Em homenagem ao novo Termo de Ajustamento de Conduta (TAC), que a prefeita de Campos conseguiu assinar com os Ministérios Públicos Estadual e do Trabalho, este Soprador selecionou mais uma marchinha.
De autoria de Custódio Mesquita (1910-1945), "Doutor em samba" (1939) caiu como uma luva (ou um anel) para Mário Reis (1907-1981), que, formado em Direito, acabou abandonando a carreira artística para ocupar um alto cargo na Prefeitura do Rio de Janeiro, aposentando-se como servidor público. Não obstante, como cantor, deixou um legado e tanto para os que o sucederam, pois abriu caminho para os representantes da chamada Música Popular Brasileira (MPB), já que estava longe de ter aquele vozeirão de Francisco Alves (1898-1952), Orlando Silva (1915-1978) e de outros da Velha Guarda.
É triste constatar que dos juristas envolvidos com o TAC não se pode esperar nem ao menos um percurso inverso ao de Mário Reis. Na música, eles atravessariam o samba.
Doutor em samba
(Custódio Mesquita)
Sou doutor em samba
Quero ter o meu anel
Tenho esse direito
Como qualquer bacharel
Vou cantar a vida inteira
para meu samba vencer
É a causa brasileira
que eu quero defender
Só o samba me interessa
e me traz animação
Quero o meu anel depressa
pra seguir a profissão.
(Custódio Mesquita)
Sou doutor em samba
Quero ter o meu anel
Tenho esse direito
Como qualquer bacharel
Vou cantar a vida inteira
para meu samba vencer
É a causa brasileira
que eu quero defender
Só o samba me interessa
e me traz animação
Quero o meu anel depressa
pra seguir a profissão.
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