sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

Coordenador geral da Apefaetec questiona reportagem da "Folha de São Paulo"

A matéria publicada no jornal Folha de São Paulo e reproduzida abaixo é certamente longa para muitos leitores de blogs –há quem evite textos com mais de 10 linhas em tais veículos–, sobretudo para os que não se interessam pelo assunto nela abordado. Mas foi divulgada aqui não só para proporcionar (mais uma) reflexão sobre o assunto e sim porque, como já se disse, há nela equívocos ridículos. Ou será que alguém acredita em informações como a do trecho a seguir?
"O Rio de Janeiro é a exceção –mantém temporários só em educação indígena. Segundo a Secretaria de Educação, se é preciso substituir alguém, professores concursados são chamados e ganham hora-extra."
Parece piada, não?
Felizmente, o bravo Marcelo Costa da Silva, um dos coordenadores gerais da Associação de Profissionais de Educação da Fundação de Apoio à Escola Técnica (Apefaetec), resolveu contestar a matéria em apreço, numa carta publicada, no dia 22, no "Painel do leitor" do periódico em questão. Aos interessados, aí está ela:
Educação
"Sobre a reportagem "1 a cada 5 professores brasileiros é temporário" (Cotidiano, 20/2), digo que a situação é bem pior do que a relatada, pois a Folha, ao que parece, não atentou para as redes escolares públicas paralelas às das secretarias estaduais de Educação. É o caso, por exemplo, da Fundação de Apoio à Escola Técnica do Rio de Janeiro (Faetec), ligada à Secretaria de Estado de Ciência e Tecnologia, que mantém um enorme número de professores temporários no ensino médio/técnico. Somente a última chamada para formação de cadastro de reserva, no mês passado, feita pelo site da Faetec e com seleção apenas por análise de currículo, foi para uma expectativa de 1.900 vagas para professor! Em outros Estados deve acontecer algo semelhante. Dessa forma, a educação não avança neste país e quem perde somos todos nós: alunos, pais e trabalhadores."
MARCELO COSTA DA SILVA (Rio de Janeiro, RJ)

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