sexta-feira, 28 de novembro de 2008

O destino da cena escultórica da abolição entre uma defesa e um palpite

Carlos Freitas, presidente em exercício do Conselho Municipal de Cultura de Campos, foi entrevistado hoje no programa de rádio e TV De olho na cidade e teve oportunidade de abordar o caso das esculturas da abolição da escravatura.
Freitas tratou da questão a partir da exibição de uma “homenagem” a ele: uma filmagem da peça já instalada na Fatia de Queijo com “Cadeira de rodas”, sucesso de Fernando Mendes, como fundo musical. Após a apresentação desse videoclipe, Roberto Barbosa, um dos condutores do programa, admitiu que não ficou bom colocar a estátua sobre o monumento erguido no que já foi a Praça do Canhão. Já Freitas, diretor do Arquivo Público Municipal, ressaltando que trabalha com patrimônio há trinta anos, disse que as esculturas deveriam ficar pelo menos no Pantheon dos Heróis Campistas, onde estão os restos mortais de José do Patrocínio, porque elas têm uma relação de identidade com o prédio da Fundação Cultural Jornalista Oswaldo Lima.
Freitas e Roberto se equivocaram ao falar que a estátua já instalada sobre a Fatia de Queijo é da Princesa Isabel (trata-se, na verdade, da representação da mãe do tigre da abolição). Mas enquanto o primeiro mostrou embasamento ao fazer sua defesa da manutenção da cena escultórica no Palácio da Cultura, o último indicou bem que se orienta por uma das nefastas características do (des)governo de Mocaiber, o recurso ao palpite. Por que não ficou bom, Roberto?

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