A malícia que tanto marcou as marchinhas está presente em "Seu Cornélio", de Marino Pinto (1916-1965) e Erastótenes Frazão (1901-1977), gravada por Linda Batista (1919-1988), que, com sua voz inesquecível, tornou deliciosa a audição da composição da dupla, lançada em 1946. Sem querer diminuir canções com duplo sentido da atualidade, parece inevitável, embora óbvio, observar como os tempos mudaram.
Seu Cornélio
(Marino Pinto-Erastótenes Frazão)
Seu Cornélio, que homem bom!
Não é do contra, aceita tudo
Para a conversa do vizinho
do barbeiro e do garçom
seu Cornélio é surdo e mudo
Em sua casa não se deixa mais
o pobre homem trabalhar nem ler
Até as novidades dos jornais
o seu Cornélio é sempre
o último a saber.
(Marino Pinto-Erastótenes Frazão)
Seu Cornélio, que homem bom!
Não é do contra, aceita tudo
Para a conversa do vizinho
do barbeiro e do garçom
seu Cornélio é surdo e mudo
Em sua casa não se deixa mais
o pobre homem trabalhar nem ler
Até as novidades dos jornais
o seu Cornélio é sempre
o último a saber.
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