Ontem, este Soprador de Vidro participou de uma Assembléia Geral Extraordinária da Associação de Profissionais de Educação da Faetec (Apefaetec) na Escola Técnica Estadual João Barcelos Martins. Como tal reunião terminou por volta de 18 horas, ele não pôde acompanhar toda a Assembléia Geral do Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação de Campos (SEPE-Campos) com os servidores da categoria da rede municipal.
Considerando isso e julgando não conhecer o suficiente da realidade da Secretaria Municipal de Educação de Campos (SMEC), pois não atua em tal rede e nem a representa, o este escriba pretendia não se pronunciar logo quanto ao assunto. Até aqui, havia se limitado a abordá-lo, mui timidamente, num debate no blog A TroLhA, motivado por uma provocação feita num texto escrito pelo responsável por aquele veículo. Mas, acompanhando os desdobramentos de tal debate, o autor destas linhas encontrou por lá um comentário de um Anônimo com uma crítica muito pertinente ao SEPE-Campos e resolveu reproduzi-lo aqui.
Para não desviar a atenção dos poucos leitores deste blog, o administrador dele não se estenderá muito mais, deixando para um outro texto observações a respeito do que disse o autor das palavras a seguir. Por ora, dirá apenas que concorda em grande parte com o que consta no "desabafo" do Anônimo.
Do blog A Trolha (comentário ao texto "Cadê...?")
Anônimo disse...
"Infelizmente, a assembleia foi um fiasco! Porém, gostaria de fazer uma reflexão: Trabalho em duas escolas municipais (Lions I e Cemstiac). Nunca o SEPE as visitou, pelo menos nos últimos três anos. O SEPE não vai às unidades escolares e acha que através de BLOGS (é ser muito alienado) a categoria vai comparecer a uma reunião. Detalhe: ninguém sabia dessa reunião (eu avisei). Isso não existe. O SEPE é distante da categoria. O Fábio Siqueira acha que através da internet poderá convocar uma categoria que nunca foi motivada à mobilização. No mundo virtual, para se resolver quaisquer conflitos, basta clicar no teclado do computador para que os problemas sejam resolvidos. Estratégia que, definitivamente, não funciona no mundo real. O SEPE vive numa torre de marfim. A alienação virtual está tão intensa que tem gente que considera internet meio de convocação: não conhece as condições sociais de um professor (não visita às unidades escolares). De um total de 38 países, o Brasil só não paga pior aos seus professores do que o Peru e a Indonésia. Aqui, o salário anual, em dólares, é de US$ 4.818, metade do valor que nossos vizinhos Argentina e Uruguai pagam. A rede municipal conta com 5 (cinco) mil professores; 247 unidades escolares. Quantos professores sabiam dessa reunião? "Mas eu usei meu blog e minha coluna no jornal para convocar" Depois disso, cheguei a uma conclusão: o SEPE não representa decentemente a categoria. A internet é um meio inCipiente de informação; quem a considera fundamental é um inSipiente. Fundamental é visitar as escolas; são 247, o SEPE só precisaria de 01 (UM) representante por unidade. Quem não visita não conquista! É muito cômodo criticar a categoria e não aceitar resposta (Blog do Fábio Siqueira), porém é lastimável que tenhamos um SEPE que envergonha o seu passado de luta." 19 de Março de 2009 11:36
8 comentários:
Concordo em parte com o texto...
O trabalho da direção sindical é mobilizar a categoria através das visitas e do contato pessoal, do debate, do olho no olho...
No entanto é preciso separar Fábio Siqueira blogueiro e Fábio Siqueira sindicalista, pois se é verdade que, às vezes, o sindicalista usa o blog como veículo para conversar com seus leitores sobre o SEPE, é preciso dizer que ele nunca disse que o fazia para substituir os canais tradicionais do SEPE de manter interlocução com os profissionais do ensino...
O blog que propõe a discutir aspectos do cotidiano, como o próprio nome diz, e não é veículo oficial de qualquer entidade...
Outra questão diz respeito as responsabilidades: se por um lado é bom que o Fábio seja a parte mais visível dessa direção, e a mais cobrada, também não é justo atribuir a ele todas as responsabilidades pelos fracassos e sucessos da gestão, que é colegiada e proporcional...
Enfim, digo e repito: sindicato fraco reflete a mobilização da categoria e vice-versa...tem culpa a direção, mas também tem sua parcela os inertes profissionais que permanecem omissos frente a tanto absurdo...ou será que eles não pensam assim...?
Um abraço Gustavo...
Xacal,
Como eu disse, e você leu, concordo em grande parte com o que consta no "desabafo" do Anônimo. Mas não com tudo.
Embora não tenha feito as observações que gostaria sobre o texto dele, para dizer com o que concordava e do que discordava, julgo-me capaz de separar os dois Fábios mencionados por você.
De fato, como você disse, como parte mais visível da direção do SEPE-Campos (uma espécie de cara do Sindicato), Fábio acaba sendo mesmo muito cobrado.
No entanto, nosso companheiro reconhece que os dirigentes do SEPE-Campos (inclusive ele) poderiam desenvolver um trabalho melhor de mobilização da categoria (e, por isso, concordo com muito do que o tal Anônimo escreveu). Mas, por uma questão de ética, penso que não devo falar do que, como amigo, já conversei por várias vezes com um colega. Deixemos que o próprio, se entender que deve, se pronuncie quanto a isso.
Um abraço.
Agradeço aos amigos pela consideração e as ponderações.
Estou mais uma vez "passando recibo" e comentando o texto do(a) comentarista anônimo(a) lá no "Comentários".
Leiam o post "Um blogueiro incomoda muita gente..."
Abs.
cadê o texto, Fábio...?
Já tá lá!
Abs.
Fábio,
Não há motivo para agradecer. Ainda que sejamos amigos, procurei tratá-lo aqui considerando a pessoa pública que você é.
No mais, não vou ficar tolerando neste blog propaganda gratuita do que você anda ou não publicando no seu. Menos ainda essa conversa de comadres entabulada por você e Xacal. Isso aqui é um espaço sério!
Tá bom senhor árbitro...
Tá a um passo da moderação! Rs,rs,rs,rs
Abs.
acho que é ciúmes...uiii, que mêda...!
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