Uma informação postada no final da tarde no Blog da professora Hilda Helena indica que boa parte dos servidores públicos municipais da área de Educação perdeu ao menos uma batalha para o atual governo de Campos: a da luta pela eleição direta para diretores de escolas da Prefeitura.
A campanha em prol de tal medida –a que aderiram blogueiros como Fábio Siqueira, Mônica Martins e Xacal–, foi lançada pela professora no dia 13 de dezembro, num texto que pode ser lido aqui. Hoje, com base em publicação no Monitor Campista, que voltou a funcionar como Diário Oficial do Município, a blogueira informou: “Prefeita diz não para as eleições diretas para diretores das escolas municipais de Campos” (confiram).
Os servidores públicos estaduais em geral e os das áreas de Educação e Ciência e Tecnologia, em particular, que já atuavam durante o período durante o qual a atual prefeita de Campos foi governadora do Rio de Janeiro talvez não se surpreendam: mais uma vez, Rosinha mostra o quanto adota atitudes autoritárias no trato com o funcionalismo público.
À época das eleições municipais, quando este Soprador de Vidro expôs a um defensor dos Garotinho os motivos que tinha, como servidor público, para não votar na candidata do PMDB, o interlocutor do blogueiro disse: “Você sabe que no município isso é diferente, né?”. Aos que acreditaram nisso –quiçá dito a muitos eleitores–, parecerá que o simpático simpatizante do casal foi, na melhor das hipóteses, iludido.
O recurso à indicação de diretores de escolas é um forte mecanismo eleitoreiro, não apenas para os ocupantes do poder Executivo, mas também para os do Legislativo, como os vereadores, que, ao escolherem os responsáveis por tais cargos para as unidades de ensino dos redutos que controlam, ganham obedientes cabos eleitorais. O que comprova tudo isso é uma avaliação mais atenta de tal prática, adotada não apenas pela atual prefeita e ex-governadora: a medida vigorou durante os mandatos de Arnaldo Vianna e Alexandre Mocaiber e continua sendo utilizada pelo governador Sérgio Cabral –nos três casos, sempre com benefícios eleitoreiros para os poderes Executivo e Legislativo. Trata-se, portanto, de um expediente que deveria ser repudiado não apenas pelos servidores públicos, mas também por governantes que se consideram democráticos.
No item 21 da parte referente à Educação do Plano Básico de Governo da candidata Rosinha consta a proposta de “Estabelecer critérios seletivos para a nomeação dos gestores de escolas”. O que será que significa isso? Considerando a nota do Blog da professora Hilda Helena, com link para o Diário Oficial de Campos, nada mudou em relação ao caso em tela.
A campanha em prol de tal medida –a que aderiram blogueiros como Fábio Siqueira, Mônica Martins e Xacal–, foi lançada pela professora no dia 13 de dezembro, num texto que pode ser lido aqui. Hoje, com base em publicação no Monitor Campista, que voltou a funcionar como Diário Oficial do Município, a blogueira informou: “Prefeita diz não para as eleições diretas para diretores das escolas municipais de Campos” (confiram).
Os servidores públicos estaduais em geral e os das áreas de Educação e Ciência e Tecnologia, em particular, que já atuavam durante o período durante o qual a atual prefeita de Campos foi governadora do Rio de Janeiro talvez não se surpreendam: mais uma vez, Rosinha mostra o quanto adota atitudes autoritárias no trato com o funcionalismo público.
À época das eleições municipais, quando este Soprador de Vidro expôs a um defensor dos Garotinho os motivos que tinha, como servidor público, para não votar na candidata do PMDB, o interlocutor do blogueiro disse: “Você sabe que no município isso é diferente, né?”. Aos que acreditaram nisso –quiçá dito a muitos eleitores–, parecerá que o simpático simpatizante do casal foi, na melhor das hipóteses, iludido.
O recurso à indicação de diretores de escolas é um forte mecanismo eleitoreiro, não apenas para os ocupantes do poder Executivo, mas também para os do Legislativo, como os vereadores, que, ao escolherem os responsáveis por tais cargos para as unidades de ensino dos redutos que controlam, ganham obedientes cabos eleitorais. O que comprova tudo isso é uma avaliação mais atenta de tal prática, adotada não apenas pela atual prefeita e ex-governadora: a medida vigorou durante os mandatos de Arnaldo Vianna e Alexandre Mocaiber e continua sendo utilizada pelo governador Sérgio Cabral –nos três casos, sempre com benefícios eleitoreiros para os poderes Executivo e Legislativo. Trata-se, portanto, de um expediente que deveria ser repudiado não apenas pelos servidores públicos, mas também por governantes que se consideram democráticos.
No item 21 da parte referente à Educação do Plano Básico de Governo da candidata Rosinha consta a proposta de “Estabelecer critérios seletivos para a nomeação dos gestores de escolas”. O que será que significa isso? Considerando a nota do Blog da professora Hilda Helena, com link para o Diário Oficial de Campos, nada mudou em relação ao caso em tela.
Atualização (23:12): Edição do quinto parágrafo, visando a melhor articulação das idéias, por meio da reformulação das frases.
7 comentários:
Estou satisfeita por ter abraçado a Campanha ,estou até meio vaidosa com esse texto!
Obrigada pelo apoio....
Um abraço!!
Talvez eu tenha me equivocado ao dizer que abracei a campanha, já que parece meio tarde para aderir a algo lançado há tempo e, infelizmente, não considerado pela prefeita eleita. Na verdade, quis dizer que, no caso ora em questão, imagino que pensemos da mesma maneira. Por ter levado um tempo sem acessar muito a internet e sem atualizar o blog e pelo fato de dividir esse meu "hobby" com outras atividades pessoais e profisionais, acabei não tocando no assunto antes.
De qualquer modo, obrigado mais uma vez. Fico satisfeito por sua satisfação.
Um fraterno abraço.
Caro Gustavo,
Não há motivo ainda para esmorecimento apesar de certa frustração.
A tradição das conquistas de gestão democrática se dá na luta. Devemos insistir e buscar uma ampla mobilização a partir da ampliação deste debate nas comunidades escolares.
O SEPE está a disposição da categoria para investir nesta campanha/mobilização.
A proposta está há anos em nossa pauta de reivindicações e permanecerá colocada. Vamos tratar desse assunto com a Secretária Auxiliadora Freitas tão logo consigamos uma audiência e cobrar a gestão democrática nas escolas.
A luta está apenas no começo!
Valeu, Fábio. Também acredito nisso. Quis mais me justificar com a professora e não parecer oportunista. Como blogueiro novato, às vezes fico meio perdido e deixo de tratar de muita coisa no momento certo (se é que isso existe).
Um abraço.
Os diretores de escolas, eleitos ou não, são manipulados e manipuladores. O que se tem que cobrar de um governante é uma boa gestão. Não consigo compreender a insistência dos professores em eleger diretores, quando sabem que os eleitos, em geral, favorecem os colegas. Os indicados também. Então, não há diferença alguma. Além do mais, a responsabilidade pela escola como um todo é do chefe do executivo e não da direção. Quando defendi a eleição nas escolas, não sabia da força do corporativismo no magistério. Há quase 30 anos, sou contra. Elegemos o chefe do executivo e os vereadores para fiscalizarem o chefe do executivo. Cobramos deles o atendimento às necessidades e denunciamos os dois poderes quando as coisas não vão bem. Se houvesse eleições para postos de saúde, creches, batalhões de polícia, delegacias de polícia e assim por diante, não precisaríamos de prefeito. Nem de governador. Quando a educação vai mal, o culpado é o governo. Quando a escola está depredada, o culpado é o governo. Quando os professores faltam (geralmente protegidos pelas diretoras, eleitas ou não) o culpado é o governo. Então, sou contra. Aliás, quem deve dirigir uma escola não é professor, mas alguém fora da área e que não seja liderança comunitária.
Enquanto artista de teatro, defendo eleição para o diretor do Teatro de Bolso, porque aquele teatro foi construído pelos artistas e doado à prefeitura, que, inclusive, ajudou na construção e o mantém. Mas nunca defendi nem vou defender eleição para o Trianon, por exemplo. Que os professores façam o mesmo. Não vejo campanha para eleição nas escolas particulares. Nem mesmo para departamentos. Acho até que Rosinha vai promover eleições, com os professores indicando seus preferidos numa lista tríplice para que ela escolha um. Mas tenho o direito de participar do debate e dar minha opinião sincera e disposto a defendê-la num debate aberto, com exemplos ou apenas conceitualmente.
Avelino Ferreira (também professor)
Essa intervenção do ave-linus nem merece réplica...só escárnio...
cinismo, oportunismo, leviandade, tudo em nome da "liberdade de expressão", ou será de "excreção"...?
Respeito para quem o merece, liberdade para quem a conquista na luta...Aos capachos, só as solas dos sapatos...
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