quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

A responsabilidade de Rogério Matoso

Com a realização de uma audiência pública de amanhã na Câmara Municipal de Campos dos Goytacazes, com o Grupo de Trabalho Cinema e Cultura (GTCC) –vide convite na nota abaixo–, o vereador Rogério Matoso assume uma grande responsabilidade. Não apenas com os componentes do grupo em questão, mas com toda a sociedade campista.


Ao contrário do que talvez pensem algumas pessoas, a proposta de implantação de um Pólo de Cinema no município não é um delírio ou apenas um sonho antigo de muitos dos ativistas culturais da região. Vale lembrar –como já o fez, por exemplo, Alexandro Florentino, um dos integrantes do GTCC– que Campos reúne várias condições para a criação dessa indústria sem chaminés (para dizer o mínimo, e particularmente em relação à natureza da terra goitacá, trata-se de uma planície, "onde o sol nasce primeiro", para recorrer a um slogan de sinistra memória usado como divulgação do verão de 2000 de Farol de São Tomé).


Importante alternativa para a sobrevivência do que, num futuro quiçá não muito distante, pós-royalties, pode se tornar uma cidade morta, o Pólo foi usado indevidamente no ano passado como recurso inócuo para tentar salvar o governo moribundo de Alexandre Mocaiber. Infelizmente, a imagem que ficou então foi a de um delírio no apagar das luzes de um de um mandato ridículo e escandaloso. Imagem que, como se trata da sétima arte, tem como êmulos a demolição do antigo Trianon, a venda do Cine Goitacá e o abandono do Capitólio, que o fez cair no final do ano passado.


E não pense o vereador que o nome dele foi escolhido pelos olhos que ostenta, segundo um padrão imposto a muitos, modelo ímpar de beleza. Com a imagem de sangue novo na Câmara e na política local, pinçá-lo é algo que, sem dúvida, tem por trás uma estratégia: dar ao vice-presidente daquela Casa de Leis uma oportunidade de mostrar a que veio.

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