domingo, 31 de maio de 2009

Obrigado!

No retorno às atividades de blogueiro, este Soprador de Vidro agradece aos seus poucos mas fiéis leitores, que, mesmo durante o período de exílio voluntário dele, continuaram visitando o veículo homônimo –alguns até passando à condição de seguidores de um periódico virtual que não tinha atualizações. O apoio dos que registraram em comentários o estímulo à volta deste escriba foi fundamental para que ele decidisse continuar a alimentar tão modesto diário virtual. Não dá para comparar com outros movimentos que pedem a volta de certos personagens, como um dos que tem sido comentado (e censurado) por aí nos últimos tempos. Mas isso seria muita pretensão e vaidade para este pobre descendente de trabalhadores medievais ocupados de uma atividade insalubre.
Obrigado.

Parabéns!

Aos colegas de profissão e da blogosfera, Maycon de Almeida, e apenas do segundo universo, Erik Schunk (à esquerda e à direita, mas ambos, cotidianamente, sempre do primeiro lado citado), por trazerem o Partido Socialismo e Liberdade (PSol) para Campos dos Goytacazes. Trata-se de mais uma opção à polarização política vivida no município –fenômeno representado por dois grupos hoje adversários que atraem vários dos partidos já por aqui e ao qual os dois nomes à frente da vinda do PSol para esta planície prometem fazer oposição.

O registro acabou não sendo feito antes porque este Soprador de Vidro esteve desocupado de seu veículo por cerca de um mês e retornou com um compromisso assumido consigo mesmo de não se cobrar demais quanto à necessidade de publicar notas e textos aqui.

Mas, como lembrou outro dia o também colega e xará Gustavo Carvalho, um partido, para existir de fato, precisa de filiados. Portanto, o trabalho de Maycon e Erik está apenas começando. Mãos à obra caríssimos!

Atualização (01/06–09:27): Revisão de texto e correção na citação da referência feita por Gustavo Carvalho.

sexta-feira, 29 de maio de 2009

Mais que somente para ouvidos (e bolsos) privilegiados

Embora não seja tudo, mas 100% –como já disse o cantor cafona fake Falcão–, dinheiro nem sempre é o elemento que garante acesso a certos programas. Por mais contraditório que pareça, a necessidade do vil metal às vezes até impede que se possa prestigiar muito do que é bom...
Sem delongas e restrições em relação a qualquer gênero musical: você curte música bem elaborada ou quer entrar em contato com ela? Se não trabalha à noite às sextas-feiras (o que, infelizmente, não é o caso deste escriba), considere-se –aí sim– um privilegiado e vá assistir à apresentação gratuita do Quarteto Diversax, que terá lugar no Salão Nobre da Santa Casa de Misericórdia de Campos dos Goytacazes a partir das 20 horas.
Foto: Divulgação
Negrito
Formado por um trio de campistas e um friburguense (Ademir Gomes, Aurimar Donato, Dalton Freire e Osvaldo Lessa), o grupo garante ao público não apenas a possibilidade de ouvir música que não toca em rádios comerciais, trios elétricos e shows para multidões, mas também a de entrar em contato com o som dos saxofones soprano, contralto, tenor e barítono. No repertório do Diversax, de composições populares e eruditas, há peças de autores campistas (a apresentação é parte do Projeto Resgate da memória sonora de Campos, iniciado ano passado).
O evento é resultado de uma parceria entre o Orfeão de Santa Cecília, a Casa de Cultura Villa Maria da UENF e a Santa Casa de Misericórdia de Campos.

quinta-feira, 28 de maio de 2009

rascunhos

Nada novo sob o sol
No dia 28 de abril foi comemorado o Dia da empregada doméstica. Como este blog ficou sem passar por quase nenhuma atualização por muito tempo, nada se comentou aqui sobre o assunto. Mas parece inevitável registrar a história de uma herdeira de uma das representantes de tal categoria, contada justamente na semana da data mencionada. Embora não apresente grande novidade –trata-se de um caso recorrente entre aquelas que são chamadas eufemisticamente de secretárias do lar–, o relato é forte e tocante.
Ao perguntar a uma humilde trabalhadora sobre a origem de seu nome, bastante curioso, até então desconhecido para este escriba e, obviamente, impublicável –do contrário a figura em questão correria o risco de ser facilmente identificada–, ele ouviu que se tratava de uma homenagem à avó dela. Até aí, não há nenhuma novidade.
Só que a progenitora da personagem era uma empregada doméstica que morava no Rio de Janeiro, envolveu-se com o patrão –um homem riquíssimo e casado–, engravidou e, para não criar problemas para ele e nem ter que abortar, veio para Campos, onde deu à luz um menino. Ainda que um advogado a orientasse a batizar a criança com o sobrenome do patrão, a empregada teve medo: limitou-se a registrá-la com o primeiro nome do adúltero. Até aí, não há também nenhuma novidade.
Deixando o filho sob a responsabilidade de outra pessoa, regressou ao Rio. De lá nunca voltou. Dela chegaram, no entanto, notícias: foi encontrada carbonizada na cidade maravilhosa. Nem é preciso dizer que o filho da empregada teve a infância e a adolescência marcadas por uma imensa frustração: quase sem contato com a mãe, foi impedido de conhecer o pai. Até aí, não há também nenhuma novidade.
Mais ou menos como aquela que o gerou, quando adulto, ele resolveu exorcizar um de seus fantasmas: como bom protetor de uma tradição, deu à filha o nome da avó. Hoje, ela encarna um mal que atravessou gerações. E, embora talvez já sem sentir o mesmo peso que o pai e a avó, não ultrapassou muito a condição social de seus ascendentes –condição que, provavelmente, transmitirá a seus herdeiros. Mas até aí não há também nenhuma novidade...
P.S. (28/05): Este texto foi escrito no dia 3 de maio. Reforçando o que se disse na penúltima frase dele, na semana passada, a personagem ficou desempregada. A publicação dessas linhas no dia de hoje visava inicialmente a preencher um espaço para o qual, por falta de tempo, o blogueiro não teria nada. Que valha agora para desejar muita força à obstinada colega e amiga.

quarta-feira, 27 de maio de 2009

E por falar em caverna

A esta altura, a Taberna Dom Tutti (Rua das Palmeiras, 13) já se transformou numa espécie de Cavern Club de Campos, pois a Noite do vinil de hoje é dedicada aos garotos que como eu, você e todo mundo amam o quarteto de Liverpool: The Beatles.
O evento, como sempre, tem a coordenação do fotógrafo e colecionador de filmes de terror trash e de vinis de vários gêneros musicais Wellington Cordeiro.

Capitã Caverna?

Alguém aí se lembra do Capitão Caverna? Além de "baixinho, troglodita, coberto de pelos e sempre com um porrete em mãos", conforme descrição encontrada num lacônico verbete da Wikipédia sobre o personagem dos desenhos animados sob a chancela da produtora Hanna-Barbera, vale dizer que a criatura também conseguia tirar objetos de toda sorte de seu emaranhado de cabelos.
Pois bem: como já sabem quase todos os campistas, ontem uma professora entrou no Presídio Carlos Tinoco da Fonseca com dois tabletes de maconha (cada um de aproximadamente 100 gramas), um de cocaína (de mais ou menos 200 gramas), dois telefones celulares e um fone de ouvido de um dos aparelhos. Conforme matéria publicada hoje no jornal Monitor Campista, o diretor da unidade prisional levantou a suspeita de que a mulher teria entrado no local levando o material nas "partes íntimas". Intrigados devem ter ficado os leitores da manchete da capa do periódico: "Professora é detida com drogas dentro do presídio". Dentro do presídio? Embora possa parecer grotesco –inclusive no que toca à etimologia e ao sentido "literal" da palavra–, trata-se mesmo de um caso cavernoso!

E por falar em eleições sindicais

Também resolveu dar o ar da graça hoje a prefeitável mais votada depois d' Ela. Pelo menos para os três pobres mortais diretores da Apefaetec do núcleo Norte-Noroeste Fluminense citados na nota abaixo. Isso porque há muito não viam eles a companheira que não chegou ao Executivo municipal, mas, direta ou indiretamente, conduz já faz tempo os rumos da Escola Técnica Estadual Agrícola Antônio Sarlo, uma das três unidades de ensino da Faetec em Campos. Como brasileira que não desiste nunca, ela está no páreo para ocupar, também direta ou indiretamente, cadeira(s) no SEPE-Campos.
Será que "agora eu tenho em quem votar"?
Atualização (28/05 - 12:13): Correção do nome da instituição educacional citada. O hábito que faz (ou fez) o monastério explica a confusão.

"Lasciate ogni speranza, voi che entrate"?

Hoje pela manhã, uma visita supreendeu –mas não muito– este Soprador de Vidro e dois de seus colegas do núcleo Norte-Noroeste Fluminense da Associação de Profissionais de Educação da Faetec (Apefaetec). É que eles encontraram, nos corredores do Instituto Superior de Educação Professor Aldo Muylaert (ISEPAM), ilustres representantes da política sindical local em busca de votos para as chapas pelas quais concorrem a cadeiras no Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação de Campos (SEPE-Campos).
Como se disse acima, a surpresa não foi muito grande. Ou não maior que a indiferença manifestada por vários dos servidores do Instituto em relação à presença de figuras tão importantes –não apenas na vida sindical, mas também político-partidária eleitoral de Campos dos Goytacazes. Sim, pois ali estavam um candidato a vereador pelo PT-Campos no longínquo ano de 1996 (representante da chapa cutista do SEPE) e uma prefeitável de última hora do mais recente pleito ocorrido neste município (integrante da chapa da Intersindical e da Unidade Classista) . Somando-se isso ao fato de que apenas no período de eleições para a entidade que dirigem (e/ou pretendem dirigir) eles aparecem em unidades de ensino como o ISEPAM (que nem pertence à rede da Secretaria de Estado de EducaçãoSeeduc), esperava-se que os servidores da casa fizessem fila para pedir autógrafos a tais celebridades. Só mesmo muito despeito ou uma enorme ignorância dos proletários da educação justificaria uma atitude dessa com tão valorosos militantes da área!
Será que "daqui pra frente tudo vai ser diferente"? Ou seria o caso de simplesmente saudar com a frase que serve de título a esta nota os desavisados que embarcarão na stultifera navis do SEPE-Campos? Nada novo sob o sol?

terça-feira, 26 de maio de 2009

Retornando

E, seguindo um conselho de Xacal, em comentário a um dos últimos textos publicados aqui –"faça do seu blog sempre um espaço de diversão, acima de tudo"–, com uma homenagem aos companheiros do PT local –nomeadamente os do Núcleo Lenilson Chaves Jr.–, que, por vários motivos, têm estado na berlinda nos últimos dias.

"DEPOIS DA MULHER SAMAMBAIA, MULHER MELANCIA, MULHER MELÃO, MULHER MORANGO... VEM AÍ... A MULHER SOFÁ!!!!!!!!!!!!!!!"



Parafraseando Wilson Simonal, também na berlinda nos últimos tempos, é só deixar cair.