segunda-feira, 13 de abril de 2009

Para não dizer que vê tudo "como uma sonda em Marte"

No final deste dia marcado pela Operação Cinquentinha (já meio sem valor, a começar pela perda do trema), depois de o assunto já ter sido tão comentado nos veículos da blogosfera goitacá, este escriba passa por aqui apenas para não deixar aos seus poucos leitores a sensação de que tem quanto ao caso um distanciamento como o de Nelson Ned em relação à noite de anúncio do AI-5, ponto extremo do golpe militar de 1964 –que, aliás, completou 45 anos no início do mês. É que uma recente releitura de Eu não sou cachorro, não: música popular cafona e ditadura militar, livro de 2002 de Paulo César Araújo –mais conhecido como o autor da biografia de Roberto Carlos proibida pelo rei– levou este Soprador de Vidro a uma estranha associação.
Em um dos capítulos de Eu não sou cachorro não..., "Como uma sonda em Marte", Araújo citou um depoimento de Nelson Ned, revelador de um estado, que, guardadas as devidas proporções, pareceu similar ao deste blogueiro, incapaz de comentar como gostaria muito do que vem ocorrendo em Campos nos últimos tempos e, particularmente, a operação da Polícia Federal deflagrada hoje.
Sobre o AI-5, o cantor que já foi considerado "um show de 90 centímetros" disse: "...em 1968 eu estava muito absorvido pela minha carreira, querendo lutar e tal. O meu negócio era trabalhar, ajudar minha mãe e mandar dinheiro pra casa. Por isso que o AI-5 pra mim não foi importante. Aquilo era uma coisa de um universo muito distante. É como falar de uma sonda que está lá em Marte. O meu universo era outro."
Não que este Soprador de Vidro tenha que ajudar financeiramente à mãe dele, considere os fatos que culminaram na Operação Cinquentinha distantes ou outro o seu universo. Ele até tem acompanhado o caso (o que foi publicado sobre o assunto no jornal Folha da Manhã, na revista Somos Assim e, obviamente, nos blogs). O problema tem sido dispor de tempo para comentá-lo. Se bem que, depois de tudo que já foi dito nos veículos da blogosfera goitacá por Ricardo André, Xacal, Vítor Menezes, Gervásio Neto, Gustavo Rangel e tantos outros, haveria ainda algo mais a escrever?

5 comentários:

Provisano disse...

A Polícia Federal deflagrou uma operação onde prendeu um susecretário de governo, seu pai e outro cidadão (maiores detalhes no blog Eu penso que, de Ricardo André) abordando a questão da compra de votos nas últimas eleições municipais em Campos.

Garotinho em seu blog, tentou minorizar os fatos, atribuindo a prática á duas pessoas, Arnaldo Vianna e Alexandre Mocaiber, tirando o dele da reta.

Diz um ditado popular que "macaco esconde o rabo para falar mal do rabo dos outros". É mais ou menos, ou melhor é exatamente isso que Garotinho está fazendo, querendo jogar areia nos olhos dos outros.

Ele deve estar brincando com a inteligência dos cidadãos, o Thiago Calil, foi homem de confiança na campanha da prefeita eleita, tanto que, foi o segundo a ser nomeado para o seu secretariado, conforme bem lembrou Ricardo André em seu blog.

Thiago Calil, usou cheques, cartão de crédito de uma senhora chamada Núbia, que participou ativamente da campanha eleitoral da prefeita e, levou ao final da campanha, "um banho", quando pararam de depositar na conta dela, o dinheiro para cobrir os cheques, causando um prejuízo não só à ela, como também aos comerciantes que não receberam os créditos aos quais tinham direito. Isso está fartamente documentado e amplamente noticiado na imprensa.

Ele, o Garotinho, vem, numa tentativa tola, querer manipular números, como se imbecis fôssemos, mostrando a votação de sua esposa e de seu concorrente, ali, parelha. Devemos lembrar que basta um voto comprado, um apenas para que a lei seja descumprida e, pelo visto, não foi apenas um voto só não, foram muitos.

Não nos interessa que Vila Nova possua menos de 1% do eleitorado, numa Democracia, um voto tem o mesmo valor de 10, de 100, de 1.000, de 1.000.000 e vai por aí afora. Ele, Garotinho é um tremendo de um cara-de-pau, ao tentar desqualificar o eleitorado de Vila Nova, na tentativa de vender a tese de que os votos comprados ali, não teriam influência nas eleições.

Haja óleo de peroba.

Gustavo Landim Soffiati disse...

Provisano,

Como disse em meu texto, li tudo isso. Mas sua opinião é sempre válida.

Um abraço.

Raskolnikov disse...

Mas, afinal de contas meu véio, qual é sua opinião? Vóis micê, sempre tão impressionável com a verborrágica delirante persona pública do garotélio, o que acha dos atuais malabarismos? São verossímeis?
Abraço

Provisano disse...

Pelo que eu pude entender da postagem do Gustavo, caro Rskolnikov, ele acompanhou tudo atentamente, tanto na imprensa quanto na blogosfera e entendeu que face á tudo que foi publicado, achou que não teria nada a acrescentar ao assunto. Pelo menos foi o que eu entendi, posso estar até equivocado.

O Gustavo também diz que está sem disponibilidade de tempo, há que se respeitar isso, mas, quero dizer para o Gustavo que, sua opinião sempre terá peso, seja qual assunto for e, que senti falta da sua manifestação á respeito do tema, fosse em que direção fosse, afinal de contas, qualquer opinião é melhor que nenhuma e a sua, Gustavo, tem peso sim, você faz parte de um grupo de formadores de opinião. Então companheiro, arrume um tempinho e não nos deixe carentes de sua opinião.

Forte abraço.

Gustavo Landim Soffiati disse...

É isso mesmo, Provisano. Valeu pela força. Estou mesmo meio sem tempo, principalmente para postar algo mais elaborado. Daqui a pouco, por exemplo, estou entrando em sala de aula. Mas, aproveitando seu estímulo, vou fazer uma promessa e tentar cumpri-la: escrevo sobre o assunto no final de semana.

Um abraço.