sexta-feira, 28 de maio de 2010

Ferido, mas não por chumbo trocado

Não, a hipótese de acusar Arnaldo Vianna pela decisão de tornar inelegível Anthony Garotinho não chegou a ser aventada pelo ex-governador do Rio de Janeiro.
O deputado federal campista do PDT é até citado pelo candidato do PR ao governo do Rio no texto com a versão de Garotinho sobre o caso em questão, mas num parágrafo em que o marido da prefeita de Campos quase diz que parlamentar deve se recolher a sua insignificância: "Arnaldo Viana, o autor da ação nunca foi candidato de fato, o seu registro de candidatura foi negado em Campos, confirmada a negativa pelo TRE, pelo TSE e até mesmo pelo Supremo Tribunal Federal. Ou seja, a decisão do TRE de hoje é nula, e iremos ingressar junto ao Supremo Tribunal Eleitoral para anular esse julgamento" (Comentário: Por que anular uma decisão que é nula?).
Como, ainda na tarde de ontem, o TRE tornou inelegível também Arnaldo Vianna, se Garotinho o acusasse de perseguição política, tratar-se-ia de um caso de chumbo trocado.
Conforme "previsto" por um dos leitores da matéria publicada sobre o assunto na versão on-line da Folha da Manhã, num comentário mencionado aqui, a responsabilidade pela cassação de Rosinha e pela inelegibilidade dela e de Garotinho, mais uma "covardia" contra este, como afirmou o ex-governador, caiu na conta de Sérgio Cabral Filho: "O julgamento de hoje é mais um capítulo da longa história de perseguições que venho sofrendo ao longo da minha vida política. Nos últimos dias, Cabral recebeu uma pesquisa apontando que a diferença, entre eu e ele [sic] havia sido reduzida para 9 pontos percentuais. Mais do que isso vem fazendo tudo para eu não ser candidato".
Uma leitura de Fernando Leite, um dos mais recentes representantes da blogosfera goitacá, a respeito da suposta compra que Cabral teria feito do horário do programa radiofônico Palavra de Paz de Garotinho ("Os frutos do boato"), parece aplicável também para o que ora se divulga como inelegibilidade do presidente do PR no Estado do Rio: tal situação poderá servir para "cristianizar o candidato ameaçado".

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