município.

Garotinho no "Cadeira elétrica" 7: entrevistado quase esquecido

Conversas telefônicas com autoridades dos governos municipal e estadual e com a prefeita eleita Rosinha, fizeram com que Barbosa Lemos quase se esquecesse do convidado do "Cadeira elétrica" de hoje, Antnony Garotinho. Há pouco, quando fez uma menção à presença do ex-governador no programa, Garotinho propôs voltar no próximo sábado, em respeito à situação das vítimas das chuvas. Rolou um bate-boca amigável entre os dois, e o âncora conseguiu convencer o entrevistado a continuar nos estúdios da Campos Difusora. Agora, Rosinha acaba de chegar à emissora e rouba, mais uma vez, a cena do marido.

Garotinho no "Cadeira elétrica" 6: o paradeiro do prefeito

O secretário de Defesa Civil, foi entrevistado por telefone por Barbosa Lemos, informou ao radialista que o prefeito de Campos está acamado. Em tom irônico, o locutor perguntou desde quando o titular do Executivo está doente. O secretário teve que dizer que, apesar de não saber, esteve há pouco na casa de Mocaiber, para atestar sobre o estado de saúde do prefeito. Agora, Rosinha fala ao telefone. A prefeita eleita lamentou que o prefeito não tenha aparecido, pois ele é que deveria coordenar os trabalhos da equipe de governo para dar conta do problema causado pelas chuvas que atingem o município.

Garotinho no "Cadeira elétrica" 5: desabamento do teto do Caoitólio e 2200 vítimas das chuvas

Barbosa Lemos informou há pouco que desabou o teto do Cine Capitólio e advertiu os ouvintes para que tivessem cuidado com os prédios velhos de Campos, evitando passar perto deles.
O radialista Rony Pereira disse que já são 2200 os desalojados e/ou desabrigados por conta das chuvas em Campos.
O homem que não tem medo de cara feia está conversando por telefone com Roberto Henriques, a quem perguntou o que faria o vice-prefeito se o sumido Alexandre Mocaiber não aparecer. Roberto disse que esperava informações sobre o titular do Executivo.

Garotinho no "Cadeira elétrica" 4: Barbosa arranca riso constrangido de Côrtes

Há pouco, conversando por telefone com Sérgio Côrtes, Barbosa Lemos perguntou ao secretário em que hotel de Campos ficaria o interlocutor do radialista, para que pudesse ser contactado mais tarde. Côrtes não se conteve e, parecendo demonstrar certo constrangimento, riu. Logo depois, respondeu que acha que ficará no hotel do Quartel.

Garotinho no "Cadeira elétrica" 3: Sérgio Côrtes em Campos

Encerrado o primeiro intervalo do programa Cadeira elétrica. O locutor Barbosa Lemos está agora falando por telefone com a prefeita eleita Rosinha, que recebe o secretário de Saúde do Estado, Sérgio Côrtes, segundo Garotinho, na cidade a convite dela. Rosinha informou que nem o secretário nem o governador conseguem falar com o prefeito de Campos.

Garotinho no "Cadeira elétrica" 2: três dos quatro grandes focos da corrupção na Prefeitura de Campos

Até o primeiro intervalo do programa Cadeira elétrica, Garotinho apresentou e comentou três dos grandes focos de corrupção na Prefeitura:

1º lugar – Secretaria de Educação: “campeã –absoluta”, segundo o ex-governador
2º lugar – Secretaria de Saúde
3º lugar – Secretaria de Obras

Garotinho no "Cadeira elétrica" 1

Anthony Garotinho é o entrevistado de hoje do Cadeira elétrica, programa da rádio e TV Campos Difusora que entrou no ar pouco depois das 15 horas. O ex-governador e marido da prefeita eleita de Campos chegou há cerca de meia hora à emissora. Há pouco, ele disse que o deputado federal Arnaldo França Vianna é o 14º maior devedor da Prefeitura. Já até convocou o político a vir a público esclarecer tal situação ao povo. Mais cedo, Garotinho anunciou ter provas sobre a corrupção em vários dos setores do atual governo.
O Cadeira elétrica está sendo apresentado pelo "repórter de um milhão de ouvintes", Barbosa Lemos.

Finalmente: uma análise do crime ambiental que atingiu o rio Paraíba do Sul produzida por um ecologista

Cumprindo uma tarefa iniciada com um texto publicado aqui na quinta-feira, de tentar registrar as análises do crime ambiental que atingiu o rio Paraíba do Sul –e, mais especificamente, a chamada região Norte Fluminense–, o responsável por este blog informa, com certo atraso, que finalmente um ecologista se dispôs a fazer uma leitura do assunto. Trata-se de Luiz Felipe Muniz de Souza. No dia 27, ele publicou em seu blog um artigo que já foi repercutido por Roberto Moraes, que vem mantendo excelente cobertura da catástrofe, e por Xacal.

sexta-feira, 28 de novembro de 2008

O destino da cena escultórica da abolição entre uma defesa e um palpite

Carlos Freitas, presidente em exercício do Conselho Municipal de Cultura de Campos, foi entrevistado hoje no programa de rádio e TV De olho na cidade e teve oportunidade de abordar o caso das esculturas da abolição da escravatura.
Freitas tratou da questão a partir da exibição de uma “homenagem” a ele: uma filmagem da peça já instalada na Fatia de Queijo com “Cadeira de rodas”, sucesso de Fernando Mendes, como fundo musical. Após a apresentação desse videoclipe, Roberto Barbosa, um dos condutores do programa, admitiu que não ficou bom colocar a estátua sobre o monumento erguido no que já foi a Praça do Canhão. Já Freitas, diretor do Arquivo Público Municipal, ressaltando que trabalha com patrimônio há trinta anos, disse que as esculturas deveriam ficar pelo menos no Pantheon dos Heróis Campistas, onde estão os restos mortais de José do Patrocínio, porque elas têm uma relação de identidade com o prédio da Fundação Cultural Jornalista Oswaldo Lima.
Freitas e Roberto se equivocaram ao falar que a estátua já instalada sobre a Fatia de Queijo é da Princesa Isabel (trata-se, na verdade, da representação da mãe do tigre da abolição). Mas enquanto o primeiro mostrou embasamento ao fazer sua defesa da manutenção da cena escultórica no Palácio da Cultura, o último indicou bem que se orienta por uma das nefastas características do (des)governo de Mocaiber, o recurso ao palpite. Por que não ficou bom, Roberto?

quinta-feira, 27 de novembro de 2008

Instituições públicas de ensino de Ururaí já recebem vítimas das chuvas

Entre a noite de hoje e o dia de amanhã, o Colégio Estadual Dom Otaviano de Albuquerque (CEDOA), a Escola Municipal Pequeno Frederico e o CIEP de Ururaí receberão os desalojados e/ou desabrigados daquele distrito, no qual estão debaixo d´água bairros como Brilhante e pessoas que moram perto da ponte.
No CEDOA, pouco antes das 21 horas, previa-se que uma família chegaria ainda hoje. Da última vez que serviu de abrigo para tal população, o colégio chegou a acolher três famílias por sala de aula. E nem contava ainda com a ampliação por que passou recentemente.
Publicação atualizada em 28/11 (08:56): Modificação no título da nota, tornando-o mais preciso, e revisão do texto.

Mais uma análise do crime ambiental produzida pelo frenético Xacal

Mais cedo, foi registrado aqui que, até aquele momento, poucos dos habitantes da blogosfera goitacá haviam se arriscado a analisar o criminoso desastre ambiental que foi provocado pela empresa Servatis e atingiu o rio Paraíba do Sul. Entre esses poucos, foram mencionados o professor José Carlos Salomão e Xacal, que já postou outra leitura sobre o assunto.

Uma das esculturas da abolição está mesmo na Praça (que já foi) do Canhão

Conforme noticiou à tarde Vítor Menezes, no blog Urgente, a cena escultórica José do Patrocínio e a abolição da escravatura chegaram mesmo a ser levadas para a Fatia de Queijo. Delas, apenas uma foi instalada no local: a que representa a mãe do tigre da abolição. O jornalista já registrou isso mais cedo no veículo por que é responsável e com o qual colabora.
Como ele, que publicou fotos da instalação das peças ilustrando duas notas ("O flagrante da instalação" e "Mais flagrantes da instalação"), o responsável por este blog não resistiu e passou no local que já foi um dia a Praça do Canhão. Só que não no final da tarde, mas por volta das 21 horas, após voltar da escola em que trabalha, em Ururaí.
Contando com a colaboração da chuva, o material usado para fixar a peça sobre o tenebroso monumento construído sobre a Fatia de Queijo ainda nem havia secado...

Aos ativistas da Cultura em Campos dos Goytacazes

Há pouco mais de duas horas, Vítor Menezes informou no blog Urgente!: "estão, neste momento, instalando as estátuas da Abolição na Pracinha do Canhão, na Avenida Alberto Torres, no centro de Campos". O objetivo do blogueiro foi lançar um desafio. Após dizer que "todos os 978 carros de reportagem do urgente! estão quebrados, assim como as 4217 máquinas fotográficas", perguntou: "Quem será o leitor que poderá ir até o local, fazer a imagem e mandar para colaboraurgente@gmail.com?"
O responsável por este blog tem um carro à sua disposição, mas está sem câmera fotográfica. Interrompendo suas atividades, propõe que hoje, amanhã ou depois aquele monumento horrendo construído no lugar da antiga Praça do Canhão seja cercado por pessoas que, munidas de marretas, ameacem quebrar (ou comecem mesmo a destruir) aquilo tudo, exceto as esculturas da abolição e a única peça que deveria ficar naquele local –o Canhão.
A idéia pode parecer brincadeira. Mas faz-se necessário forçar o prefeito Alexandre Mocaiber a entender que existem Conselhos criados para deliberar sobre assuntos como esse ora em questão.
No período da campanha eleitoral de Mocaiber para prefeito, quando ele se dispôs a tratar de Cultura numa reunião com artistas de Campos, naõ fez muito mais que repetir algo que já vinha falando nos programas de propaganda política veiculados em rádio e TV –que, mesmo após ingressar na vida pública, continuava a valorizar a família e a ir à igreja. Sobre a área que deveria abordar, disse na ocasião que se sentia em casa em meio aos ali presentes, porque, quando universitário de Medicina, escrevia sobre cinema no jornalzinho da faculdade.
Depois desse dia, não era para ninguém esperar muito do então prefeito em exercício, caso se elegesse para o cargo que pleiteava –o que de fato ocorreu. Entretanto, se os artistas presentes a tal reunião entendiam à época que ele era o melhor nome para ocupar a prefeitura de Campos, não devem agora se envergonhar pelo equívoco que cometeram, mas, em relação ao caso aqui em apreço, fazer valer a idéia de que monumentos históricos não podem ser manipulados como objetos de uso pessoal.
A decisão dos que participaram da reunião do Conselho de Preservação do Patrimônio Arquitetônico Municipal (Coppam) na última terça-feira, encontro que contou também com a presença de representantes de outros Conselhos, foi a de “congelar” a situação em curso –não recolocar as esculturas no local do qual foram removidas e nem em nenhum outro lugar; não levar à frente a remodelação da Praça do Canhão.
O prefeito vem ignorando solenemente tal deliberação, pois ontem havia pessoas trabalhando na Praça, e hoje, apesar de toda essa chuva que cai sobre Campos, em vez de tomar providências para resolver o estado de calamidade que já deveria ter decretado para o município, ele permitiu que homens fossem para a Fatia de Queijo instalar a cena escultórica da abolição da escravatura no local.
Há quem entenda que manter as peças que compõem tal cena no Palácio da Cultura descaracteriza o já bastante desfigurado projeto original do prédio. Que as estátuas fiquem então no Museu Olavo Cardoso, por exemplo. Mas não expostas num local aberto, sujeitas à depredação. Nem na (ex-)Praça do Canhão. Que, como diz o próprio nome é –ou deveria ser– do CANHÃO.

Registro(s) do desastre ambiental que atingiu o Rio Paraíba

Muito boa a cobertura do vazamento do pesticida produzido pela empresa Servatis que atingiu o rio Paraíba do Sul publicada ontem no blog Aspectos. Um dos colaboradores do veículo, Wesley Machado, postou lá notas sobre a chegada do composto químico a Campos, a redução do fornecimento de água no município, a multa aplicada pela Ceca à Servatis e um alerta da Feema à população.
Responsáveis por outros blogs, como o do Roberto Moraes e o Urgente!, vêm divulgando, desde o fim de semana, notas e textos sobre o assunto, registrado aqui até muito tardiamente. A bem da verdade, parte do que foi noticiado no Aspectos é repercussão do que já havia saído em outros veículos da blogosfera. A Rede Blog ainda carece, no entanto, de análises do caso. Ao que parece, até agora, só o frenético Xacal –que sempre trata de tudo– e o professor José Carlos Salomão se dedicaram, mesmo que timidamente, a tal exercício. Não se trata de crítica, mas de mera constatação.

quarta-feira, 26 de novembro de 2008

Sobre Antônio Roberto Fernandes

Para quase todos os povos, a morte de seres humanos é algo que, em geral, causa muita tristeza. Pelo morto, é comum que sofram, antes de tudo, seus parentes e amigos. Se ele foi alguém de projeção na vida pública, pode ainda comover –involuntariamente, diga-se– muito mais gente. Ou, num outro extremo, ser transformado em carniça para abutres (ir)responsáveis por (ou projetados em) toda sorte de veículos de comunicação –de “rádios tamanco” à mídia eletrônica. Assim, para recorrer a uma espécie de lugar-comum, pobres-diabos são convertidos em santos; “A morte dele significa para todos nós uma perda irreparável” e chavões do tipo são usados, indistintamente, por inimigos e amigos (os mais novos de infância, inclusive) do finado, para valorizar tardiamente a obra de alguém de dotes às vezes tão pouco estimados quando vivo, ou que, por um motivo qualquer, já nem vinha produzindo mais quase nada.
Foto: Antônio Leudo
Felizmente, nada disso ocorreu com o poeta e ativista cultural Antônio Roberto Fernandes, falecido na semana passada, para o qual seus familiares marcaram para às 19 horas de hoje missa de sétimo dia na Catedral Basílica Menor do Santíssimo Salvador.
Em primeiro lugar, porque –até ser internado na UTI do Hospital e Pronto-Socorro Prontocardio, no dia 20 de outubro, por conta de uma diverticulite– Antônio Roberto vinha mantendo, com o mesmo e intenso ritmo de sempre, aquele que certamente será sempre lembrado como seu mais conhecido, duradouro e profícuo projeto no município de Campos: o Café Literário.
Uma das últimas edições do evento que contaria com a participação dele foi promovida no dia sete de novembro no CEDOA – Colégio Estadual Dom Otaviano de Albuquerque (foto à esquerda), instituição na qual o responsável por este blog atua como professor de História em turmas do Ensino Médio. A idéia partiu da professora de Língua Portuguesa e Literatura Brasileira Viviane Amaral (que cedeu gentilmente as fotos do evento aqui publicadas), sob inspiração da proposta do vate de levar o Café Literário do Palácio da Cultura para instituições de ensino do município, e ganhou forma numa grande celebração da qual participaram alunos e docentes do colégio (com destaque para o professor de Matemática e poeta Sérgio Soares) e militantes da poesia em Campos, como Otaviano Soares, Cristiano Fagundes e Joel Melo (todos na foto acima, à direita, em meio a professores do CEDOA).
Portanto, se o ativista não teve o reconhecimento que merecia foi pelo pouco-caso devotado pela maioria dos governantes a áreas como a da Cultura –e não por demérito algum dele.
Em segundo lugar, porque a abordagem da internação, da agonia e da morte do poeta na mídia local não foi marcada por exageros. Nem os que tinham diferenças com Antônio Roberto e prestaram declarações sobre ele o martirizaram. Ao contrário, ressaltaram a habilidade do poeta em administrar tais diferenças. E se os últimos dias de vida do vate foram tratados de uma forma superlativa nessa ou naquela nota ou matéria, nesse ou naquele depoimento de um ou outro indivíduo, tal desequilíbrio refletiu, certamente, uma exceção à regra.
O autor destas linhas nada havia comentado ainda sobre a morte de Antônio Roberto Fernandes, receando fazer aqui tudo o que condenaria em certas formas de tocar no assunto. Mas, como pessoa e interessado pela área de Cultura em Campos, entendeu que não poderia deixar de registrar suas impressões em relação ao fato e à divulgação dele da semana passada até hoje.

Propaganda enganosa

Itens que não constavam na pauta de atividades de terça-feira do responsável por este blog impediram que ele publicasse até o final do dia de ontem, conforme havia prometido, a cobertura completa da reunião do Coppam para debater a remoção das esculturas em homenagem à abolição da escravatura da frente do Palácio da Cultura.
Como quarta-feira é o dia em que o blogueiro concentra a maior parte de suas tarefas na Apefaetec, talvez também não possa tratar do assunto hoje. Mas Vítor Menezes postou ontem no blog Urgente! duas notas sobre o encontro do Conselho, abordado ainda em matérias publicadas hoje nos jornais Folha da Manhã e Monitor Campista.
Ao autor destas linhas só resta agora tentar produzir notas ou um texto maior a respeito desse capítulo do imbróglio ora em questão nos próximos dias, partindo não apenas dos registros que tem da reunião do Coppam (fotos e gravação em fita cassete), mas também da divulgação dela na mídia. Ou –quem sabe?– guardar tudo para um trabalho acadêmico sobre todo o caso, por exemplo.
Certo estava o colega Gervásio Neto, quando disse a este Soprador de Vidro que “ser blogueiro não é tão fácil assim”.
Será que os poucos leitores deste veículo que se sentirem lesados pela propaganda enganosa recorrerão ao Procon?

terça-feira, 25 de novembro de 2008

Mais uns minutos de comercial: a cobertura completa da reunião do Coppam

Conforme nota postada ontem no blog Urgente! por Vítor Menezes e matéria de Elena Vianna publicada no jornal Folha da Manhã de hoje, ocorreu, agora há pouco, uma reunião do Conselho de Preservação do Patrimônio Arquitetônico Municipal (Coppam), para debater a remoção do conjunto de esculturas em homenagem à abolição da escravatura da frente do Palácio da Cultura.
Na verdade, o assunto foi incluído extraordinariamente na pauta do encontro desta manhã do Conselho, que se reúne sempre às terças-feiras. Outras questões que já seriam abordadas pelo Coppam continuam sendo tratadas pelos integrantes do órgão.
Até o final do dia, será publicada neste blog a cobertura completa da discussão do caso, que gerou tanta polêmica nos últimos dias em Campos dos Goytacazes.

Mais sobre a Praça São Salvador

Em termos de conteúdo, os comentários sobre o abuso cometido contra a Praça São Salvador no final de semana passado, registrados no último texto publicado aqui, não diferiam muito, conforme já se disse, dos emitidos numa das notas da coluna "Ponto Final" do jornal Folha da Manhã de sábado. E não diferem muito também da indignação expressa no e-mail de um leitor do Blog do Roberto Moraes, que serve para ampliar o debate mais que pertinente do assunto em questão e foi postado naquele veículo há pouco, mas ainda na noite de ontem.

"Contra a apropriação privada da praça São Salvador
O blog recebeu de um leitor um e-mail indignado sobre o uso da praça São Salvador para fins comerciais e privados:
'Caro Amigo Roberto, é impossível observar o que está ocorrendo na Praça São Salvador, como uma empresa particular, de origem Capixaba, utiliza o patrimônio público para aumentar sua renda? Com autorização de qual órgão público a praça esta sendo utilizada por particular?'
'Já ouvi de muitos comerciantes, no calçadão, críticas sobre este fato narrado.Recordo-me do fato ocorrido há cerca de uns dois anos, que foi proibido show público na praça, para que evitasse danos à praça. Hoje alguns anos após, a praça é entregue às toneladas de carros e motos. É impossível se calar diante de tal fato exposto diante de escritórios de muitos meios de comunicação. grato, abraço'.

POSTED BY ROBERTO MORAES AT
23:26"

domingo, 23 de novembro de 2008

A última da Praça São Salvador... Até a próxima

Não é a primeira vez que transformam a Praça São Salvador em palco para um evento, para o qual montam uma estrutura mais ou menos pesada. Mas bem que poderia ser a última.
Fotos: Gustavo Landim Soffiati
Desde a última quinta-feira, o local vem servindo para uma exposição de veículos da empresa Honda. Ali, armaram várias tendas, sob as quais foram colocadas mesas para vendedores (e possíveis compradores) e estacionaram carros, motocicletas e até um ônibus da multinacional.

O assunto já até foi comentado ontem, na coluna "Ponto Final", do jornal Folha da Manhã. Mas nunca é demais registrar abusos desse tipo. Sobretudo quando ocorrem numa praça que, nos últimos tempos, está ainda pior que após a reforma com a qual a transformaram em 2004. Com pisos levantados, postes com lustres quebrados e lâmpadas queimadas, o local tornou-se, sobretudo durante noite, pista de skates, bicicletas e veículos usados por crianças acompanhadas de seus pais ou responsáveis, que parecem desconhecer um programa mais interessante para elas.