quarta-feira, 31 de dezembro de 2008

Para não passar em branco. Mas talvez DE branco

Não fosse o texto de abertura deste blog publicado em 2 de novembro passado, o veículo completaria dois meses amanhã. Isso porque, com uma indispensável mãozinha da amiga Thaís Aguiar, Soprador de Vidro foi criado em 1º de novembro, data em que ela chegou a publicar aqui uma imagem –postagem logo depois excluída pelo autor destas linhas, por entender ele que seria melhor se apresentar aos leitores por meio de um texto. Não que dois meses sejam motivo para comemorações. Mas uma força estranha impele o autor destas linhas a produzir alguma reflexão sobre o final de ano neste último dia de 2008.
Movido por um amor incondicional por Campos dos Goytacazes (independente de quem governe o município), ele desejava criar um blog muito antes da data em que este foi colocado no ar. Embora não tenha conseguido ainda manter a periodicidade sustentada por responsáveis por outros veículos do tipo criados na planície goitacá, tem refletido sobre o que fazer para melhor cumprir essa tarefa. E trata-se de um trabalho que, como disse a ele o blogueiro Vítor Menezes –a partir do que ouviu de um amigo e não exatamente com as palavras a seguir–, mais parece coisa de loucos, pois ninguém dá informação de graça.
Mas, como louco, por mais que tenha publicado aqui muita notícia velha ou textos de opinião (goste-se ou não dela), em 2008, este Soprador de Vidro até que conseguiu dar algum furo. Por isso, como parte daqueles planos que todos fazem para o ano novo, já pensou que, em 2009, no tocante ao blog, deve apostar mais na possibilidade de noticiar em primeira mão. No mais, entende que blog é também uma forma de diário, no qual possa arquivar parte do que ele e seus contemporâneos viveram, para, um dia, como pesquisador ou pessoa comum, recorrendo ao que pôde registrar, recordar-se de quase tudo.
Daqui de Guarapari, terra que não visita desde que seu filho hoje com quatro anos tinha ainda um mês de vida, ele hoje acompanha o crescimento de mais um rebento, do qual não vai fingir não ser pai só porque gerou algo talvez considerado feio pelos outros. Imbuído desse espírito, ele deseja um feliz 2009 a todos aqueles a quem agradou e desagradou com o pouco publicado aqui neste ano que termina hoje. Certamente, ambos foram poucos, pois este blog não tem muitos leitores. Mas, ainda assim, FELIZ 2009 PARA TODOS!

segunda-feira, 29 de dezembro de 2008

Solução para Três Vendas

Mais ou menos como noticiado aqui, o problema da inundação de Três Vendas foi resolvido, em parte, no sábado à noite.
Os equívocos do texto publicado sobre o assunto neste blog, na sexta-feira passada, foram dois: prever que a situação seria solucionada naquele dia e não pela Defesa Civil, como queriam manifestantes que organizaram um protesto na rodovia 356 na quinta-feira, mas pelo Ministério Público Estadual.
O problema não foi resolvido na sexta-feira porque havia o receio de que o rio Muriaé enchesse novamente e alagasse mais facilmente Três Vendas. No entanto, segundo matéria publicada hoje no jornal Folha da Manhã, "Trecho da rodovia foi cortado com ajuda de uma máquina escavadeira que chegou do Rio de Janeiro no final da noite de sábado, e o trânsito está sendo feito através de um atalho de terra batida de cerca de um quilômetro utilizado para transportar cana."
Na chamada de capa do períodico para tal reportagem, consta ainda que "A intervenção foi pedida pela Defesa Civil e teve apoio do Ministério Público Estadual." Isso mostra, portanto, que, ao contrário do que foi previsto aqui, a ação em questão foi promovida pelos dois órgãos.

Atualização (31/12 - 18:38): Exclusão do último parágrafo, com link para a matéria do jornal Folha da Manhã que não funcionava.

domingo, 28 de dezembro de 2008

Garotinho na revista "Veja" desta semana

A revista Veja desta semana é quase toda dedicada a uma retrospectiva do ano que finda. Uma matéria com o título "A bolsa da astronauta e outras 39 histórias de 2008" (ou "40 Fatos") é parte dessa retrospectiva da publicação e tem o fato de número 28 reservado ao ex-governador do Rio de Janeiro Anthony Garotinho.
O blogueiro Fábio Siqueira registrou comentário sobre um texto publicado aqui ontem ("Garotinho de novo no Cadeira elétrica"), afirmando que "Não é possível pensar o cenário político de Campos e do RJ nos próximos 4 anos - pelo menos - sem considerar o que diz Garotinho, independente de se gostar ou não dele". Seguindo a linha de raciocínio do responsável pelo blog Comentários do cotidiano, o que se diz de Garotinho na imprensa de alcance municipal, estadual e nacional também deve interessar aos campistas, fluminenses e até brasileiros. Pois bem, à nota de Veja:
28Anthony Garotinho
Em maio, a PF acusou o ex-governador do Rio de chefiar uma quadrilha armada encastelada na Polícia Civil carioca.
O que aconteceu:
Garotinho recolheu-se em Campos, onde sua mulher Rosinha foi eleita prefeita. A Justiça acatou a ação que o coloca como líder de quadrilha armada. Agora oficialmente réu, o primeiro-marido de Campos pode ser condenado a até oito anos de prisão.
Leitores que vêem a política da planície goitacá dividida em dois lados talvez acusem este Soprador de Vidro de adesão ao grupo do casal Garotinho, mas há ao menos uma injustiça nessa nota da Veja: o presidente estadual do PMDB não se recolheu em Campos para eleger a mulher dele. Ao contrário...

sábado, 27 de dezembro de 2008

Garotinho de novo no "Cadeira elétrica"

O presidente estadual do PMDB, Anthony Garotinho, está de volta ao programa Cadeira elétrica, da rádio e TV Campos Difusora. Ele chegou a emissora há menos de duas horas, alguns minutos depois do início da atração, que começou com atraso.
Há quase um mês, quando participou do programa pela primeira vez após a eleição de Rosinha, ele entendeu, conforme noticiado aqui, que não deveria fazer as denúncias como havia planejado, em função da situação das vítimas das chuvas, que começavam a atingir o município. Na ocasião, o marido da prefeita eleita, considerou que, caso cumprisse a missão para a qual foi convocado naquele dia, poderia deixar as pessoas revoltadas com o governo municipal atual. Disse então que retornaria no sábado seguinte, quando, na verdade, comandou uma reunião com militantes da Aliança Muda Campos, também divulgada aqui, para convocá-los a participar de um protesto à frente da Câmara Municipal, exigindo a aprovação do Orçamento de 2009 –o que não foi necessário.
Até agora, Garotinho não disse nada de muito diferente do que já vem falando há algum tempo sobre a corrupção que marcou os mandatos de Arnaldo Vianna e Alexandre Mocaiber. Pelo visto, ao longo dos primeiros meses do governo Rosinha, ele repetirá tudo muitas outras vezes...
Para quem gosta do discurso do político –como diversão, por qualquer dever de ofício ou por algum tipo de admiração pelo ex-governador–, acompanhar a atração, mais uma vez sob o comando de Barbosa Lemos, é uma boa pedida.
No mais, como os microfones para quem telefona para a Campos Difusora estão abertos, será que alguém poderá perguntar ao convidado de hoje do Cadeira elétrica sobre o recente bloqueio dos bens dele e de sua mulher?
Da vez passada, a participação de Garotinho e da equipe dele e de Rosinha no programa foi coberta neste veículo. Hoje não será possível repetir a dose. Mas isso interessa a alguém que acompanha os blogs desta planície?

sexta-feira, 26 de dezembro de 2008

Solução para Três Vendas?

Há problemas em Campos dos Goytacazes que parecem insolúveis. Basta pensar, por exemplo, no caso do concurso do PSF, supenso mais uma vez, conforme se pode ler numa matéria publicada hoje no jornal O Diário e numa liminar do Desembargador Binato de Castro, reproduzida no blog de Cláudio Andrade.
Já a situação de Três Vendas, na BR 356, parece estar mais próxima de uma solução. Ontem, ocorreu uma manifestação na rodovia, também noticiada em O Diário, por conta do descaso do governo municipal com os moradores do local, vítimas da enchente que o atingiu após as últimas chuvas.
Segundo matéria publicada no jornal, durante o ato, Aldecir Barcelos Júnior, mecânico que liderava o movimento, declarou que "Se até amanhã (hoje) não aparecer ninguém da Defesa Civil aqui para nos ajudar e trazer vacinas, vamos continuar com o bloqueio". Parece que, ao menos em parte, o problema será resolvido hoje. Mas não pela Defesa Civil e sim pelo Ministério Público Estadual.

quinta-feira, 25 de dezembro de 2008

Um velho (mas atual) poema de Winston Churchill Rangel sobre o Natal

O poema abaixo foi extraído de Cerca Lourenço e outras histórias, livro da década de 1980 do advogado, dramaturgo, escritor, jornalista, poeta e cineasta campista Winston Churchill Rangel que certamente ainda vai constar na seleção de obras do blog Campistana –tão pouco atualizado ultimamente. Trata-se de uma versão contemporânea do nascimento de Jesus Cristo. O espírito transgressor dela deve ter muito mais a ver com os episódios anteriores à chegada do messias ao mundo do que com a visão deles institucionalizada no catolicismo e nas várias denominações protestantes (ou evangélicas), pentecostais e neopentecostais. Transgressor também era, à época, o autor dos versos, que, mais recentemente, mostrou saber ser comportado com De todos os tempos, Campos de todos nós: uma necessária declaração de amor, primeiro longa-metragem campista, um documentário dividido em três partes.
Poucas foram as correções dos erros do texto original: apenas substituições de um para e um a por pára e à; até a grafia incorreta do nome do autor antes da primeira estrofe (com um L a menos) foi mantida. Observe-se também que a personagem mendiga torna-se puta velha. Nada disso, tira, no entanto, o brilho e a força de “Sinceramente cristãos”.
A decisão de publicar hoje esse poema visa a provocar uma reflexão sobre o Natal como data que deveria ser celebrada de forma menos hipócrita e consumista pelos que se dizem cristãos.

SINCERAMENTE, CRISTÃOS!
(Winston Churchill Rangel)

CHURCHIL –Só não chamaram de santa.
Agora, de vagabunda,
Desonrada e perdida
A família fez a festa.
De joelhos, disse a mãe:
Deus não te dê boa hora,
Pois já não és minha filha.

O irmão cuspiu-lhe o rosto
Com a baba grossa de bêbado.
O pai, com a mão estendida,
Mostrou-lhe o olho da rua.
São coisas de bons cristãos.

Com ele foi tudo igual,
Botaram a boca no mundo:
Palhaço, tonto, babaca,
Disse o pai que era batista.
Tapa-buraco, pedreiro,
Disse o irmão macumbeiro
Que aos domingos ia à missa.
A mãe, como toda mãe,
Semeou logo a discórdia:
Será que esse filho é teu?
São coisas de bons cristãos.

Tratados por criminosos,
Não havia crime algum,
Pois só fizeram cumprir
O que mandam os mandamentos:
Crescei e multiplicai-vos
Por amor de um ao outro.
E foram as duas crianças
Morar na beira do rio
Num barracão alugado.

Pra viver, cortaram cana,
Lavaram roupa pra fora.
À noite, por diversão,
Ficavam as duas crianças
Brincando com a criancinha.
Sinceramente Cristãos.

Na mesma velocidade
Em que passam nove luas,
Em que a cobra muda de pele,
Em que a vaca tem cria,
As dores eram verdade
Pelo ventre de Maria...

Ainda ontem crianças,
Agora homem e mulher,
Nos aceiros, noite ainda,
Vão os dois de bicicleta.
No quadro, ela com dores,
Ele nervoso, ao selim.
Cuidado agora, José!
É buraco? Pra direita.
Atoleiro? Quebra à esquerda.
A corrente saiu do eixo,
O suor corre da testa,
Dele e dela, pressa e dor.
Até que enfim o asfalto!

Agora fica mais fácil
Pra consertar a corrente,
Pra ela respirar fundo
Pra beberem um pouco dágua,
Vão parando os dois cristãos.

Agora, já na cidade,
Perguntam daqui, dali,
Onde é o hospital
E recebem por resposta
Um logo ali, por ali,
Que os cristãos falam apressados
Pois é véspera de Natal.
Queijos, vinhos, rabanadas,
Bacalhau de Portugal,
Festa de amigos ocultos,
Presentes distribuídos
Com as crianças do orfanato
–velhas bolas e bonecas,
Num corre-corre danado,
Não podem os bons cristãos
Atender aos seus irmãos
E pensar ao mesmo tempo
Na ceia de logo mais.
Num botequim-padaria
Descansam um pouco as pernas,
Ela come um sanduíche
De ovo frito e acha lindas
As bolhas do guaraná.
Ele com a testa enrugada,
Fica olhando pra fora
Onde passa um cavaquinho
De braço dado com um bêbado.
Na porta pára uma bicha:
–Padeiro, tem pão de ontem?
Quem mandou fazer demais.
E rouba um litro de leite.
Do corre-corre que ocorre
Se aproveita uma mendiga
Pra também roubar um pão.
Ele e ela se assustam,
Mas depois ficam mais calmos
Com o riso do português
Acostumado aos assaltos
Maiores e oficiais.
O portuga é bom cristão.
Com a psicologia
Que aprendeu, não na escola,
Mas com o umbigo no balcão,
Logo é conhecedor
De toda história e dores
E deita sabedoria
–Trata-se de um rebate falso,
Ou então parto sem doire.

No céu de chumbo um rabisco
Seguindo atrás o trovão.
O primeiro pingo cai.
Voltar pra casa não podem.
O padeiro os acode.
E diz com sinceridade
Que pra ficarem uma noite
–Tain lá embaixo o porão.

Ele abraçado com ela
Vão descendo pela escada,
E um forte cheiro de vela
Misturado com cachaça
Esquenta os seus narizes.
Quando a vista se acostuma,
Dão de cara com a bicha
Com seu saquinho de leite,
O bêbado e o cavaquinho,
A puta velha com o pão.
Amedrontados e quietos.
Mas logo cessam os raios,
O vento forte sossega,
A tempestade amaina.
No comércio da cidade
Os cristãos voltam à doideira
Champanhe com guaraná
Melhor bebida não tem.
–Se esqueceu do pó de arroz
Pra empregada lá de casa?
–Na esquina eu consigo
Um sabonete pra ela.
–O tio rico é de quem?
De quem é o tio pobre?
Então pro meu o relógio,
Pro teu um feliz natal.
–Roubaram a minha bolsa!
Seu guarda, é aquela negra!
Numa confusão total
Como só os bons cristãos
Fazem em tempo de Natal.

As horas passam depressa
Pois são filhas dos minutos
Todos feitos de segundos
Que é o tempo que basta
–Pra cobra dar o seu bote,
Pro sapo pular no brejo,
Pro demo piscar um olho,
Pro sino fazer din-don,
Pra agora ser meia-noite.

Na vidraça da janela
Do porão que dá pra rua,
Dois olhos arregalados
De homem olham os foguetes
Que saúdam o nascimento
De Nosso Senhor Jesus.
Uns estouraram, outros choram,
Mas todos por fim se apagam.
Menos um, o mais bonito
De cabeça e cauda grandes.
E o homem olhou pra trás,
Para chamar a mulher...
No que olhou, teve um susto:
Tinha nascido um menino
Que olhava a todos com calma.
Com uns olhos de um assim tão claro
Que iluminavam o porão.
Lá estavam os três reis magos,
Não com ouro, incenso ou mirra.

A bicha negra deu leite,
A puta velha deu pão,
O bêbado a poesia,
José um beijo em Maria.
Sinceramente Cristãos.

terça-feira, 23 de dezembro de 2008

E por falar em prefeito...

...hoje, a partir das 20 horas, os blogueiros desta planície reunir-se-ão no Terapia's Bar, para uma espécie de confraternização. O convite foi feito por George Gomes Coutinho e por Vítor Menezes no blog Urgente! É bom que ninguém falte, pois Vítor já ameaçou "fazer críticas ácidas e contundentes contra tudo e contra todos (principalmente os "todos" ausentes rs rs rs)".

Faltam nove dias...

...ou, para quem gosta de precisão, oito, algumas horas e alguns minutos e segundos para o ainda prefeito Alexandre Mocaiber passar o cargo para sua sucessora.
Nunca agradou a este blogueiro misturar religião com aspectos mundanos por demais banais. Mas algo análogo a uma novena poderia ser feito a partir de hoje pelos insatisfeitos com o atual desgoverno. Para evitar confundir sagrado e profano, sugere-se, então –passando para um outro campo que não o da religião–, uma torcida para que o tão sumido chefe do Executivo municipal não faça muita coisa nos próximos dias. Ao longo de todo o seu mandato, ele pouco fez, e várias de suas últimas medidas foram consideradas por muitos de uma infelicidade sem par.

A estátua de Nilo Peçanha livre dos tapumes que a cercavam

Uma notícia menos velha que a repercutida no texto abaixo, mas já de ontem: imagens do monumento em homenagem a Nilo Peçanha já sem os tapumes que o cercavam, produzidas hoje, entre 14:40 e 14:41.
Fotos: Gustavo Landim Soffiati

Observação: Material postado no horário que consta abaixo, mas só publicado mesmo às 07:39, por conta de problemas com conexão.

segunda-feira, 22 de dezembro de 2008

Cá e lá

O assunto já está meio velho, mas o blogueiro vai se orientar pelo espírito do último texto publicado aqui: para alguém atrasado em relação às notícias, resta inventar retrospectivas.
Na semana passada, o ato de Rosinha de entregar o diploma de prefeita eleita, que recebeu da juíza Marcia Alves Succi, ao marido Anthony Garotinho foi comentado ad nauseam e com intenções distintas em veículos da imprensa local. Mas não foi só a mulher do ex-governador que resolveu adotar tal prática. Para quem ainda não tomou conhecimento de um caso similar, ocorrido na capital do Estado, talvez valha registrar uma nota sobre o assunto, publicada pelo colunista Fernando Molica no jornal O Dia de sábado:
"MEU GAROTO
Eduardo Paes interrompeu uma reunião de Cabral com deputados do PSB para mostrar o diploma de prefeito. Por falar nisso: o governador anda meio preocupado com a ansiedade de Paes. Tem recomendado um pouco mais de calma ao afilhado."
Caberia lembrar que Eduardo Paes se projetou na vida política como apadrinhado de César Maia, que disputou com Garotinho a eleição de 1998 para governo do Estado? Que, naquela época, Sérgio Cabral, futuro aliado (e hoje desafeto) de Garotinho, era adversário do atual presidente estadual do PMDB? Que Cabral venceu as eleições para governador com o apoio do casal Garotinho, tendo Paes como concorrente no primeiro turno e como aliado no segundo?
Considerando que muitos campistas conhecem razoavelmente a história política local dos últimos anos e/ou que ela vem sendo bem recapitulada em periódicos desta planície, este Soprador de Vidro entende que, ao menos a princípio, não precisa abordá-la. Mas comentários, cada vez mais raros por aqui, são sempre bem-vindos.

domingo, 21 de dezembro de 2008

Depois de um dia repleto de alguns dos típicos compromissos de fim de ano...

este Soprador de Vidro passa por aqui para registrar que:

a) a matéria paga dos ruralistas, que, como ele anunciou na última nota publicada aqui (na sexta-feira), sairia num períodico local no domingo, já pode (ou pôde) ser lida na página 05 do jornal Folha da Manhã de hoje –e mereceu menção do jornalista Ricardo André Vasconcelos no blog Eu penso que...);
b) num texto postado neste veículo na quarta-feira, quando ele questionou se alguém teria uma idéia do que poderia ser a nossa batalha de Itararé, não pretendia abrir uma enquete, mas que um leitor do blog, Jean, ao fazer um comentário sobre o assunto, acabou matando a charada ("Só sei que ocorreria no [sic] sob os olhares de Alberto Torres e Barão da Lagoa Dourada...").
Os dois temas bem merecem reflexões aprofundadas. Mas, para variar, faltou tempo àquele que neste veículo desempenha o papel de faz-tudo –de fotos a gravações do que os outros dizem, passando pela divulgação do (pouco) que consegue publicar. Nos últimos dias, além de ocupado com os compromissos mais ou menos profissionais de final de ano (Conselhos de Classe e de Promoção, fechamento de diários, confraternizações com colegas de trabalho, comparecimento a formaturas...), ele se viu envolvido, como diretor da Apefaetec, com uma audiência na Alerj, e –como pai, filho e...marido, irmão etc. e tal – com os habituais ritos familiares e consumistas do período que antecede a celebração do Natal e o reveillon.
O jeito agora é inventar uma retrospectiva da semana que passou, além de uma outra, já planejada e divulgada aqui, de muito do que o autor destas linhas vem arquivando desde a criação do Soprador de Vidro, mas nem sempre tem oportunidade de comentar. Ou não.
Em suma, depois de "previsões" os poucos leitores deste blog serão agraciados com a leitura de muita notícia velha. Ou também não.

sexta-feira, 19 de dezembro de 2008

Dizem por aí...

que um grupo de ruralistas desta planície (ou bebês chorões, segundo o promotor estadual Marcelo Lessa Bastos) resolveu publicar uma matéria paga num jornal de Campos dos Goytacazes atacando o inatacável. Sim: atacando o inatacável. Pois será que em tal matéria esses ruralistas conseguirão responder ao desafio que lhes fez o promotor na mesma entrevista na qual lhes aplicou tão singelo apelido?
Aguardem: domingo.

Nilo Peçanha continua o mesmo. Mas o monumento sobre o qual ele está...

Nas fotos abaixo, produzidas hoje, entre 18:59 e 19:02, registros do retorno da estátua de Nilo Peçanha ao local de onde foi retirada há poucos dias, como documentou o jornalista Ricardo André Vasconcelos em seu blog Eu penso que...
Fotos: Gustavo Landim Soffiati
A estátua, ao que parece, continua a mesma (teria, de fato, passado por uma restauração?). Mas, talvez, antes isso. Imaginem se resolvem inovar na recuperação dela –nem é bom pensar em como poderia estar agora.
Já o monumento sobre o qual a escultura está mudou. Mas ainda bem que nem se compara àquela obra de péssimo gosto erigida sobre a Fatia de Queijo.
Na imagem abaixo, Nilo Peçanha. Mas à esquerda de quem a olha. Não o confundam com o operário que até posou para a foto ao lado do único campista que chegou à presidência da República.
Curiosidade: o operário da escada é o mesmo de uma das fotos que ilustra um texto publicado aqui em 17 de novembro.

Atualização (22:21): reedição da publicação e inserção da curisiodade ao final do texto.

quarta-feira, 17 de dezembro de 2008

A nossa batalha de Itararé

Em certo momento do desenrolar do movimento que desencadeou o golpe de 1930, por meio do qual Getúlio Vargas chegou pela primeira vez à presidência do Brasil, houve uma grande expectativa em torno de uma tragédia anunciada que acabou não ocorrendo: a batalha de Itararé.
Conforme se pode depreender do nome da batalha, o conflito aconteceria em Itararé, município de fronteira entre os estados de Paraná e São Paulo, e seria travado em função de um rompimento do Partido Republicano Paulista (PRP) com a chamada política do café-com-leite –expressão remissiva à alternância na presidência no Brasil de paulistas e mineiros, os maiores produtores de café e de leite no país.
A ruptura com tal política se deu quando, em 1930, o presidente paulista Washington Luís resolveu indicar o conterrâneo Júlio Prestes para sucedê-lo. Como era a vez dos mineiros escolherem seu representante, o governador de Minas Gerais se aliou a oligarquias dos estados do Rio Grande do Sul e Paraíba e formou a Aliança Liberal, para disputar as eleições de 1930. Getúlio Vargas, do Rio Grande do Sul, e João Pessoa, da Paraíba, foram, respectivamente, os candidatos a presidente e vice-presidente da República pela Aliança Liberal.
Não fugindo à regra das eleições da época da chamada República Velha, o pleito de 1930 foi marcado por fraudes, efetuadas tanto pela situação quanto pela oposição. Mas tais expedientes não garantiram a vitória da Aliança Liberal, cujos integrantes, insatisfeitos com a derrota, começaram a tramar um golpe contra o governo.
Os planos para o golpe ganharam ares de uma revolução depois do assassinato de João Pessoa por um adversário na Paraíba –crime que teve como conseqüência uma revolta popular e cuja responsabilidade recaiu sobre o governo federal. Assim, em 3 de outubro de 1930, tropas sob o comando de Vargas partiram do Rio Grande do Sul para o Rio de Janeiro, à época capital do Brasil. Surgiu então o temor de que, no caminho, os liderados por Vargas enfrentassem os que estavam a serviço de Washington Luís. A previsão era de que um confronto ocorreria em Itararé. Nada aconteceu, no entanto: antes que as tropas de Vargas chegassem ao local, uma junta militar depôs Washington Luís no Rio de Janeiro.
A batalha de Itararé –a que não houve– virou motivo de chacota. Em homenagem a ela, um humorista e político independente da época, Aparício Torelly (1895-1971), resolveu intitular-se Barão de Itararé.
Em Campos dos Goytacazes, um embate comparável à batalha de Itararé foi anunciado há pouco mais de duas semanas. E, como ela, acabou não ocorrendo. Alguém tem idéia do que poderia ser a nossa batalha de Itararé?

terça-feira, 16 de dezembro de 2008

Juiz autoriza destruição de mais quatro diques ilegais

Hoje à noite, o juiz federal Fabrício Antônio Soares, atendendo ao Ministério Público Federal, a partir de provocação do promotor estadual Marcelo Lessa Bastos, expediu liminar autorizando a destruição de diques ilegais e de outras obras em terras invadidas na Lagoa Feia pela Usina Paraíso, por Demerval Queiroz e pelos proprietários da Fazenda do Louro e da propriedade fronteiriça à Ilha dos Carães.
Além disso, o juiz determinou que se procedesse "à realização de vistoria nas terras pertencentes a Ari Pessanha, a fim de verificar se há construções de diques de contenção ou comportas irregulares, em área de preservação permanente. Caso seja constatada a presença de tais construções irregulares e, desde que não protejam, também, outras localidades de significativa densidade demográfica, em igual sentido procedam à sua destruição."
Na liminar também se determina que "seja bloqueada a verba federal para o Estado do Rio de Janeiro e/ou para SERLA, para fins de reparação dos danos causados pelas recentes enchentes que atingiram a região, até ulterior deliberação".
Finalmente, o juiz Fabrício Antônio Soares indeferiu a habilitação da Associação Fluminense dos Plantadores de Cana – ASFLUCAN, na condição de litisconsorte passivo, ou seja, interessada em apoiar a ação, por entender o magistrado que a instituição reúne ruralistas construtores de diques irregulares.
A destruição do dique da Fazenda do Louro, ocorrida na semana passada, foi, portanto, respaldada pela liminar expedida hoje.

terça-feira, 9 de dezembro de 2008

Para não deixar cair (e não só no esquecimento): o Cine São José

Um texto publicado hoje por Cláudio Andrade, sobre a demolição do Cine Capitólio, no qual o blogueiro parte do caso para se referir ao descaso dos governantes com “a nossa história cultural”, faz pensar numa outra sala de projeção da cidade desativada há muito: o Cine São José, na Avenida 28 de março.
Segundo informações da historiadora Sylvia Paes, no Plano Diretor de Campos dos Goytacazes, de 1991, o prédio foi incluído na lista de bens a serem preservados, algo reiterado este ano pelo Conselho de Preservação do Patrimônio Arquitetônico Municipal (Coppam). O que não significa muito, porque recentemente o Coppam praticamente se omitiu em relação à desfiguração da Praça do Canhão.
Quanto à demolição do Cine Capitólio, prédio cuja história foi abordada na semana passada pelo blogueiro Jules Rimet, num texto marcado por certo lirismo, Sylvia Paes disse tratar-se de uma medida que não precisava ser tomada.
Depois da venda do Cine Goitacá para a Igreja Universal do Reino de Deus e da demolição do Capitólio, resta agora esperar que a equipe de Rosinha tenha sensibilidade para evitar que caía também o São José.
Na parte reservada ao Centro Histórico de Campos no Plano básico de governo da prefeita eleita, como para registrar o que pensa sobre o assunto, há a seguinte frase, atribuída a ela: “É uma covardia deixar o nosso patrimônio histórico ser destruído. Quero que o centro histórico de Campos tenha o mesmo tratamento que tem o de Salvador, na Bahia.” Na mesma seção, consta ainda, entre 15 propostas apresentadas para o tema, a idéia de “criar programas e campanhas de incentivo à preservação do espaço público”. Já na parte reservada à pasta de Cultura, um dos compromissos é o de “restaurar o Museu de Campos e, em parceria com instituições ou empresas privadas, a Lyra de Apolo, com vistas à revitalização do Centro Histórico, conforme projeto estabelecido em parceria com as entidades representativas dos comerciantes e moradores da área”.
Ainda que não haja nenhuma indicação em tal plano quanto ao que fazer em relação ao Cine São José, outras propostas contidas no documento certamente contemplam situações como a do prédio. Obviamente, não é possível dar conta de tudo o que não foi feito durante os últimos anos em pouco tempo. Mas dinheiro não falta.

sábado, 6 de dezembro de 2008

Garotinho conclama militantes a participarem de manifestação em frente à Câmara

Ao contrário do que prometeu no sábado passado, em entrevista concedida a Barbosa Lemos no Cadeira elétrica, o presidente estadual do PMDB Anthony Garotinho não voltou hoje ao programa da rádio e TV Difusora, conforme noticiado aqui. Mas reuniu uma multidão de militantes da Aliança Muda Campos no auditório do Sindicato dos Bancários, num evento marcado para começar as 16 horas.
Fotos: Gustavo Landim Soffiati
O vereador Edson Batista discursa para os militantes. Ao lado dele, Suledil, Garotinho e Nahim

O encontro contou com a presença de vereadores eleitos e não eleitos pela Aliança, de nomes que comporão o secretariado de Rosinha e dela própria. A prefeita eleita, que chegou ao local por volta de 17:15, no momento em que o deputado Geraldo Pudim discursava, fez uma longa explanação. Mas só falou depois do marido.

Rosinha chega ao auditório do Sindicato dos Bancários

Para tocar no assunto central do encontro, após saudar todos os presentes (políticos e militantes), Garotinho tratou da corrupção em vários setores Prefeitura de Campos (nas Secretarias de Educação e Saúde, na Fundação Zumbi dos Palmares) e nas esferas de poder atingidas por tal fenômeno –segundo ele, a Câmara de Vereadores, a Polícia e a Justiça.
Depois de dizer a Rosinha que “ser prefeita de Campos não é um prêmio, é um desafio”, conclamou os presentes a participarem de uma manifestação na frente da Câmara na próxima terça-feira:

“Eu pergunto: essa máfia na Saúde, na Educação, na Câmara e em tudo quanto é lugar, vocês acham que vai ser fácil suportar isso? Não vai. Não vai! Então, nós precisamos de vocês. Mas nós não precisamos de vocês pra... ano que vem não... Nós precisamos pra terça-feira agora (...) Terça-feira agora!... O presidente da Câmara tá fazendo chantagem (...) Essa turma não vai fazer com Rosinha o que fizeram (sic) com Mocaiber. É pau neles!”

Alguém tem algum palpite sobre o motivo da manifestação?
Maiores informações, amanhã. Que começa daqui a pouco.
Por ora, dois trechos divertidos do discurso do ex-governador

Sobre os presos durante a Operação Telhado de Vidro e outros integrantes do atual governo que ainda podem ir para a cadeia:

“Hoje já tem três secretários de Mocaiber lá em Bangu 1. Já tem três. Mas, depois que Rosinha assumir, eu acho que vai faltar cela lá.”

Sobre o repasse de verbas para instituições de ensino de Campos:

“Professora Auxiliadora [ex e futura secretária de Educação], no colégio Nossa Senhora Auxiliadora só estuda pobre? Receberam [na instituição] da prefeitura, só nesses sete anos de Arnaldo e os três de Mocaiber 80 milhões de reais. 80 milhões de reais!”

Garotinho cumprimenta militantes ao final do evento
Atualização em 07/12 (10:57 ): inserção de imagens, revisão de texto e mudança de título.

quinta-feira, 4 de dezembro de 2008

Um registro e uma indicação

Tem faltado tempo a este Soprador de Vidro, que, na segunda-feira, como ressaltou aqui, ocupou-se de ajudar como podia aos desabrigados de Ururaí (sobretudo aos instalados no CEDOA), e ontem passou o dia em Quintino Bocaiuva, participando de uma reunião ordinária da Apefaetec.
Não houve, portanto, como registar, mais ou menos em cima do lance, os três nomes anunciados ontem por Rosinha para o secretariado dela –todos eles já amplamente divulgados nos blogs e jornais locais. Maria Cecília Lysandro de Albernaz, a eterna candidata à vereadora Cecília Ribeiro Gomes, é a titular da Secretaria Municipal de Trabalho e Renda (a ser criada). Joilza Abreu Rangel, responsável pela Coordenaria Regional NF1 da Seeduc, foi escolhida para assumir a Secretaria Municipal de Promoção e Ação Social. E Maria Auxiliadora Freitas de Souza voltará a ocupar o posto de secretária municipal de Educação.
Não há, por ora, como tecer comentários sobre os seis nomes já indicados até agora pela prefeita eleita para o secretariado do governo que se inicia em janeiro. E, penitenciando-se por não ter abordado até hoje –ao menos de forma direta e com mais profundidade– um dos temas que consta no espaço reservado à descrição deste blog (educação), o responsável pelo veículo indica a leitura de uma análise de Xacal sobre o assunto, mais especificamente sobre a política educacional municipal na(s) última(s) década(s).

terça-feira, 2 de dezembro de 2008

É nobre aderir...

Parece óbvio que todos de bom-senso aderirão a uma campanha como essa. Mas o responsável por este blog faz questão de declarar que a apóia. Já até separou roupas para doar. Além disso, mesmo que este veículo não tenha tantos leitores, divulgar esse tipo de ação nunca é demais.

Abaixo, o texto de um dos idealizadores da campanha, extraído do blog Eu penso que..., do jornalista Ricardo André Vasconcelos:

"É NOBRE DOAR !
A partir de hoje, eu e o fotógrafo Rodolfo Lins, estaremos coordenando uma campanha para ajudar as vítimas das enchentes em Campos. É hora de descruzar os braços, pedir aos amigos, parentes, vizinhos e toda comunidade para ajudar em tudo que for possível para amenizar a dor dos que estão sofrendo aqui bem perto de nós, como Ururaí e Lagoa de Cima, por exemplo. Mobilizaremos nossos amigos blogueiros, colunistas, jornalistas, publicitários, fotógrafos, modelos, artistas, políticos, enfim nossos parceiros, que tanto nos ajudam em nossa jornada de trabalho, para encarar este desafio.
Durante esta semana, estaremos divulgando detalhes da campanha. Nos sensibilizamos sim, com o dilúvio que arrazou Santa Catarina, mas ressaltamos que, aqui bem perto de nós, também temos centenas de famílias que estão passando pelos mesmo problemas. Vamos nos dividir para somar, vamos doar um pouco de nós.
Lembre-se, É Nobre Doar! Se voce quiser apoiar esta campanha, entre em contato e enviaremos diariamente nossas ações. Mesmo que não queira aderir, visite os locais afetados pelas chuvas, como Ururaí e Lagoa de Cima. Leve alimentos, roupas, água potável, o que voce puder. Pouco para quem perdeu tudo, é muito!
Ajude
OBS: Os pontos de coletas das doações será no sábado dia 06/12, nos locais Pelinca (em frente ao Parquecentro) e no Centro de Campos (Calçadão em frente a Itapuã Calçados) à partir das 8 horas da manhã.Estamos com uma parceria do Jornal Multimidia, mais vms aumentar nossos parceiros e queremos contar com vc ....

Abração:)

Bruno Prudêncio"

OBSERVAÇÃO DO BLOGUEIRO: Em virtude de uma falha de conexão, esta nota, produzida no horário que consta abaixo, só pôde ser postada mesmo agora (21:16).

Há vivos que aparecem de vez em quando

Muito depois de já estabelecido um quadro caótico em Campos, em função do crime ambiental que atingiu o rio Paraíba do Sul e das chuvas que caíram sobre o município, eis que aparece o deputado federal e candidato a prefeito derrotado Arnaldo Vianna. Segundo disse há pouco João Oliveira, no programa de rádio e (desde as nove horas só na) TV De olho na cidade, o parlamentar está em Ururaí, localidade em que perdeu feio para Rosinha –certamente pelo pouco que fizeram ele e seu pupilo Alexandre Mocaiber por quem mora naquela região.
É lugar-comum entre os políticos desta planície aplicar o adjetivo ordeiro ao povo de Campos. Não parece exagero pensar que, ao usar tal termo, boa parte desses políticos queira dizer simplesmente cordeiro, no sentido figurado da palavra. Só mesmo o fato de serem os campistas (c)ordeiros e/ou a gravidade da situação de Ururaí para explicar a boa recepção de Arnaldo na localidade –se é que isso está ocorrendo, pois não há nem certeza de que ele está lá.
Como já se disse antes aqui, numa hora dessas não se pode escolher, entre os que se dispõem a ajudar, aqueles a quem recorrer. Mas pareceu inevitável comentar mais essa atuação do político, só não mais deprimente porque o quadro exige, cedo ou tarde, participação de todos, cada um contribuindo da forma que puder ou quiser (embora entrar em ação por opção –e não por obrigação não devesse ser atitude de um deputado federal).
Mais uma vez, nota-se que até em termos de auto-promoção Arnaldo Vianna é fraco. O que será dele apenas como parlamentar e sem o controle mais ou menos indireto da máquina municipal?
Atualização (18:37): revisão do texto.

segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

Rosinha divulga três primeiros nomes de seu secretariado

O assunto já foi amplamente publicado e/ou comentado na blogosfera local. Mas merece registro do responsável por este veículo. Trata-se da divulgação dos primeiros nomes do secretariado da prefeita eleita. Cumprindo o que prometeu em certa parte de uma entrevista que concedeu a Barbosa Lemos no sábado, repercutida neste blog no mesmo dia, ela anunciou hoje três deles.
O texto abaixo foi remetido pela assessoria de comunicação de Rosinha e só não pôde ser postado antes porque, durante todo o dia de hoje, este Soprador de Vidro teve grande dificuldade de publicar qualquer coisa aqui, já que se empenhou em ajudar o quanto pôde aos desabrigados de Ururaí (sobretudo aos acolhidos no CEDOA).
"ROSINHA ANUNCIA PRIMEIROS SECRETÁRIOS
A prefeita eleita de Campos, Rosinha Garotinho, anunciou hoje alguns nomes que vão integrar o primeiro escalão de seu governo. Rosinha criará a Secretaria Municipal de Cultura e vai fundir a Secretaria de Petróleo com a de Indústria, Comércio e Turismo surgindo a de Desenvolvimento Econômico. Para assumir a recém criada Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico e Petróleo, foi convidado o empresário Eraldo Bacelar. O advogado Francisco de Assis Pessanha Filho vai assumir a Procuradoria Geral do Município e o professor Orávio de Campos Soares vai responder pela Secretaria Municipal de Cultura.
O professor Orávio, responderá também pela presidência da Fundação Cultural Trianon.
FRANCISCO DE ASSIS PESSANHA FILHO, advogado, brasileiro, casado, nascido em Campos dos Goytacazes. Formado pela Universidade Candido Mendes – Centro – Rio de Janeiro e Pós-Graduado, lato sensu, em Direito Processual Civil e Direito Eleitoral pela Fundação Getúlio Vargas.Funcionário do Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro n paríodo de maio de 2000 à maio de 2008. Foi Procurador da Ordem dos Advogados do Brasil, Seccional Rio de Janeiro, gestão 2005-2006 e Auditor do Superior Tribunal de Justiça Desportiva do Futebol desde junho-2008.
Ministra aula de Direito Processual Civil nas Palestras, Seminários e Simpósios, que acontecem semanalmente, visando atualização profissional e cursos relacionados à Administração Pública, em especial Lei n.º 8.666/93 (Estatuto das Licitações) promovidos pelo Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro.
ERALDO BACELAR, farmacêutico Bioquímico; brasileiro, casado, nascido em Campos do Goytacazes, Formado pela Universidade Federal Fluminense (UFF); especialista em Saúde Pública pela Universidade de Ribeirão Preto. Cursa, atualmente, mestrado em Gestão de Serviço de Saúde na Universidade de Lisboa (POR); Presidente da Fundenor; Presidente do Sindicato dos Hospitais do Norte Fluminense (SINDHNORTE); Presidente do Conselho Deliberativo da Fundação Rural de Campos (FRC); Diretor da Fundação Benedito Pereira Nunes; Sócio do Hospital Pró-Clínicas, do Laboratório Plínio Bacelar e do UH Saúde.
ORÁVIO DE CAMPOS SOARES, jornalista, brasileiro, casado, nascido em Campos dos Goytacazes, formado pela Faculdade de Filosofia de Campos, é mestre em Comunicação e Cultura pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Integra a Sociedade Brasileira de Estudos Interdiciplinares da Comunicação; diretor da Rede Brasileira de Folkcomunicação; membro da Academia Campista de Letras; membro da Academia Letras e Artes; Coordenador do Núcleo de Iniciação a Pesquisa Científica em Comunicação; coordenador do curso de Comunicação Social do Centro Universitário Fluminense (UNIFLU/FAFIC); diretor de Teatro com Formação Acadêmica; e Diretor da Companhia Gente de Teatro."
Numa outra oportunidade, talvez tais indicações possam ser comentadas.

Moradores de Ururaí retiram seus móveis de casa usando caminhão e canoa

Móveis chegam de caminhão a uma casa em frente ao CEDOA...

...e saem de canoa de residências de quem mora perto da ponte sobre o rio Ururaí.


Salas do CEDOA emprestadas à Faetec precisam ser desocupadas

Salas do segundo piso de um dos prédios do Colégio Estadual Dom Otaviano de Albuquerque (CEDOA), em Ururaí, que foram emprestadas à Faetec, precisam urgentemente ser desocupadas para acolherem desabrigados.
Foto: Gustavo Landim Soffiati
Prédio do CEDOA em que ficam as salas emprestadas à Faetec
As diretoras do colégio vêm entrando em contato com a Fundação desde sexta-feira. Como nenhuma providência foi tomada, elas recorreram à Defesa Civil, para que funcionários do órgão, com o poder de polícia que detêm, abram as salas, retirem delas computadores e outros objetos e garantam abrigo para as vítimas das chuvas e da enchente do rio Ururaí.
Desabrigados da localidade já ocupam todas as salas de aula do colégio (cada uma com duas ou três famílias), exceto as emprestadas à Faetec.
O responsável por este blog, professor de História do CEDOA e diretor da Associação de Profissionais de Educação da Faetec (Apefaetec), já entrou em contato com a presidência da Fundação no Rio de Janeiro e com a Defesa Civil Municipal. Como as providências não foram tomadas, telefonou há mais de uma hora para a rádio e TV Campos Difusora e tratou do assunto no ar, durante o programa Chico da Rádio.
Até agora, a situação não foi resolvida.

Desabrigados entre ponte sobre o rio Cacomanga e Ururaí

Por volta de 07:30 de hoje, grande era o número de famílias desabrigadas ao longo da BR 101, no trecho após a ponte sobre o rio Cacomanga e Ururaí.

Famílias desabrigadas e seus móveis na BR 101

Todos as famílias que moram ao lado da BR 101 tiveram que levar para a pista seus móveis, já que as casas do local estão submersas (algumas parcialmente, outras quase completamente).

Casa quase completamente submersa
O responsável por este blog vem encontrando enorme dificuldade para fazer uma cobertura do quadro caótico da região, pois tem tentado, como pode, ajudar aos desabrigados de Ururaí instalados no Colégio Estadual Dom Otaviano de Albuquerque (CEDOA), entrando em contato com a Defesa Civil e a Secretaria de Promoção Social da prefeitura e com órgãos de comunicação (emissoras de rádio e TV). Até ao vereador eleito Papinha ele já recorreu. Numa hora dessas não se pode escolher, entre os que se dispõem a ajudar, aqueles a quem recorrer

Desespero de desabrigados acolhidos no CEDOA

Os desabrigados que ocuparam o Colégio Estadual Dom Otaviano de Albuquerque, em Ururaí, estão desesperados. Faltam comida, água e orientação para eles. Na Secretaria de Promoção Social, contactada há pouco, não sabiam nem onde é o colégio.
Fotos: Gustavo Landim Soffiati
Desabrigados acolhidos no refeitório do CEDOA
O vereador eleito Papinha, que está distribuindo sacolões perto da Praça da Igreja da Imaculada Conceição do Sagrado Coração de Maria, já se comprometeu a conseguir mais deles para os desabrigados que estão no CEDOA.
Distribuição de sacolões perto da praça da igreja

O vereador eleito Papinha