quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

domingo, 13 de dezembro de 2009

impressões

A lenda do príncipe que tinha rosto

Peça da Cia de Teatro Artesanal, A lenda do príncipe que tinha rosto teve uma sessão ontem e tem outra prevista para hoje, às 17 horas, no Teatro Municipal Trianon.
Embora classificado como infanto-juvenil, o espetáculo é imperdível para apreciadores de teatro e arte em geral e para quem se dispuser ao exercício de reflexão a partir da fruição de obras estéticas.
O que se narra na montagem é o caso de um príncipe que nasce num reino onde ninguém tem rosto, motivo pelo qual o menino é confinado numa torre. Mas essa história que parece simples se materializa por meio de recursos elaborados minuciosamente (seria melhor dizer artesanalmente).
Sem diálogos entre os personagens, a peça é toda conduzida por uma narração em off. Preto, branco e cinza (prata nos adereços) são basicamente as únicas cores no cenário e nos figurinos -estes com inspiração gótica-, salvo umas poucas exceções (um guarda-chuva verde, uma borboleta azul, um baú de madeira). Uma máscara branca, espécie de persona, é utilizada para caracterizar o rosto do príncipe (e de outras poucas personagens, cujos nomes talvez não devam ser revelados aqui), quando bebê e criança, bonecos de pano (foto abaixo), um deles magistralmente manipulado por um ator - o mesmo a encarnar o herdeiro do trono na juventude, incorporando mimeticamente os gestos da figura a que dá vida na infância. Certas cenas contam com projeção de imagens em preto e branco (a janela da torre com nuvens, uma festa no castelo, dragões) que às vezes remetem a criações como as do expressionismo alemão cinematográfico, numa tela de pano.

Deve-se ressaltar ainda o excelente trabalho de corpo dos envolvidos no trabalho. Além da já mencionada habilidade do ator como príncipe quando jovem, há uma atriz grávida que ninguém do público diz ter a barriga que ostenta quando está em cena. Cabe dizer que os atores ensairam por três meses usando as máscaras negras que cobrem seus rostos (sem orifícios para os olhos), sem o acompanhamento da narração de fundo (fazendo as marcações apenas com o conhecimento da estória) e usando a luz de serviço do teatro. Duas semanas antes da estréia, quando começaram a passar os ensaios com a iluminação técnica, a tal atriz grávida chegou a pensar que estava cega. Esse experiência dos ensaios deu a todos uma percepção incrivelmente apurada do espaço cênico.
Falta pouco tempo para a sessão de hoje, mas, confiem os poucos leitores deste blog: a peça é imperdível. Para quem reclama tanto de não haver programação cultural em Campos, será um absurdo imaginar não assistir a uma peça com entrada grátis.
Atualização (16:31): Revisão do texto. O importante era divulgar a montagem. Mesmo que para os poucos que passassem por aqui.
Atualização (10/06/2010 - 13;56): inserção de Marcadores.

impressões (apresentação)

Antes de fazer o relato prometido na última postagem publicada aqui ("Discurso do representante do GTCC na Audiência sobre o Pólo de Cinema"), pareceu mais urgente a este Soprador de Vidro inaugurar uma seção que há muito ele planeja para seu veículo. O perfeccionismo a que se submete constantemente o blogueiro força-o a dizer que "Impressões" começará ainda aquém do programado. Mas a premência de divulgar um assunto considerado importante foi mais forte que o perfeccionismo.
Atualização (10/06/2010 - 13:53): inserção de Marcadores.

Parabéns!

À Chapa 1 - Oposição. Reconstrução do Sinpro, que tem em seus quadros o professor Fábio Siqueira, pela vitória suada e certamente merecida, divulgada no blog Comentários do Cotidiano na sexta-feira (confira). A partir da posse da chapa, espera-se que os novos dirigentes do Sindicato dos Professores da rede particular, consigam cumprir as propostas de campanha e contemplar demandas da categoria não atendidas no período anterior.

Discurso do representante do GTCC na Audiência sobre o Pólo de Cinema

P.S.: Esta postagem foi produzida no final da tarde de sexta-feira e programada para publicação às 23:37, para que este blogueiro tivesse tempo revisá-la, caso houvesse tempo, ou, do contrário, que o texto saísse mesmo como estava. Não houve tempo, e ontem o blogueiro não acessou internet. Há pouco, notou que o texto não estava publicado no blog. Como o que se pretende é registrar as ações de um movimento, conforme explicado abaixo, afigurou-se pertinente a publicação do material, que, de sexta para cá, sofreu apenas uma alteração: na última frase da apresentação do discurso de Bisogno, na qual se previu inicialmente a publicação de um relato da reunião ora em questão para o dia seguinte (hoje, ontem).
O responsável por este blog é um dos membros do Grupo de Trabalho Cultura e Cinema (GTCC), cujos integrantes conseguiram uma audiência pública na Câmara Municipal de Campos dos Goytacazes, capitaneada pelo vereador Rogério Matoso, para tratar da implantação de um Pólo de Cinema no município.
A entrada deste que vos escreve no GTCC ocorreu em meados do ano (quando o grupo ainda nem tinha nome específico), por ocasião da organização da mostra Memórias: Arte Cinematográfica em Campos dos Goytacazes, que teve lugar no Centro de Convenções da UENF (e, fugindo um pouco ao programado, no Sesc), entre os dias 28 e 31 de outubro. Ele foi convidado a integrar a agremiação a partir de uma conversa que teve com Wesley Machado –então já componente da comissão organizadora do evento–, sobre algo do que sabia a respeito dos festivais de cinema de super-8 da década de 1970 em Campos.
Como na época este veículo não estava funcionando, o responsável por ele solicitou ao blogueiro Xacal a divulgação da mostra em A TroLhA (confira). Também por esse motivo o assunto não vinha sendo abordado aqui. Agora que –a despeito da periodicidade irregular– Soprador de Vidro vem sendo atualizado com mais freqüência, a pretensão é manter uma agenda permanente de divulgação e discussão dos debates do Pólo de Cinema neste blog.
Para começar, segue o discurso que Carlos Alberto Bisogno, cineasta (roteirista e diretor) e compositor de trilhas sonoras de cinema, proferiu ontem na audiência na Câmara. Bisogno foi escolhido previamente pelos componentes do GTCC para representá-los na reunião, na qual ainda se pronunciaram outros membros do grupo (Nilza Franco, Antonio Roberto Kapi e o autor destas linhas). Apesar de a audiência ter ocorrido na quinta-feira, ainda se pretende publicar aqui um relato da ocasião.
Audiência Pública sobre o Pólo de Cinema de Campos
Por Carlos Alberto Bisogno

Boa tarde a todos. Gostaria que minhas primeiras palavras fossem de congratulações a esta casa que de forma admirável se abriu a esta discussão.
Sou Carlos Alberto Bisogno, sou Produtor, Diretor, Roteirista e Compositor musical cinematográfico e fui indicado para representar o pensamento de um pequeno, mas importante grupo que nasceu através de uma iniciativa da pró-reitoria de extensão da UENF e que tem trabalhado para ver desabrochar em nossa cidade a apreciação e produção de cinema, a forma artística que considero a mais completa, por conter em si, mesmo que subjugadas por uma linguagem própria: a literatura, a música, as artes cênicas e visuais. E sim, encontramos também a ciência manifesta nas tecnologias desenvolvidas e aplicadas.
Algumas áreas de pesquisa como a psicanálise, a iconografia e a semiótica têm discutido as possibilidades que o audiovisual instaura na criação de “imaginários coletivos” enquanto ferramenta capaz de construir valores, diversidades e conhecimentos.
O audiovisual enquanto mecanismo de representação do real, ao veicular pontos de vista, contribui para a manifestação da variedade de olhares. Aqui, creio ser importante lembrarmo-nos do conceito de perspectiva, que pode ser descrita como a arte de representar em uma superfície plana as coisas da maneira que as vemos. Assim sendo, as produções de imagens e sons, realizadas apoiando-se em determinada perspectiva, como é quando nos deparamos com uma produção fílmica, servem para fundamentar a importância, a meu ver, de se ter o cinema como prática de se lançar livres olhares, de ser livre e experimentar o mundo. É uma ferramenta que propicia a supressão de estereótipos e categorias redutoras que tanto limitam o pensamento humano e a prática da educação.
Com este intuito, promover a reflexão sobre inclusão e protagonismo social através da 7ª arte deve ser o objetivo de qualquer iniciativa que, de forma mais pragmática, vise estabelecer uma cultura audiovisual que é de extrema importância para um melhor desenvolvimento social e econômico de qualquer cidade ou pais.
Um Pólo de Cinema que está, desde o início, no horizonte de nossos sonhos, deve ter tal preocupação logo em sua criação, e estar sempre aberto ao incentivo às mais variadas formas de se fazer cinema, nunca limitar as infindáveis possibilidades de realização audiovisual.
Cabe também dizer aqui neste ponto que criar um Pólo de Cinema, não é como muitos imaginam, construir estúdios milionários, mais sim um conjuntos de mecanismos que viabilizem e incentivem a produção audiovisual. Um Pólo de Cinema não é uma instituição ou lugar como erroneamente insinua a expressão, é um projeto.
A cidade de Campos dos Goytacazes oferece ótimas condições climáticas, geográficas e urbanas para esse projeto e realizações cinematográficas: bons ventos, ótima iluminação natural, o fato de ser uma planície e estruturas arquitetônicas que podem ser utilizadas como ótimos cenários.
A região tem passado por transformações importantes nas últimas décadas e essas mudanças econômicas e políticas estão relacionadas com um processo mais geral de transformações que ainda tendem a se intensificar.
Portanto elaborando e incentivando projetos que busquem criar uma cultura, entre outras, de produção e consumo audiovisual em Campos, não se está incentivando apenas um projeto específico, mas sim o desenvolvimento de diversos setores da sociedade como a economia e a educação que devem e precisam acompanhar estas transformações.
A produção cinematográfica movimenta a economia onde ela se realiza, pois se utiliza do comércio e de serviços: serviços alimentícios locais, hospedagens, papelarias, confecções de figurinos, cenários, mão de obra necessária na composição de uma equipe, como eletricistas, costureiras, especialistas em equipamentos de segurança, entre tantos outros.
O cinema, imagem em movimento, vai muito além da sua superficial função de entretenimento, ele suscita pensamentos, propõem-nos modelos e comportamentos, condicionam de uma forma positiva ou negativa a nossa atitude e concepção do mundo. É deste fenômeno tão abrangente que tratamos.
A nossa sociedade se baseia na transmissão de conhecimentos e valores e para aplicá-los na vida e, desta forma, passar a mensagem às gerações futuras. Este fenômeno social, político, artístico que é o cinema e o audiovisual não pode se negado a ninguém.
É, portanto, difícil que, para quem acredita na formação de indivíduos cidadãos através da valorização da cultura, aceitar que o cinema não esteja presente na realidade de um determinado grupo social. Indivíduos, de qualquer classe social, devem ser incentivados, informados, para que sejam consumidores desta linguagem midiática e suas possibilidades artístico-expressivas.
Espera-se por parte das entidades de ensino e governamentais, uma tomada de posição objetiva na defesa dos valores em que se prezem a liberdade de expressão e a liberdade de consumo da arte. O Homem enquanto ser criativo, expressivo, sensível e equilibrado, não pode ser afastado/alijado do entendimento do cinema. O cinema não deve ser um produto formatado pela televisão – esta mídia é maior que a mídia televisa, não só em tamanho, mas em qualidade visual, intelectual e artística.
Temos todos sonhado com o desenvolvimento sustentado da nossa cidade. Desenvolvimento que signifique prosperidade para todos, que signifique oportunidades iguais para todos. Que signifique a inclusão de todos. Um sonho simples. Um sonho claro. Um sonho que deve ser um compromisso. Compromisso que, se firmado, pode ser tornar realidade.
Obrigado!

quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

A responsabilidade de Rogério Matoso

Com a realização de uma audiência pública de amanhã na Câmara Municipal de Campos dos Goytacazes, com o Grupo de Trabalho Cinema e Cultura (GTCC) –vide convite na nota abaixo–, o vereador Rogério Matoso assume uma grande responsabilidade. Não apenas com os componentes do grupo em questão, mas com toda a sociedade campista.


Ao contrário do que talvez pensem algumas pessoas, a proposta de implantação de um Pólo de Cinema no município não é um delírio ou apenas um sonho antigo de muitos dos ativistas culturais da região. Vale lembrar –como já o fez, por exemplo, Alexandro Florentino, um dos integrantes do GTCC– que Campos reúne várias condições para a criação dessa indústria sem chaminés (para dizer o mínimo, e particularmente em relação à natureza da terra goitacá, trata-se de uma planície, "onde o sol nasce primeiro", para recorrer a um slogan de sinistra memória usado como divulgação do verão de 2000 de Farol de São Tomé).


Importante alternativa para a sobrevivência do que, num futuro quiçá não muito distante, pós-royalties, pode se tornar uma cidade morta, o Pólo foi usado indevidamente no ano passado como recurso inócuo para tentar salvar o governo moribundo de Alexandre Mocaiber. Infelizmente, a imagem que ficou então foi a de um delírio no apagar das luzes de um de um mandato ridículo e escandaloso. Imagem que, como se trata da sétima arte, tem como êmulos a demolição do antigo Trianon, a venda do Cine Goitacá e o abandono do Capitólio, que o fez cair no final do ano passado.


E não pense o vereador que o nome dele foi escolhido pelos olhos que ostenta, segundo um padrão imposto a muitos, modelo ímpar de beleza. Com a imagem de sangue novo na Câmara e na política local, pinçá-lo é algo que, sem dúvida, tem por trás uma estratégia: dar ao vice-presidente daquela Casa de Leis uma oportunidade de mostrar a que veio.

Convite

GABINETE DO VICE-PRESIDENTE
ROGÉRIO FERNANDES RIBEIRO GOMES


CONVITE



Campos dos Goytacazes, 09 de novembro de 2009.


Senhor(a),

A Câmara Municipal de Campos, através do Vice Presidente Rogério Matoso, vem convidar para “Audiência Pública” que visa vai traçar estratégias para fortalecer as ações da política municipal de cultura e da sedimentação de um Pólo de Cinema em Campos. A sessão especial vai ser realizada no dia 10(dez) de dezembro a partir das 17 horas no Plenário Álvaro Vidal na Câmara Municipal de Campos.






Rogério Fernandes Ribeiro Gomes
Vice-Presidente da Câmara Municipal de Campos dos Goytacazes

terça-feira, 8 de dezembro de 2009

Desabafo

Sem muitas lamúrias, como aquelas a que por um tempo o blogueiro, vez por outra, acabava recorrendo para justificar sua falta de periodicidade, hoje ele não resistiu e resolveu fazer um rápido desabafo para dizer que, sobretudo nos últimos dias, a vontade de tratar de vários assuntos (os ônibus da Viação Tamandaré, a inauguração do Habib's em Campos, as provas do Saerj etc. etc.). A impossibilidade de fazê-lo, em grande parte por compromissos domésticos, além dos profissionais, chegou a deixá-lo até meio deprimido. Alguns considerarão isso coisa de pequeno-burguês. Mas este Soprador de Vidro insiste em pensar que é coisa de proletário mesmo. Bem, é melhor parar por aqui... Uma hora pinta oportunidade de falar de tudo isso. E o que não tiver a ver com este veículo, fica para algum divã ou mesa de bar.

falando nisso

Um dos donos da banca Três Irmãos, que fica sobre a Praça Coronel Paula Barrozo, depois de perder R$ 1.000 (mil reais) removendo seu negócio de um lado para outro do local, teme que tenha perdido a quantia, pois, segundo disse, talvez não possa ficar onde está. Fonte da primeira nota sobre o assunto publicada aqui ("Mais uma praça que Campos perderá?"), ele informou àquela época que representantes da Prefeitura de Campos deram a ele a opção de afastar para trás a banca do local onde estava ou mudá-la de lado. Longe, portanto, deste Soprador de Vidro a atitude de defender qualquer suposto direito adquirido do jornaleiro em questão.

conforme anunciado aqui

Em duas notas ("Mais uma praça que Campos perderá?", "conforme anunciado aqui"), aquela praça em frente ao supermercado SuperBom da Avenida 28 de Março, a Coronel Paula Barrozo, será mesmo aberta, para a passagem de carros. As obras começaram no final da semana passada, mas, por conta da sazonalidade em relação ao veículo pelo qual responde, este escriba não registrou o fato em cima do lance, mais ou menos como fez nas outras notas sobre o assunto –salvo engano, não abordado por nenhum órgão de comunicação local, nem da mídia tradicional, nem da blogosfera goitacá. O trevo que fica no final da rua do Gás, antes da praça, também já foi removido. Quem se interessar em saber a modesta opinião deste Soprador de Vidro sobre o caso, deve recorrer às notas anteriores supracitadas, sobretudo à segunda delas.

sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

falando nisso

Ao contrário da apresentação de Lene Moraes, na quadra de Os Psicodélicos, na noite passada o que parece não ter bombado foi a festa à fantasia na Morada do Samba, também ontem.
O evento contaria com apresentações de samba (Markinho Sá), forró (Dumeiprufim) e, parece, de mais duas bandas. A julgar pela entrada do local, por volta de 23 horas, o público foi pequeno ou inexistente.
E parece que hoje tem mais coisa na Morada. Aliás, ontem este Soprador de Vidro pediu que, se alguém soubesse de mais algum evento de samba no município, se manifestasse aqui. "Para dar samba...".
Alguém sabe algo sobre o evento de ontem na Morada? Hoje tem mais samba lá ou noutro lugar? Quem souber detalhes, pode dizer. Por ora, só não vale a canção homônima de Roberto Carlos...

"Verdadeira" semana do samba com Lene Moraes em dose dupla

Ou tripla. Ou quádrupla. Ou quíntupla.

Explica-se.

Na programação do Sesi-RJ dedicada ao Dia Nacional do Samba, a rainha do samba campista, Lene Moraes, vai se apresentar no sábado e no domingo, de 12h às 16h, no Sesi Clube de Campos (Av. Deputado Bartolomeu Lysandro, 862, Guarus). Um show para os amantes do samba e para toda a família, na área de lazer do local. Total relax.
Foto: Wellington Cordeiro
Lene com o bamba campista Geraldo Gamboa
Mas seria injusto dizer que os interessados poderão curtir em dose dupla essa "brasileira comum, que dorme tarde acorda cedo e vai à luta". Afinal, na quarta-feira, ela prestigiou a apresentação do grupo Galocantô no Teatro do Sesi, esteve no Samba no Mercado e disse ainda que passaria na Morada do Samba, para o show de Markinhos Sá. E assim respondeu a este Soprador de Vidro, quando questionada por estar no Sesi, mais ou menos no mesmo horário em que os trabalhos do Samba no Mercado já estariam em curso: "Tô aqui, tô no Mercado, tô na Morada."
Cacofonia eufônica: "tô na/Morada". Foi assim que esse trecho da frase soou para este escriba. E foi por enamorar-se por Campos que ela enamorou os campistas.

Feche-se o parêntese.

Para completar, Lene ainda cantou ontem na quadra de ensaios do bloco de samba Os Psicodélicos, apresentação que bombou, segundo informes (o responsável por este blog não compareceu ao furdunço; no que concerne à verdadeira semana do samba, ontem só foi assistir ao musical É samba na veia, é Candeia, com um público diminuto –sem cacofonia, please).

quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

Para dar samba...

Ontem, além dos eventos da "verdadeira" semana do samba divulgados aqui, houve um show de Markinho Sá na Morada do Samba, aquela casa identificada como situada no final da Avenida 28 de Março, próxima às saídas de Campos para as praias. Depois que vizinhos do local reclamaram, as apresentações de Lene Moraes que ocorriam lá semanalmente foram transferidas para a quadra de ensaios do bloco de samba Os Psicodélicos, onde alcançaram um sucesso talvez ainda maior. Entretanto, vez por outra, shows já programados continuaram a ocorrer na Morada. Não sabe este escriba se foi ou não o caso de ontem, mas o fato é que o recinto estava apinhado, tinha gente até no lustre...
Será que hoje haverá algum furdunço, além do musical É samba na veia, é Candeia e da já tradicional apresentação de Lene Moraes, divulgados na nota abaixo? Se alguém souber, é só dizer. Para dar samba.

Segundo dia da "verdadeira" semana do samba

Além da já tradicional apresentação de Lene Moraes (sensualíssima nessa foto de Wellington Cordeiro), na quadra de ensaios do bloco de samba Os Psicodélicos, que acontece toda quinta-feira, a partir das 21 horas, hoje tem É samba na veia, é Candeia, musical que ganhou o Prêmio Shell, no Teatro do Sesi (Av. Deputado Bartolomeu Lysandro, 862, Guarus). Não é apenas para convidados, como o show de ontem, do grupo Galocantô, mas os interessados em assistir à peça terão que desembolsar R$ 10,00 (pela entrada inteira) ou R$ 5,00 (pela meia-entrada, para estudantes, idosos e clientes do Sesi Clube).

quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

Primeiro dia da "verdadeira" semana do samba

As atrações de hoje da "verdadeira" semana do samba, que começaria a ser detalhada aqui ontem, conforme promessa num textículo de segunda-feira são o já tradicional Samba no Mercado e a apresentação do grupo Galocantô.
O primeiro, para quem não sabe (e, sobretudo se mora em Campos, deve mesmo viver com a cabeça em Marte), é organizado por Valmir Oliveira, o popular Kanal, e ocorre, em geral, quinzenalmente, às sextas-feiras no Mercado Municipal, mas terá uma edição especial hoje, em homenagem ao Dia Nacional do Samba. Os interessados podem se dirigir ao local a partir das 19 horas e se deleitar com as apresentações de Lene Moraes, Jardel do Cavaco, bateria da Ururau da Lapa etc. etc. Nem precisa dizer que tudo isso sem pagar nada. Ou quase nada: cerveja, churrasquinho e o que mais convier aos apreciadores do que costuma acompanhar eventos desse tipo, obviamente, estão à venda.

Já o show do Galocantô, também de graça, mas infelizmente só para convidados, ocorre no Teatro do SESI (Av. Deputado Bartolomeu Lysandro, 862, Guarus), ambiente bem distinto do que o conjunto está na foto acima, às 20 horas.

segunda-feira, 30 de novembro de 2009

A verdadeira semana do samba

Não faz muito tempo, uma semana quase toda dedicada ao samba em Campos foi destaque neste blog (confira: "Ilustre desconhecido ilustre na Noite do vinil", "Retificando", "Mais samba (acompanhado de jongo)", "Culminância da semana do samba"). Pois saibam os poucos leitores de Soprador de Vidro e ou os admiradores do gênero musical ora em questão que aquela semana é pinto perto desta - que seria, então, pinto no lixo, para usar uma expressão cara ao saudoso Jamelão - na qual se comemora o Dia Nacional do Samba (02/12). Para ela, só o SESI Campos programou as atrações do convite abaixo, enviado para divulgação pelo diretor teatral Luiz Fernando Crespo Rossi e pela blogueira unimúltipla Aucilene Freitas.
Mas há ainda o programa de samba semanal, que é Lene Moraes, na quadra de ensaios do bloco Os Psicodélicos, na quinta-feira, e o quinzenal, que é o Samba no Mercado, na sexta. A partir de amanhã tais programas serão detalhados neste veículo. Esquentem os tamborins...

domingo, 29 de novembro de 2009

bairrismo (meio às avessas)

Aí está uma boa notícia para a estilosa Margareth Bravo, uma das primeiras seguidoras de Soprador de Vidro após o período de retomada do veículo (confira aqui o comentário dela no texto que serviu para inaugurar esta seção). Embora ela talvez já esteja por dentro do assunto, por uma questão de registro e tentativa de manutenção de interesse por um tema já abordado (alcançará ao menos esse tipo de regularidade um blog tão aperiódico?), segue a nota publicada ontem no caderno "Prosa e Verso", do jornal O Globo, sobre o psicanalista campista que, parece, deve continuar considerando a terra em que nasceu "a mais reacionária do país", como mostrou o grande musicólogo goitacá Vicente Marins Rangel Júnior num trecho de seu livro Recortes da memória musical de Campos (1839-1965), citado na publicação comentada por Margareth.

"MAGNO, FAWCETT, WISNIK
O psicanalista MD Magno e os músicos e escritores Fausto Fawcett e José Miguel Wisnik participam do debate "Entretenimento e contemporaneidade" às 19h de segunda no Oi Casa Grande (Afrânio de Melo Franco 290), dentro da série de debates Consórcio de Entretenimento e Cultura Contemporânea."

terça-feira, 24 de novembro de 2009

Ainda sobre a greve: mas a dos funcionários da empresa de ônibus Tamandaré

Para início de conversa, é preciso corrigir (ou atualizar, na linguagem da blogosfera) com o título acima o que está abaixo (sem texto ou nota na seqüência, conforme a norma antiga da língua portuguesa errante). A greve não foi da empresa –como soube cedo, por volta das 7 horas, e divulgou pouco depois, este Soprador de Vidro–, mas dos funcionários dela.
Uma crítica ao posicionamento do presidente da Empresa Municipal de Transportes (EMUT), Paulo Mósso já foi feita pelo blogueiro Xacal ("Lavando as mãos..."). Nela constam alguns aspectos no mínimo curiosos do discurso do responsável pela pasta em questão, também notados por este escriba e que ele gostaria abordar, mas que, mais uma vez, foram comentados antes por aquele predador frenético (aí vai mais um rótulo para o rol do texto "Tá todo mundo doido, oba...!!!"). A esta altura altura, além do que já sugeriu Roberto Moraes ("Greve em empresa de ônibus em Campos: mais que nunca há que se saber o que foi pago às empresas"), está na hora de aproveitar o momento e perguntar se a cobertura dos custos de passagens concedidos pela Prefeitura não têm como contrapartida a melhora das frotas das empresas de ônibus. Até porque a Tamandaré está entre as empresas que, após o Programa Campos Cidadão, manteve carros caindo aos pedaços. Bem ao contrário de outras, como a Progresso e a São João, as primeiras a substituírem coletivos velhos pelo menos por seminovos.

E a greve da empresa de ônibus Tamandaré, hein?

segunda-feira, 23 de novembro de 2009

E porque hoje é segunda-feira...


Quem pensa que o dia (ou a noite) não tem nenhum bom programa, muito se engana. Para os que admiram música elaborada (sem preconceito em relação aos que não gostam disso), a unimúltipla Aucilene Freitas (sempre ela) manda avisar que hoje tem apresentação do guitarrista Dino Rangel no projeto Clube do Jazz e Bossa, a partir das 20 horas no Teatro de Bolso.
Com um currículo de dar inveja em muita gente, Dino já tocou e/ou gravou com figuras como Guinga, Arthur Maia, Ithamara Koorax, Ednardo e Leo Galdeman (apenas para citar alguns dos mais conhecidos). No show de hoje, de lançamento de seu segundo CD, Dino estará acompanhado da Banda Bossa Jazz: Dalton Freire (sax e flauta), Magno Filho (trompete), Márcio Leal (teclado), Ivan Noronha (violão), Vitor Vieira (bateria) e Ethmar Filho (violão).
O projeto conta com o apoio da Secretaria Municipal de Cultura, Fundação Teatro Municipal Trianon e da Fundação Cultural Jornalista Oswaldo Lima. E o melhor de tudo: a entrada é gratuita!

Depois de alguns dias sem internet...

mas não sem algum prazer, ficou cada vez mais claro que o antigo inimigo, talvez mais conhecido como tinhoso, vive mesmo planeta e está presente no que há de mais humano entre os seres humanos. Nesse caso, aquele título/refrão da canção do AC/DC está corretíssimo: "Hell ain't a bad place to be" (quem tiver dúvida, pode conferir a letra completa para entender melhor...). Por isso, como numa outra canção, de Lulu Santos, "espero os dias d leite & mel aqui na terra e ñ depois no céu"...

quinta-feira, 19 de novembro de 2009

Porque o show tem que continuar!

Esta semana, ao contrário da passada, não pode exatamente ser considerada dedicada ao samba (ou em grande parte a ele). Mas, recorrendo ao que a unimúltipla Aucilene Freitas usou como especificação de assunto de um e-mail que ela certamente enviou para muita gente, "Sexta-feira tem de novo!..."
Samba no Mercado.
Como este Soprador de Vidro ficou quase sem internet nos últimos dias e não conseguiu cumprir a agenda de divulgação do ziriguidum esta semana, só mesmo quem estiver em casa tão desanimado que resolveu ler este blog pode resolver comparecer a quadra de Os Psicodélicos para prestigiar Lene Moraes ainda hoje.
Mas não há de ser nada: embora o Samba no Mercado ocorra em geral quinzenalmente, os que gostam do ritmo e do evento serão brindados com uma espécie de edição extra dele amanhã, a partir das 19 horas, em homenagem ao Dia da Consciencia Negra.
Segundo Aucilene, vai ter de um tudo: jongo, maculelê, capoeira, samba de roda, samba de chula e até representante da CUFA, que ela imagina ser Central Única das Favelas. Se for outra coisa, avisa a gente, Auci.

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Uma cadeia para Ilsan Vianna

Grande decepção atingiu este Soprador de Vidro depois que ele leu um trecho de uma matéria de Alexandre Bastos, publicada no jornal Folha da Manhã de sábado ("Ilsan tenta reverter a decisão") e soube o que fará a vereadora sem cadeira na Câmara Municipal de Campos. O golpe foi tão grande que este escriba entrou em depressão no final de semana, chegando a pensar em abandonar seu blog, que, sabem os poucos leitores do veículo, de resto, talvez nunca tenha merecido mesmo a devida atenção do editor. Num boxe de tal matéria ("Disputa pela cadeira –Ilsan: 'O povo sabe quem está por trás'") consta que "Em entrevista ao blog Opiniões [abrigado na versão on-line do periódico], Ilsan Viana [sic] explicou que gostaria de deixar o embate para o campo jurídico, endossando a argumentação de seus advogados".

Logo a trabalhista Ilsan!!!

Será que ela não se lembra –não necessariamente por ter vivido a época, pois ainda é muito nova– da Cadeia da Legalidade?

Organizada por Leonel de Moura Brizola, fundador do PDT, partido pelo qual a vereadora sem cadeira obteve vitória nas urnas no ano passado, tal campanha representou uma resistência comandada pelo velho caudilho a militares e conservadores que, em 1961, pretendiam impedir a posse do vice-presidente do Brasil João Goulart, o popular Jango, após a renúncia do presidente eleito com ele, Jânio Quadros.

A despeito de ser mui conservador, como já disse num textículo publicado aqui ("Não é nada d' Ilsan que você está pensando..."), este escriba entende que a posição de Ilsan, de buscar o que lhe é de direito apenas no campo jurídico, não condiz com a brava história de batalhas dela na seara do trabalhismo pedetista no qual a ingressou por conta de seu ex-marido Arnaldo Vianna, um indefectível brizolista!!!
Deveria então Ilsan Vianna convocar todos aqueles que deram a ela mais de 7.000 (sete mil votos!) a irem às ruas para cobrarem o que pertence a todos eles, mais que a ela. Essa história de recorrer à Justiça, deixando de lado a luta política pouco tem a ver com a tradição de Brizola!
Este Soprador de Vidro tem certeza de que, caso a eleita injustiçada fizesse tal convocação, iria se surpreender, pois contaria com a adesão pelo menos do dobro do número de eleitores que a escolheram como representante-mor do povo na Câmara. Isso porque, a considerar a avalanche de denúncias de captação ilícita de sufrágios no pleito de 2008 em Campos dos Goytacazes (algumas das quais investigadas pela Polícia Federal), muitos dos eleitores do município podem ter sido coagidos a votarem em outros candidatos a vereadores –algo que, se aconteceu mesmo, garantiu, certamente, como uma espécie de castigo divino, a derrota de todos os beneficiados. Afinal, a Câmara Municipal de Campos conta hoje com o melhor de seus quadros em muitos anos. Mas, como é muito grande o número de governistas, é necessária a presença de uma oposição coerente e conscientemente forte, coisa que só Ilsan conseguiria arregimentar. À luta, Ilsan! Pode usar esta idéia aqui apresentada: ela não pertence ao responsável por este blog; é apenas a recuperação de uma luta travada pelo velho caudilho!
Cadeia (legalista) neles, Ilsan!

sexta-feira, 13 de novembro de 2009

A favor do "Monitor"!

Correndo como o coelho de Alice no País das Maravilhas, este Soprador de Vidro passa aqui, em mais um de seus curtos intervalos e raros momentos com internet à disposição, para prestar seu singelo e modesto apoio ao jornal Monitor Campista. Embora não possa se estender agora, deve dizer que se informou o quanto pôde sobre o assunto, por meio do que foi publicaram a respeito do fim do periódico na blogosfera goitacá, e já incluiu seu nome no abaixo-assinado em defesa do terceiro mais antigo jornal do Brasil (faça isso também neste link).
Depois de tudo que já foi escrito sobre o Monitor Campista, que conta com um blog a favor de sua vida, Viva Monitor, parece haver pouco a dizer. Mas, se vale repetir o que registrou o blogueiro Roberto Moraes ("Em defesa do Monitor Campista"), duas boas dicas para a manutenção do diário foram dadas por Xacal ("Palpite...", "Mais um palpite..."). Trata-se, como disse o primeiro comentarista de uma dessas notas, "um caminho realista que pode ser seguido".
Last, but not least, este escriba não poderia deixar de sugerir que o leitor interessado pelo assunto consulte o blog Eu penso que..., no qual o competentíssimo jornalista Ricardo André abordou a repercussão do caso, o ato de hoje e, claro, emitiu suas opiniões, de que ele nunca abre mão.

Culminância da "semana do samba"

Para fechar a semana do samba (divulgada aqui desde quarta-feira: "Ilustre desconhecido na Noite do vinil", "Retificando", "Mais samba (acompanhado de jongo)"), hoje tem festa para o ritmo no mais popular reduto da cidade, num evento criado pelo elétrico Valmir Kanal (aniversariante do dia): o Samba no Mercado. O evento já deve estar rolando...
Se a noite de ontem, na quadra de ensaios do bloco Os Psicodélicos, contou com a presença de uma das matrizes do gênero em questão –o jongo–, o de hoje tem como atração especial a música cafona do Belina 2, banda da cantora e performer Simone Pedro. E como o encontro é de samba, bem que o grupo poderia executar peças do chamado sambão-jóia, sub-gênero musical que tem Benito de Paula como maior expoente. É passar lá e conferir.

quinta-feira, 12 de novembro de 2009

Mais samba (acompanhado de jongo)

Dando continuidade à semana do samba, hoje tem festa na quadra do bloco de samba Os Psicodélicos.

O convite abaixo foi enviado pela unimúltipla Aucilene Freitas:

"Nesta quinta, 12/11/09, na quadra do Bloco Os Psicodélicos a roda de samba vai começar às 22:00h, mas... ... quem chegar mais cedo vai curtir pérolas dos nossos mestres: Paulinho da Viola, João Nogueira. Candeia, Monarco, Roberto Ribeiro e tantos outros em cd. O som é de primeira!
O convidado mais que especial desta quinta é a turma do JONGO com Nelzinha da Hora no comando!!


SAMBA, CERVEJA GELADA, UM CHURRASQUINHO MANEIRO, UM PAPO CABEÇA (ou não), SAMBA ATÉ CANSAR... JONGO E AMIGOS, MUITOS AMIGOS!!!
A quadra do Psicodélicos fica na Rua Doutor Ultra (uma rua antes da Ampla, Beira Valão, depois do McDonald's) Convide, repasse esta mensagem para seus amigos."

Não é nada d´Ilsan que você está pensando...

Após um dia fora da planície goitacá, quando partia hoje de manhã para sua jornada de trabalho, este Soprador de Vidro ouviu uma versão do refrão de um jingle muito executado na campanha eleitoral do ano passado: "Ilsan Vianna, essa é vencedora/mas não pode assumir vaga de vereadora".
Mas que fique claro: mui conservador, o autor destas linhas não se inclui entre os que torcem para a eleita assumir logo o mandato e iniciar a mais revolucionária das oposições parlamentares em Campos dos Goytacazes desde os tempos de Benta Pereira, embora reconheça haver quem tema a chegada da ex-primeira dama à Casa do Telhado de Vidro. Será que tal temor aponta para uma tentativa de impedir que essa brava guerreira ponha em prática o justo e coerente projeto político que ela vem traçando com grande empenho ao longo de toda a sua imaculada vida pública inteiramente dedicada ao povo sofrido deste município?
Atualização (14:30): Revisão do texto.

quarta-feira, 11 de novembro de 2009

Retificando

Que se considere o "Amanhã tem mais..." do textículo abaixo uma referência restrita aos eventos de samba em Campos dos Goytacazes. Porque, também hoje, artistas desta planície (ou adotados por ela) brilham nesse gênero musical na capital. Conforme já divulgou a jornalista Patrícia Bueno, no blog Estou procurando o que fazer ("Mexe com Gamboa, mexe!"), esta noite é ainda de Lene Moraes e Geraldo Gamboa na casa de shows Rio Scenarium, na rua do Lavradio, Lapa. Uma boa pedida para quem estiver na terra da qual este Soprador de Vidro está partindo, em direção a Campos, e quiser prestigiar o evento...

Ilustre desconhecido ilustre na "Noite do vinil"

Os poucos e assíduos leitores deste blog certamente se lembram do período em que o responsável pelo veículo levava dias sem publicar nenhuma postagem e quando voltava à ativa divulgava uma Noite do vinil. Pois bem: agora este Soprador de Vidro vem tentando sempre publicar alguma nota ou texto, mesmo que de poucas linhas e abrindo mão de opinar sobre o assunto. Mas para não esquecer os velhos tempos, aí vai mais uma propaganda do evento que um dia ajudou a manter o que restava de vida neste diário –mesmo que como semanário, mensário ou nada disso...
A Noite do vinil de hoje é uma homenagem a um iluste desconhecido ilustre, um preito certamente a ser inscrito num movimento de recuperação da incursão de campistas num gênero musical que, durante um tempo, deu mais fama a eles fora do município: o samba. Mas se o preço foi esse, até que valeu, pois o sucesso de muitos deles ultrapassou os limites do território brasileiro. Esse é o caso de Joel Teixeira. Segundo Wellington Cordeiro, o incansável organizador do encontro das quartas-feiras ao redor da vitrola na Taberna Dom Tutti, tal figura chegou a fazer turnê até no Japão.
Os interessados em mais informações, podem consultar o blog da Noite do vinil, ou, mais especificamente, a nota sobre o homenageado do dia ("Noite do Vinil Mostra obra do campista Joel Teixeira"). Os poucos que só por esta chamada já estiverem satisfeitos que se dirijam a partir das 21 horas para a Rua das Palmeiras, 13. Esse é só o começo de uma semana dedicada ao samba e às matrizes que contribuíram para a formação do ritmo. Amanhã tem mais...

terça-feira, 10 de novembro de 2009

help!

Saberão os poucos leitores deste blog responder o motivo de haver poucos ônibus da linha Penha-Pecuária em circulação? Este Soprador de Vidro não sabe se essa é uma realidade diária, mas ontem, no final da tarde, esperou por mais de meia-hora por tais coletivos, a ponto de ter de fazer o que odeia: recorrer ao chamado transporte alternativo. Se nesse período não passou nenhum ônibus da linha em questão, não faltaram exemplares da concorrência (três: dois dos quais lotados).

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

frase

"A biblioteca de Wellington Paes é a memória de nossa comunidade; é a nossa universidade: antes, durante e depois de todas elas."


Joel Mello, na aula desta noite na Academia Campista de Letras

domingo, 8 de novembro de 2009

vale dizer

Quanto às duas últimas notas publicadas neste veículo: não que o responsável pelo blog tenha tido a primazia da informação, mas a conseguiu ontem, de fonte em quem confia, e não havia lido nada sobre o assunto antes. No entanto, como não quer que interpretem o que escreveu como furo furado, vale dizer: acabou de conferir em notas publicadas em colunas de uma criadora de gatos que ela já havia abordado as movimentações do dito cujo em direção àquilo que ele parece estar cada vez mais perto de alcançar.

conforme anunciado aqui

O provável novo responsável pela Secretaria de Obras do governo municipal é o eterno secretário Edilson Peixoto, popularmente conhecido como "O Trator". A notícia saiu hoje no jornal Folha da Manhã, com um tom de especulação como o de ontem em relação ao virtual futuro secretário de Governo, Wladimir Matheus (agora Garotinho). A suspeita quanto à ocupação da vaga de Davi Loureiro por Peixoto foi publicada aqui na nota abaixo.

sábado, 7 de novembro de 2009

Enguiço

Hoje foi divulgado pelo jornal Folha da Manhã o nome do novo provável Secretário de Governo do município de Campos dos Goytacazes. Também hoje este Soprador de Vidro ficou sabendo o nome daquele que poderá ocupar a Secretaria de Obras. Pista: trata-se de uma máquina cujo histórico é o de andar pouco e logo estacionar (de cargo em cargo), porque quando percorreu um trajeto maior, numa carreata de pré-candidato às eleições municipais de 2004, enguiçou. É aguardar e conferir.

Obras do aeroporto de Farol de São Tomé sob embargo judicial?

Em entrevista concedida ontem ao programa De Olho na Cidade, exibido pelos canais de TV Litoral, Plena e Goitacá e pela rádio Continental AM (1270 kw), o secretário municipal de Ambiente, Paulo Feijó, informou, parece que em primeira mão, que as obras do Aeroporto de Farol de São Tomé foram embargadas em primeira instância pela Justiça. O curioso é que, salvo engano, até agora a notícia não foi repercutida por outros veículos da mídia tradicional e virtual de Campos dos Goytacazes. O assunto mereceu pouco destaque até por parte de João Oliveira, um dos apresentadores da revista eletrônica matutina –ontem acompanhado por Fernando Leite–, que preferiu atrair a audiência fazendo suspense em relação à saída de Feijó do governo, algo já por demais comentado na imprensa local.
O secretário lamentou muito o embargo das obras do aeroporto e, dizendo que defende o desenvolvimento sustentável (saberá ele o significado dessa expressão?), falou que, mesmo reconhecendo a importância das questões ecológicas, o progresso deve ser priorizado.
Já chiou (mas não muito e pelo menos ainda) o Feijó. Falta agora ouvir o choro de outros representantes do governo municipal, do empresariado e da imprensa local. Todos –mas sobretudo os dos dois últimos setores– tão queixosos quando se trata de criminalidade e desigualdade social, quanto apologistas cegos do "progresso" e do "desenvolvimento". Cegos, sim. Ou melhor, caolhos (com a licença do blogueiro Xacal, que restringe tal epíteto aos apresentadores do programa midiático acima mencionado). Afinal, o que dizer de quem não reconhece que, no caso em questão (e em empreendimentos como Porto do Açu e Porto de Barra do Furado, para citar apenas investidas (até aqui) não frustadas), criminalidade e desigualdade social e "progresso" e "desenvolvimento" são faces da mesma moeda?

quinta-feira, 5 de novembro de 2009

o que talvez não digam sobre

A fala do governador viajante e festeiro Sérgio Cabral Filho na solenidade de inauguração oficial da sede da InterTv Planície, ocorrida na manhã de hoje. Pelo menos não dessa vez.
A mídia local poderá explorar até as farpas elegantemente trocadas pelo chefe do Executivo do Estado do Rio de Janeiro e pela prefeita de Campos dos Goytacazes, Rosinha Garotinho (Matheus, para Cabral –por que será?), em seus belos discursos (atenção, apressados: belos só os discursos). Mas há algo que provavelmente não será dito, mais por não se lembrarem do que por qualquer outro motivo. Aliás, nem o governador disse hoje.
Abordando sua relação com Campos e com o jornalismo, Cabral mencionou que conhece Aluysio Cardoso Barbosa e Diva Abreu Barbosa há 14 anos, que seu pai é jornalista (preso durante a "ditadura" –a começada em 1964) e que tal profissão foi também a escolhida por ele –antes de enveredar pela política partidária, área em que, ao contrário do genitor, fez carreira de fato.
Ouvindo essas referências feitas pelo governador, a jornalista Flávia Ribeiro recordou que o pai dele estava Monitor Campista quando soube estar sendo procurado pela polícia durante os anos de chumbo.
Atualização (07/11 – 10:12): Revisão de texto.

quarta-feira, 4 de novembro de 2009

bairrismo (meio às avessas)

Por conta da morte do grande antropólogo, filósofo e intelectual francês (embora nascido na Bélgica) Claude Lévi-Strauss, anunciada ontem para o mundo todo, um artigo escrito por Caetano Veloso sobre o pensador foi publicado hoje no jornal O Globo. Para quem não sabe, o cantor, compositor, músico e também intelectual foi muito influenciado pelo autor de Tristes trópicos –algo relatado no texto ora em questão–, citado direta e explicitamente em sua canção "O estrangeiro": "O antropólogo Claude-Lévi-Strauss detestou a Baía de Guanabara/Pareceu-lhe uma boca banguela".
Para os campistas, é digno de nota um trecho do artigo de Caetano em que, para contestar uma certa concepção do falecido apoiada na distinção entre natureza e cultura, ele citou um filho da planície goitacá:

"Meu analista, MD Magno, diz que todo o papo de linha entre natureza e cultura traçada pela proibição do incesto é furado. Me convence. Mas Lévi-Strauss foi uma das mentes mais lúcidas e um dos estilos mais elegantes com que tomei contato em minha vida adulta."

Trata-se do cunhado da professora de História Maria Nilza Patrão, que escreveu com a colega Marluce Guimarães a obra didática Gente da terra. Apenas para situar melhor o leitor quanto a esse que para alguns talvez não passe de um ilustre desconhecido, vale transcrever algumas palavras do musicólogo Vicente Marins Rangel Júnior em seu livro Recortes da memória musical de Campos (1839-1965), lançado em 1992:
"Nos ramos da Psicologia e da Psicanálise há dois nomes campistas de realce a nível [sic] nacional: o psicanalista MAGNO MACHADO DIAS, ou MD MAGNO, membro do Colégio Freudiano do Rio de Janeiro, inteligência brilhante e polêmica, que causou pasmo à população esclarecida de sua cidade ao declará-la "a mais reacionária do país", em declarações ao Jornal do Brasil (1990). Magno, que estudou piano em Campos, transcreveu numa espécie de livro um seu Seminário sobre Psicanálise, ao qual deu o título de A Música, contendo interessantes relacionamentos entre aquela ciência e a arte dos sons"* (p. 55).
Quase vinte anos depois de dizer isso, o que MD Magno falaria de Campos hoje?
* O outro nome de realce ramos da Psicologia e da Psicanálise de quem tratou Rangel Júnior foi Moisés Groisman.
Atualização (08/11 – 20:50): Revisão do texto, correção do parentesco da professora Maria Nilza Patrão com MD Magno (de quem é cunhada e não irmã), inserção do sobrenome dela e da nota indicada pelo asterisco.

terça-feira, 3 de novembro de 2009

conforme anunciado aqui

O "projeto" de pôr fim àquela pracinha em frente ao SuperBom da 28 de março parece mesmo de pé. No final da semana passada a banca que ficava sobre ela foi mudada de lugar, conforme anunciado aqui. Quem quiser que passe lá e confira. Até porque, por ora, este Soprador de Vidro não dispõe de câmera fotográfica para registrar o que disse e mostrar neste veículo. Mas aceita contribuições.
Apenas para esclarecer o que se pretendia com o texto publicado sobre o assunto, vale dizer que seu autor não tem ou defende nenhum apego provinciano a pracinhas. O que pleiteou (e pleiteará sempre) é que questões de interesse público sejam debatidas e avaliadas por entidades de algum modo representativas da sociedade e devidamente qualificadas para tanto - neste caso, o Coppam.
Se em relação uma pracinha o atual governo municipal age assim o que esperar das atitudes dele para com outras questões? É, parece que mudou apenas o nome de quem está no poder...

Fênix?

Um veículo natimorto. Ou quase isso. Poderia ser outro o destino a que estaria fadado este blog, criado aos dois dias do mês de novembro do ano de dois mil e oito da Era Cristã? Parece que desde essa data ele só finge existir. Mais ou menos como a concepção de poder de Foucault segundo Baudrillard.
Talvez pelo fato de 02/09 ter caído num domingo (e não num dia de semana) no ano passado, este Soprador de Vidro –meio supersticioso, é preciso confessar– não notou bem a gravidade de fazer nascer em tão aziaga data seu moribundo canal de expressão virtual. Sobretudo porque há muito não visita o Cemitério do Caju em Finados –coisa que fez até a adolescência.
Quiçá esse período de maior recesso em que mergulhou –durante o qual retomou muito de seus hábitos por demais deixados de lado– faça com que ele se reaproxime, inda que como agnóstico, de tal ritual.
Muito provavelmente esse textículo não é exatamente uma forma de retornar em grande estilo, como este escriba havia programado (e anunciado –confira), a despeito da pretensão de imprimir a tal gesto o de uma criatura mitológica como a fênix.
Mas, sem mais delongas, que, quase como estratégia & tática ora acionadas, seja possível atualizar com mais freqüência este diário. E que ninguém censure o responsável por Soprador de Vidro se o compromisso com o que consta na descrição do que se pretende tratar aqui não se mantiver. Afinal, quando é que se cumpriu muita coisa neste espaço?

quinta-feira, 29 de outubro de 2009

Mais uma praça que Campos perderá?

Este Soprador de Vidro, obsessivamente metódico, sempre planeja retornar em grande estilo. E tentando manter alguma periodicidade. Seguindo planos desse tipo, não pretendia voltar hoje. Mas não dá para ficar usando blogs alheios para postar comentários, como o que fez no sábado passado a um texto publicado em A TroLhA ("Pólo Universitário") que nada tinha a ver com o assunto (uma cena de campanha eleitoral extemporânea para a candidatura do ex-prefeito Alexandre Mocaiber a deputado estadual). Sobretudo porque Xacal nem abriu o espaço "TrOlha de fOrA" nesta quinta-feira.
Pois bem, para encurtar a prosa, este que vos escreve resolveu passar por aqui para registrar a intenção do governo municipal de abrir aquela pracinha localizada em frente ao supermercado SuperBom da Avenida 28 de março, no sentido Penha-Pecuária da via pública. A informação é de um dos donos da Banca Três Irmãos, que fica sobre a tal praça, na qual há um busto de Pereira Nunes (da época de um dos mandatos de Rockfeller de Lima como prefeito) e, num alto monumento, uma placa de reinauguração da Avenida, datada de 28 de março de 1998, período do segundo governo municipal de Garotinho.
O informante mostrou ainda uma área cimentada, que ele preparou, sobre o gramado em torno do busto e do monumento, do lado contrário à banca, para a qual pretende se mudar.
É mais uma praça da cidade que vai acabar. Ou acabar de acabar (pois aquele carrinho de churrasco nela pousado já vinha contribuindo para isso). E sem o aval do Coppam, que atualmente não está funcionando. A sociedade civil organizada precisa fazer alguma coisa!
Atualização (30/10 - 10:06): Revisão do texto.

terça-feira, 15 de setembro de 2009

bairrismo

Em meio aos tantos problemas do atual governo municipal, é alentador ler um depoimento como o que se segue (mesmo que tenha sido publicado num veículo chapa branca, o site da Prefeitura de Campos).

O representante da Conae pela Comissão Estadual do Rio de Janeiro (Conaerj), Edson Oliveira Santos, elogiou a solenidade e afirmou que a Conferência Intermunicipal sediada em Campos ultrapassou as expectativas. "Estamos visitando todos os municípios organizadores de Conferências Intermunicipais e fiquei encantado com o espetáculo teatral aqui apresentado. Vou sugerir que seja repetido na etapa estadual", anunciou.
Leia mais aqui.

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

Do CEJOPA

Xacal já publicou (confira) mas não custa repercutir aqui também. Afinal, o recado foi divulgado (também) como comentário a um texto que saiu ontem neste veículo ("Inovação?").

Professores do CEJOPA disse...

Caros blogueiros, Nós, professores do Colégio Estadual José do Patrocínio(CEJOPA), após reunião realizada no dia 09/09/2009, às 10h, nas dependências desta unidade de ensino, decidimos paralisar as atividades na instituição em repúdio às agressões sofridas por profissionais da educação na última terça-feira. A manifestação realizada em frente ao prédio da ALERJ, no Rio de Janeiro, contra o descaso das autoridades em relação à categoria foi reprimida violentamente, deixando 11 professores feridos. A decisão sobre a paralisação nesta unidade foi tomada pela maioria presente na reunião, e todos os professores se dirigiram às salas de aula com o objetivo de comunicar aos alunos sobre a posição adotada. Buscamos ainda conscientizá-los a respeito do comprometimento de todos, docentes e discentes, na luta por uma educação responsável e de qualidade. Finalmente, estaremos reunidos amanhã, 11/09, às 7h30min, a fim de apurarmos os resultados deste ato, reafirmando uma posição de alerta contra todas as atitudes que ameacem a construção de um projeto de sociedade livre, justa, ou que não considerem a educação como princípio básico.

10 de Setembro de 2009 12:19

Rede de intrigas? 2

Contar a cada dia um trecho de uma história (ou estória), como Sherazade de província, seria uma boa estratégia para manter este blog atualizado. Mas não é bem o caso: o responsável por este veículo jura que se esqueceu de dizer algo sobre aquela rede de intrigas de que ele escutou falar anteontem e abordou aqui ontem (confira).
Ao relatar o boato (ou será fato?) a uma pessoa ligada ao governo municipal, esta disse que havia ouvido um secretário da atual administração comentar que uma pessoa suja até o pescoço tinha tentando se (re)aproximar de Garotinho. Será então que, ao menos em parte, a primeira informante deste Soprador de Vidro (aquela mencionada no texto de ontem) estava certa?

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

Inovação?

Por um misto de falta de organização e receio de oportunismo, a divulgação das ações da Apefaetec na chamada região Norte-Noroeste Fluminense (da qual, como sindicalista, se ocupa o responsável por este veículo) nunca esteve entre os objetivos de Soprador de Vidro (o blog). É um grande lapso, por exemplo, não constar aqui um link para o site da referida Associação...
O assunto ora vem à baila apenas para registrar um momento da modesta participação da entidade na manifestação do SEPE-Campos realizada no final da tarde desta quarta-feira, no Boulevard Francisco de Paula Carneiro, popular Rua do Homem em Pé, contra as últimas medidas do governador Sérgio Cabral dirigidas aos servidores públicos da Secretaria de Estado de Educação (Seeduc).
Entre alguns dos poucos presentes ao ato em questão, surgiu um debate sobre se Cabral estaria ou não se equiparando à Rosinha em termos de truculência contra o funcionalismo público. Pareceu consensual que ainda não. Mas os debatedores concordaram num ponto, levantado por este Soprador de Vidro: apontar arma para servidor em manifestação é, definitivamente, uma inovação do governador que administra de costas para o interior e de mala pronta para o exterior. Se tudo correr como esperado, isso vai ser abordado de novo amanhã, em um veículo da mídia tradicional, por um dos presentes ao ato de hoje.

Rede de intrigas?

É o tipo de notícia capaz de fazer qualquer desocupado de sua desocupação voltar à ativa.
Uma figura de grande importância no processo eleitoral municipal de Campos em 2008 perguntou ontem a este que vos escreve se ele sabia de uma reaproximação entre Arnaldo Vianna e Anthony Garotinho. O que motivou a pergunta foi a idéia de que este blogueiro diletante é pessoa muito informada. Que honra! Quem dera!
A figura em questão ainda disse que, poucos minutos antes de falar com este Soprador de Vidro, já havia ouvido de três pessoas a mesma (ou mais ou menos a mesma) estória. E especulou –não exatamente com as palavras a seguir– que, em se tratando de boato, deveria ser coisa de "Little Boy". Segundo ela, a suposta divulgação de uma reaproximação entre os dois nomes e –pelo que entendeu este escriba– a negação de tudo queimaria mais o filme de Arnaldo que o de Garotinho.
Como de ontem para hoje ninguém tocou no assunto, ele ganhou relevância para mais um retorno do (ir)responsável por este veículo.
Vale lembrar que pouco antes da eleição de Alexandre Mocaiber, em 2006, uma reconciliação desse tipo foi anunciada. A diferença é que ganhou até as páginas do jornal O Diário, o que garantiria ao assunto mais "credibilidade".
É aguardar para conferir...

sexta-feira, 17 de julho de 2009

Caiu na rede –e não é peixe

Uma Candoca que certamente não é aquela Dona a estranhar o que assiste em novelas para contar tudo ao cronista do jornal O Globo Artur Xexéo e, apesar de gostar de gatos, já indicou não ser uma colunista de um periódico de Campos dos Goytacazes convidou e este Soprador de Vidro resolveu conferir o blog dela: Cama de gato.
O veículo, no qual se promete tratar de "um pouco de tudo e muito mais", já foi divulgado por outros da blogosfera goitacá e conta com vários seguidores. É passar lá e conferir.

Aprovada!

A nova morada do samba de Lene Moraes: a quadra da agremiação carnavalesca Os psicodélicos. Os que estavam ontem presentes ao novo local que a cantora encontrou para fazer suas apresentações, depois que "os vizinhos invadiram a cidade" como disse ela e se divulgou aqui (confira), adoraram o clima do local. Nos dois sentidos: a quadra é mais arejada que a Morada do Samba (agora mais um entre os tantos salões de festas de Campos dos Goytacazes) e mais inspiradora –trata-se, afinal, de um espaço para ensaios de sambistas.

quinta-feira, 16 de julho de 2009

"Só se não for brasileiro nessa hora"

Como já foi exaustivamente divulgado na mídia local, na blogosfera goitacá e por e-mail para muita gente, hoje, a partir de 20 horas, tem apresentação de Moraes Moreira no auditório do Serviço Social da Indústria (Sesi) de Campos dos Goytacazes. O show, "A história dos Novos Baianos e outros versos" é parte da programação do Circuito cultural do SESI e já foi apresentado aqui no final do ano passado no Teatro Municipal Trianon, por ocasião do Festival Educação e Cultura da Ampla, quando foi produzida a fotografia abaixo. Para quem não viu, aí está uma boa oportunidade de conferir a performance de Moraes.
Foto: César Ferreira
O SESI Campos fica na Avenida Bartolomeu Lizandro, 862, Jardim Carioca.

quarta-feira, 15 de julho de 2009

Toquinho na "Noite do vinil"

Tem sido assim: este blog fica dias sem novidades e quase sempre que é atualizado traz uma nota ou um texto sobre a Noite do vinil. Trata-se de uma tentativa de manter alguma periodicidade, apelando para a divulgação de eventos. Mas para os poucos leitores que não sabem disso Soprador de Vidro tem sido quase apenas uma afiliada, filial, repetidora, subsidiária, sucursal do blog de Wellington Cordeiro destinado a divulgar a noite organizada por esse fotógrafo e colecionador de filmes de terror trash e discos de vinil de gêneros vários.
Para não quebrar a rotina, segue um release da programação da Noite do vinil de hoje, enviado pela sempre parceira de Wellington, a unimúltipla Aucilene Freitas. A imagem foi escolhida por este blogueiro mesmo, por remeter a uma das mais famosas canções do compositor e intérprete, "Aquarela" –que inclusive faz parte do material encaminhado por ela.
Quarta-feira, dia 15 de julho é dia de curtir a obra do grande músico e compositor Toquinho, batizado como Antonio Pecci Filho. Nasceu em São Paulo, no dia 6 de julho de 1946. Na primeira infância, a mãe o chamava de "meu toquinho de gente". E o apelido "Toquinho" permaneceu identificando-o depois como um dos mais expressivos artistas da música popular brasileira.

terça-feira, 14 de julho de 2009

o que talvez não tenham dito ainda sobre

A segunda edição do livro Didi: o gênio da folha-seca, do grande jornalista e pesquisador campista Péris Ribeiro já foi bem divulgada na mídia local e na blogosfera goitacá. Nesta última, em veículos como o Blog do Roberto Moraes ("2ª edição do livro Didi o gênio da folha-seca") e o Aspectos, numa nota em que Wesley Machado abordou ainda da divulgação da obra em questão no Balanço final, programa radiofônico apresentado pelo também campista Eraldo Leite ("Péris Ribeiro na Rádio Globo").
Como publicou hoje o jornalista Vítor Menezes, no blog Urgente! ("Craque do jornalismo"), a cobertura do (re)lançamento, que ocorreu ontem na livraria Argumento, pode ser lida no site Ururau ("Noite de festa no lançamento do livro do campista Didi").
O trabalho relançado pela Gryphus (foto abaixo) é uma versão revista e ampliada da primeira edição, tem 302 páginas, prefácio de João Máximo e custa em média R$ 49,00.
Foto: Divulgação

Mas o que talvez ainda não tenham dito é que valorizada mesmo está a editio princeps, por assim dizer, da obra, lançada pela Imago, em 1993, contendo 169 páginas (imagem da capa a seguir), já devidamente catalogada no blog Campistana (confira), a versão virtual e goitacá da série "Brasiliana".
Foto: Divulgação
Em sites como Mercado Livre e Toda Oferta ela custa R$ 85,oo. Quiçá o preço alto se deva à raridade de um livro que saiu já há mais de dez anos –não tendo reedição até bem pouco tempo–e, doravante, certamente cairá um pouco. Mas para colecionadores poderá continuar a valer uma nota!
O curioso é que o Didi da Imago não está disponível no site da livraria sebo campista Diálogo e Cultura. Não é difícil, entretanto, imaginar que o livro de 1993 seja encontrado na versão real da Diálogo. E, bem provavelmente, por um preço salgado. Sorte de quem, como este Soprador de Vidro, já o tem.

quarta-feira, 1 de julho de 2009

Concorrência: o leitor decide

Colega dos tempos de graduação e de profissão, blogueiro (um dos responsáveis por Tequila e Afins), leitor e - por que não? - colaborador deste veículo, Leandro Tavares avisa que hoje tem mais um evento para concorrer com os de quarta-feira (entre os (quase) sempre noticiados aqui, a Noite do vinil, por exemplo). Que o leitor decida.

Alô galera, nesta quarta tem um super show com a Tequila Jack arrebentando tudo no Lord! Espero contar com sua presença!
Abraços a todos!!!
Leandro Tavares

Este Soprador de Vidro aproveita para se desculpar por nunca ter divulgado shows da banda do missivista.
O Lord Pub fica entre a Avenida 28 de Março e a Rua do Ouvidor.

terça-feira, 30 de junho de 2009

programas

Não, não se trata de nenhuma propaganda de serviços de moças de fino trato, mas de uma nova seção deste blog - que, como algumas outras criadas para o veículo corre o risco de ter vida curta. Em "programas", a pretensão é divulgar de uma só vez dois ou mais eventos que estão para ocorrer em Campos dos Goytacazes (e - quem sabe? - em outros municípios da chamada região Norte-Noroeste Fluminense).

Para inaugurar a seção, o responsável por este blog torna público o que Lene Moraes e Wellington Cordeiro (que inclusive são parceiros em algumas empreitadas) mandaram a unimúltipla Aucilene avisar :


1- SOCORRO!!!!!

OS VIZINHOS INVADIRAM A CIDADE!!!!!!

Infelizmente, venho informar que nesta quinta-feira não faremos o nosso tradicional samba na Morada do Samba.
O vizinho não gostou e acabou com nosso samba, lá.
Mas, daremos continuidade na próxima semana na quadra do bloco de samba PSICODÉLICOS.
O lugar, pra quem não conhece, é muito legal, tem como presidente uma linda mulata passista "Beatriz", combina com o nosso samba e NÃO TEM VIZINHOS anti-samba.
Vou divulgar horário e o dia (quinta ou sexta) em breve.
QUINTA OU SEXTA? O QUE ACHAM??

"Samba, agoniza mais não morre" (Nelson Sargento)
Tamojunto, meu povo. Não vamos deixar a chama apagar.
"A chama não se apagou, nem se apagará..." (Candeia)

Mas, sábado a roda de samba estará no Sesc, 15h. Todos os sábados de julho.

SIMBORA SAMBAR MEU POVO!!!!!!!

Lene Moraes


2- A Noite do Vinil presta homenagem póstuna ao grande artista Michael Jackson nesta quarta-feira, dia 01 de julho, à partir das 22h na Taberna Dom Tutti.
Wellington Cordeiro

domingo, 28 de junho de 2009

(Id)entidade virtual?

Depois que fez as pazes com suas postagens (não é isso, Fábio Siqueira?) e resolveu voltar a abastecer seu veículo com textos e, sobretudo, notas, este Soprador de Vidro continuou enfrentando dificuldades com a periodicidade. Mas não tem dado muita bola para isso. O fato é que as atividades profissionais e familiares não têm permitido que ele se dedique tanto quanto gostaria ao blog.
Também por conta dessas atividades, ele resolveu comparecer ontem e hoje à festa junina da Comissão de Entidades Sociais e Assistenciais (Coesa), nos fundos do Teatro Trianon. E decidiu publicar esta nota num intervalo desta noite, pouco depois de um encontro no evento com o Secretário de Governo da Prefeitura Municipal de Campos dos Goytacazes, Roberto Henriques.
Mas não se apressem os mais afoitos a pensar que se trata de colunismo social ou algo do gênero. O que motivou o desejo de escrever esta nota foi um comentário do secretário, que, como sabem todos, é sempre muito cortês (mesmo com os adversários). Cumprimentando o proprietário deste blog pelo nome que este deu ao veículo, Roberto revelou que já comentou com alguns blogueiros da planície goitacá que acredita ser A TroLhA (o periódico virtual e seu responsável) uma entidade. Segundo ex-vice-prefeito, alguns bloguistas (este foi o termo usado por ele, mas, antes, também por Nelson Nahim), quando não têm coragem de revelar seu lado mais radical, apelam para A TroLhA e lá postam o que não publicariam nos veículos em que assinam com seus nomes. Mais ainda: Henriques disse ter comentado isso na presença de certos bloguistas, que, ao ouvirem o que ele disse, cutucaram-se com os cotovelos. Quem seriam eles? Estaria o ex-vice-prefeito tentando colher algo deste escriba? Pois saiba Roberto que, em casos como esse (e só neles), este Soprador de Vidro é como aqueles políticos que, diante de casos de corrupção em seus governos, nunca sabem de nada.
Atualização (29/06 – 10:21): correção – substituição de mesmo os adversários por mesmo com os adversários.

sexta-feira, 26 de junho de 2009

bairrismo

Da coluna "Gente Boa", assinada por Joaquim Ferreira dos Santos, do jornal O Globo de hoje:

"Lona de Madureira
O calçadão de Madureira recebe amanhã manifestação para a criação de lona cultural no bairro. Se sair, o nome deve ficar entre Dona Ivone Lara, Roberto Ribeiro, Mestre Fuleiro e Tia Doca. "
Para quem não sabe, Roberto Ribeiro é um sambista campista que se tornou famoso após ir para o Rio de Janeiro. O negrito no nome dele consta do texto original publicado na coluna.
Bem que os campistas poderiam lotar ônibus para engrossar a manifestação e garantir que o local em questão fosse batizado com o nome de um conterrâneo deles. Não sendo assim, só mesmo ficando na torcida.
Atualização (28/06 - 20:00): Correção do nome do autor da coluna Gente Boa, a partir de alerta de um anônimo.

quinta-feira, 25 de junho de 2009

bairrismo

Apenas um registro. Mas de um Soprador de Vidro que ama sua terra de forma até meio ingênua.
Não faz muito tempo, no episódio de hoje de A grande família, o personagem do ator campista Tonico Pereira, Mendonça, pronunciou os termos cabrunco e lamparão.

lembrando


É hoje!

Ao contrário do que se programou aqui, numa outra nota em que se divulgou o lançamento do professor e historiador Márcio de Sousa Soares (confira), não foi possível tecer maiores comentários sobre a obra e o autor. Mas fica a dica do convite enviado pela professora e historiadora Sylvia Paes para o evento desta noite, ao qual, por motivos profissionais, este Soprador de Vidro talvez não possa comparecer. Ossos de um ofício bem menos nobre que o de pesquisador, tão bem desempenhado por Márcio.

P.S. (14:55): Jéssica Carvalho, se você for, mande notícias para este humilde proletário!

quarta-feira, 24 de junho de 2009

Para quem fica ou não de Chico

Apolo ou Dioniso? Stravinski ou Schoenberg? Parnasianismo ou Modernismo? Mário de Andrade ou Oswald de Andrade? Concretismo ou Neoconcretismo? Beatles ou Rolling Stones? Frank Zappa ou Lou Reed?

Caetano Veloso ou Chico Buarque?
Nesse último caso, este Soprador de Vidro escolheria o primeiro nome. Mas, diante de todos essas figuras, apesar de sempre ter suas preferências, ele pensa que o melhor é curvar-se em reverência a elas.
Pois bem: para homenagear Chico Buarque, que está completando 65 anos, a Noite do vinil de hoje é dedicada a ele que é reconhecidamente um grande poeta-músico da chamada MPB.
O evento, organizado por Wellington Cordeiro, ocorre, como todos já sabem na Taberna Dom Tutti (Rua das Palmeiras, 13), a partir das 22 horas.

terça-feira, 23 de junho de 2009

Muito tempo depois...

Do blog Eu penso que..., do competentíssimo Ricardo André:

"Pudim ganha por unanimidade no TSE
Por unanimidade, os ministros do TSE rejeitaram o um recurso do Ministério Público Eleitoral contra o deputado Geraldo Pudim."

Leia mais aqui.

sopro

Para quem corre em dia de alta tensão, liteira improvisada é palanque.

Pensamento de um desocupado levemente reformulado.

Mensagem subliminar

Sob inspiração do xará Gustavo Rangel, do Sociedade Blog. E segue como homenagem aos responsáveis por aquele veículo. Como a qualidade da imagem não está muito boa, a dica é ler a frase da camisa do deputado Magno Malta (ao centro).

A foto, de Paulo Araújo/Agência O Dia, foi capturada da Folha da Manhã on line.

Atualização (18:38): inserção de crédito da imagem.

domingo, 21 de junho de 2009

De uma outra "Folha": será que ajuda?

As eleições do IFF têm sido objeto de certa polêmica em Campos. O jornal Folha da Manhã publicou entrevistas sobre o assunto, que vem sendo discutido também em blogs como o do Roberto Moraes, Comentários do cotidiano, A TroLhA e Sapientias. Um artigo do filósofo e professor da Universidade de São Paulo (USP) Renato Janine Ribeiro, publicado hoje no caderno "Mais!" do jornal Folha de São Paulo (coincidentemente da Empresa Folha da Manhã S.A., que nada tem a ver com o periódico da Plena Editora Gráfica Ltda.), a respeito do processo eleitoral da instituição em que ele atua, talvez seja um bom texto para uma reflexão sobre a realidade do IFF.
Que universidade é essa?
Distinção entre poder e autoridade é crucial para entender a crise por que passa a USP
RENATO JANINE RIBEIRO
ESPECIAL PARA A FOLHA
A USP é a melhor universidade da América do Sul. E é a única universidade pública brasileira que não tem eleições diretas para reitor. Esses dois traços estão ligados ou não? Parte da comunidade acredita que ela é a melhor porque não cai na demagogia. Outra parte acha que não ter eleições diretas é sério déficit democrático.
Muito da discussão se deve a uma confusão entre poder e autoridade. Na academia, o que conta é autoridade. Ter autoridade não é mandar. "Auctoritas" é algo difuso. Vem do latim "augere" -crescer, desenvolver, animar, embelezar-, que, por sinal, também dá "augusto". Expressa um sentido moral, um respeito à qualidade. Passa pelo reconhecimento do mérito no pensar, no criar. Na democracia, o poder vem da eleição. Mas nem voto nem nomeação dão autoridade.
Dentro da academia, um poder sem autoridade é vazio. Uma universidade ou um departamento chefiados por quem não tem autoridade acadêmica perde em respeito.
Povo USP
Assim, primeiro ponto: uma universidade deve ter qualidade. Esse é o seu diferencial específico. Deve formar bons alunos, mas, se tiver ambição de liderança, deve formar doutores muito bons e fazer pesquisa entre boa e ótima. Isso a USP faz. Segundo: "democracia", o poder do povo, exige uma pergunta. O que é o povo? Há um "povo USP", composto de seus docentes, funcionários e alunos, que teria o direito ético de eleger a direção da universidade? Não. O povo que existe é o paulista, que sustenta a USP. Os servidores, docentes ou não, que ele paga, e os alunos, que recebem de graça um ensino muito bom, não são um povo.
Ninguém de nós cogitaria que a direção das secretarias de Estado fosse eleita por seus funcionários, ou a dos hospitais pelos seus servidores. Mas, se o reitor da USP fosse nomeado (e demitido) pelo governador como um secretário de Estado, seria um desastre.
A autonomia é necessária -justamente, porque a universidade se distingue por sua qualidade. Sou contra a "meritocracia". Numa democracia, o poder ("kratos") é do povo. Ter poder implica definir metas para o governo. A universidade é um meio excelente para certos fins que nossa sociedade consensuou democraticamente: formação de profissionais (na graduação) e, nas melhores instituições, formação de pesquisadores e avanço na pesquisa.
Sendo um meio, a universidade tem de ser muito boa. Daí que nela deva contar não o poder, mas a autoridade. O governador recebe poder do povo. Já a autonomia da universidade decorre de sua autoridade. Isso a deve afastar dos confrontos partidários -cujo lugar correto está na disputa pelo poder político. A pesquisa pós-graduada constitui o segredo interno da boa universidade. Ninguém sabe disso fora dela. Quando a imprensa ou os políticos se debruçam sobre as universidades, quando discutem vestibular ou cotas, pensam na graduação.
Mas o que distingue uma universidade em segundo grau -isto é, aquela que forma quadros para serem criadas e desenvolvidas outras instituições de ensino superior, fazendo o que chamamos de "nucleação" (isto é, formar núcleos de bons docentes)- é sua pujança na pós-graduação. E isso porque, no Brasil, à diferença dos EUA, quase toda a pesquisa, inclusive parte da tecnológica, se faz nas universidades. Mas quem é o sujeito da autonomia, quem -dentro da universidade- detém legitimidade para, em nome dela ("autos"), dar-lhe suas regras, suas leis (o "nomos")? Aqui está o problema.
Neste ano, teremos a sexta eleição para reitor por regras que fazem com que, depois de um primeiro turno em que votam mais de 1.200 membros das congregações e conselhos, o nome se defina num segundo turno restrito aos 256 membros dos conselhos centrais. Das cinco eleições realizadas desde 1989, só numa venceu um candidato de oposição ao reitor. Milhares de docentes doutores nem sequer votam no primeiro turno, e o segundo turno é próximo demais do poder. Isso não é bom. Afasta o reitor da comunidade.
Tal situação favorece a greve de (quase) todo outono e a reivindicação, que não tem apoio da maioria acadêmica, por eleições diretas. Por que digo que não tem apoio? Porque em nenhuma escolha depois de 1985 houve um candidato sequer que fosse à consulta direta. Todos aceitaram as regras do jogo. Mas ficou uma distância entre o reitor e sua comunidade, que o enfraquece.
Outro sistema
Na comunidade acadêmica, muitos não aceitam eleições diretas. Vários bons pesquisadores prefeririam um sistema que funciona bem, fora da América Latina: o do comitê de busca que entrevista os selecionados e, em razão de seu currículo e de seus projetos, escolhe o reitor. Mas não creio que esse sistema funcione aqui, porque contraria as tradições construídas nas últimas décadas e que tendem à eleição. Nosso sistema foi testado, está superado e defendo sua mudança para o futuro. Mudá-lo a quatro meses das eleições seria ilegítimo. Mas ele precisa ser ampliado.
Concluindo: primeiro, toda e qualquer mudança na direção da universidade só terá valor se aumentar, e não diminuir, a qualidade da pesquisa científica que fazemos. É por isso que muitos se opõem à eleição direta, na qual veem a subordinação da qualidade a questões políticas, a redução da autoridade ao poder. Segundo, precisa aumentar sensivelmente o colégio que escolhe o reitor. Pessoalmente, defendo que um colégio mais amplo -que inclua os membros dos conselhos departamentais e das comissões estatutárias nas faculdades- vote no primeiro turno; que o segundo turno também se amplie, talvez com o mesmo colégio; e que se negocie com o governador a substituição da lista tríplice por uma representação da sociedade no colégio eleitoral, de modo que a eleição do reitor se complete pelo voto.
Há, sem dúvida, outras propostas de ampliação. Mas qualquer mudança na eleição só tem sentido se for para aumentar a legitimidade do reitor -fazê-lo mais representativo, sim, mas lhe dar maior "auctoritas". Na USP, a autoridade foi para os líderes de bons grupos de pesquisa. A reitoria precisa recuperar a liderança, mas esta não é questão de poder, e, sim, de qualidade.
Entenda o processo eleitoral
Embora uma lei do governo Fernando Henrique Cardoso autorize às universidades federais consulta à comunidade para fazer a lista tríplice desde que o peso dos docentes seja ao menos de 70%, cada uma faz como quer. A maior parte dá aos professores 50% ou um pouco mais. Algumas adotam o princípio "um homem, um voto".
Tarso Genro [ministro da Educação em 2004 e 2005] prometeu nomear sempre o mais votado, abrindo mão da lista tríplice.
Na Unesp e na Unicamp, consulta-se a comunidade. O conselho universitário homologa o resultado. O governador tem nomeado o primeiro da lista.
Na USP, no primeiro turno, votam os membros das congregações das faculdades e conselhos centrais. Cada um indica até três nomes. Os oito mais votados vão ao segundo turno, em que só votam os conselhos centrais. Na prática, o segundo turno se dá entre os dois ou três mais votados. A lista tríplice vai ao governador. Desde Franco Montoro (1985) é nomeado o primeiro da lista.

RENATO JANINE RIBEIRO é professor titular de ética e filosofia política na USP e foi diretor de avaliação da Capes entre 2004 e 2008. É autor de "O Afeto Autoritário" (ed. Ateliê).

sexta-feira, 12 de junho de 2009

para anotar na agenda

A dica vem da professora de História, historiadora e diretora da Biblioteca Municipal Nilo Peçanha Sylvia Paes.

Até a véspera do lançamento, talvez sejam publicados mais detalhes sobre a obra neste blog. Mas, desde já, vale lembrar que o autor do livro, Márcio Soares, é dos mais competentes pesquisadores. Não bastasse a contribuição dele à História do Brasil, trata-se de mais um item que enriquecerá as bibliotecas dos apaixonados por Campos dos Goytacazes. Ou seria Goitacases?