segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

Balanço do fds

Em casa. Ou casas. A deste Soprador de Vidro e o apartamento da mãe dele.
O responsável pelo veículo até gostaria de assistir ao show da Banda Calypso (não tanto o de Guilherme e Santiago ou outros poucos oferecidos em municípios vizinhos), mas temeu que, com as chuvas do fds a cantora-ave do grupo acabasse por involuir, tendo que voltar a viver na água.
Parêntese: fds -quando leu, há muito, essas letrinhas pela primeira vez, pensou que era algum palavrão do internetês -e agora pede perdão ao menos pelo paradoxo.
A desistência total de comparecer ao evento maior do primeiro dia do ano na única praia campista se deveu também à preguiça, este pecado capital que faz padecerem tantos campistas. Pois, sério mesmo: até que este escriba curte a banda, apesar de entender, após assistir uma apresentação dela no parque de exposições da Fundação Rural de Campos (a popular Pecuária), que o melhor talvez fosse ver e ou ouvir Joelma e Chimbinha em DVD e ou CD.
E o blog segue em ritmo de autofagia, em grande parte por conta do número de leitores que não têm. Mas também, por falta de assunto, para não deixar passar um dia sem registro e manter a periodicidade.
Só mais uma vez? Amanhã talvez.

domingo, 2 de janeiro de 2011

infinito particular (CDs de artistas e grupos de Campos)

O título deveria batizar uma seção sobre discos, filmes, livros etc. que compõem o acervo deste blogueiro. Mais caberia melhor num outro blog -talvez com este nome mesmo: Infinito particular-, para que fosse mantido o foco deste (descrito abaixo de seu título), já um pouco desviado ontem, com o textículo "Impressões de posse" - para citar apenas uma postagem publicada recentemente que foge aos objetivos de Soprador de Vidro.
Infinito particular: além do disco homônimo de Marisa Monte, título de uma coleção nunca fechada, da qual virtualmente fazem parte todos os itens ambicionados ou não pelo autor destas linhas. Afinal, há algo melhor que ir em busca de certos discos, filmes e livros e encontrar (e conseguir) outros em que não se havia pensado?
"infinito particular", primeira edição: CDs de artistas e grupos de Campos. Aproveitando que o responsável pelo blog dispõe agora de um cômodo para guardar (parte) do acervo que têm - embora continue sem computador-, e precisa arrumar a bagunça, nada melhor que listar itens de sua coleção. Com isso, ele tenta, de algum modo, cumprir a tarefa de vincular as esferas produtiva e receptiva de sua vida à reflexão intelectual -algo já brevemente comentado aqui num relato marcado por certa angústia, diga-se ("Momento espectador"). Expõe, também, a quem interessar possa, o que tem em termos de produção local. Observe-se, por exemplo, que há poucos CDs de rock na modesta seção de sua coleção dedicada aos campistas. Produtores e ou cultores do gênero, bem como de todos os outros (axé, forró, música religiosa, samba, sertanejo etc.): aceitam-se doações e negócios de toda sorte, sempre em nome da expansão do acervo!
E que fiquem alguns registros: como um dos objetivos de publicar esta postagem era encher lingüiça, a listagem a seguir está incompleta (há itens que já fazem parte do "infinito particular" deste escriba, alguns inclusive de outros municípios do Rio de Janeiro, especialmente das chamadas regiões Lagos, Norte e Noroeste Fluminense do Estado); como constatarão logo os leitores, além de faltarem informações sobre as obras (datas, gravadoras, sinopses), a organização delas foi feita simplesmente por ordem alfabética (critério seguido tanto para os nomes dos artistas ou grupos quanto para os títulos de seus CDS). Taí um bom motivo para encher lingüiça de novo, quando necessário for: esperem por reogarnizações do rol!

01- Anoeli Maciel: Tributo ao talento
02- Avyadores do Brazyl: Alguma coisa vai acontecer no 401...
03- Bambas da Planície (Jorge da Paz - Manoel Tancredo - Geraldo Gamboa)
04- Banda Barca do Som (Lula Ferreira): Solta a demo & deixa rolar
05- Banda Catukaí: Volume 8
06- Banda Sedução: Coladinho com você
07- Banda Sedução: Desaforo
08- Coral Municipal: Natal Coral
09- Delcio Carvalho: Afinal
10- Delcio Carvalho: Inédito e eterno: Acústico
11- Délcio Carvalho: Inédito e eterno: Encontros musicais
12- Délcio Carvalho: Inédito e eterno: Roda de samba
13- II Festival de MPB de Farol de São Thomé
14- III Festival de MPB de Farol de São Thomé
15- IV Festival de MPB de Farol de São Thomé
16- Fulinaíma (Artur Gomes, Dalton Freire, Luiz Ribeiro, Naiman, Reubess Pess): Sax, blues e poesia
17- Jardel do Cavaco: Cantando para os amigos
18- Jardel Sallos [Jardel do Cavaco]: É samba puro
19- Luiz Lyrio: O amor de Deus
20- Magid Abud: O canto poético de Magid
21- Orquestra Sinfônica do VI Femusica (Centro Cultura Musical): Alexandre Levy - Guerra-Peixe
22- Padre Manoel Henrique: Reflexões e canções para a confiança, pela fé
23- Padre Paulo Henriques: Pregação
24- Paulo Ciranda: Mata Atlântica
25- Pepinho: A Banda do P.
26- Planeta Terra (coletânea do Centro Norte Fluminense para Conservação da Natureza - CNFCN)
27- Poeta Manoel Junqueira: Meus momentos (vol. 1)
28- Ronaldo Lopes: Outra vez
29- Tribalion: Reggae Roots (demo)
30- Zazal e Seus Teclados: Volume 5

sábado, 1 de janeiro de 2011

Impressões de posses

Em Brasília, Dilma Rousseff foi empossada; as mulheres que cuidaram de sua segurança, empoçadas.
Será que o exagero da agora ex-governadora do Rio Grande do Sul, a tucana Yeda Crusius, durante a posse do atual chefe do Executivo daquele Estado, o petista Tarso Genro, enquanto era tocado o Hino Nacional Brasileiro (a mulher deu pinta horrores ao cantar), foi para compensar o silêncio do ex-ministro da Justiça do governo Lula? Será que Genro não conhece a letra do hino?
E, especialmente para os colegas de Faetec e SindpeFaetec: estaria a perigo o cargo do atual presidente da Fundação, Celso Pansera? Hoje, bem antes do ato por meio do qual Sérgio Cabral Filho foi reempossado governador do Rio de Janeiro, quando pouca gente havia chegado à frente do prédio da ALERJ, Pansera já estava lá, a postos.
Meninos, eu vi.

Retorno

Como em todas as vezes em que se afastou de sua ocupação de desocupado, este Soprador de Vidro programou voltar numa data especial - mas não exatamente neste primeiro dia de 2011.
Desde 22 de junho, quando foram publicadas aqui as últimas postagens antes desta, esteve entre o sofrimento e o gozo. Um por não escrever - e também não curtir, como gostaria, tudo aquilo que aprecia: cinema, literatura, música... Outro por apostar que todo seu sacrifício teria, um dia, alguma recompensa: a de fruir, um pouco mais como pretendia, o que tanto lhe apetece. Esse dia não só ainda não chegou como talvez nunca chegará para quem, como o autor destas linhas, é perfeccionista e tem obsessão por métodos.
Mas, sem o blá-blá-blá das justificativas expostas aqui em todas (ou quase todas) as outras ocasiões em que redator deste blog retomou (ou tentou retomar) suas atividades como responsável pelo veículo, quiçá baste dizer que lhe faltava espaço vital para que ele se sentisse melhor. Isto mesmo: a despeito da conotação pejorativa de tal expressão (em alemão -lebensraum- um dia tão cara aos nazistas -e que, neste caso, fique o não-dito pelo dito), era bem de espaço físico mesmo que este escriba parecia precisar. Em 2011 ele ocupará, finalmente, um cômodo novo, de quatro metros por oito, nos fundos de sua casa e dará adeus a um quartinho no qual seus pertences de intelectual disputavam lugar com cestos de roupas sujas e limpas, uma tábua de passar, bolsas de viagem etc. etc.
Fazer de Soprador de Vidro um espaço virtual análogo a tal cômodo - um espaço de reflexão, portanto - sempre foi uma pretensão almejada pelo humilde responsável pelo blog. Trata-se, certamente, de um sonho similar ao que tem e merece realizar todo proletário (ou pequeno-burguês) inconformado com um mundo onde telenovelas e programas de auditório estão entre os únicos oásis encontráveis após o percurso diário dos desertos intelectuais em que vem se transformando locais de trabalho como as escolas e universidades.
Como as linhas deste texto de retorno (mais um) do blogueiro terminam quando ainda espocam os fogos de artifício comemorando o início de 2011, ele deseja, inspirado pelo tema global de fim de ano de Marcos e Paulo Sérgio Valle e pela letra de uma canção de Lulu Santos, que neste novo ano eu, você e todos nós tornemos verdade ao menos os pequenos sonhos, pois, apesar dos pesadelos diários, que temos no sono ou na vigília, ainda viveremos dias de leite e mel aqui na terra e não depois no céu.