segunda-feira, 12 de janeiro de 2009

Repercussões da decisão de Rosinha de indicar diretores de escolas

O assunto de um texto publicado aqui, "Sobre a decisão de Rosinha de manter a indicação de diretores de escolas", a partir de uma campanha e do resultado dela (até agora) apresentados pela professora Hilda Helena, ganhou certa repercussão nos últimos dias.
A princípio, além de comentários do professor Fábio Siqueira a esses textos de autoria deste Soprador de Vidro e da docente blogueira, houve uma provocação de Xacal quanto à questão, desencadeada a partir de um comentário de Avelino Ferreira ("também professor", como disse o atual presidente da FCJOL), inicialmente postado aqui –provocação que rendeu mais comentários.
Hoje, uma das manchetes do jornal Folha da Manhã foi: "Escolas com problemas e diretores sem eleição". Ela veio acompanhada do seguinte texto:
"O ano letivo nas escolas de Campos não começa em fevereiro. As aulas foram adiadas e a Prefeitura ainda terá trabalho para recuperar os prédios de ensino, muitos em estado precário. E outra mudança também já foi anunciada. Os diretores não serão escolhidos através de processo seletivo, como está previsto no item 25 da área de Educação do plano de governo."
Em relação a esse trecho, cabe fazer duas observações.
Em primeiro lugar, o item do plano de governo de Rosinha, divulgado à época da campanha eleitoral dela, é mesmo o 21 (conforme saiu no texto publicado aqui) e não o 25, como consta acima.
Em segundo: será que se pode falar que houve uma mudança anunciada? A provocação é dirigida não ao jornal, mas ao governo. Mudança em relação a que? Só se for ao que se propôs no tal plano de governo. Porque, em relação aos mandatos dos prefeitos anteriores e ao de Rosinha no governo do Estado, o que houve foi manutenção. De uma prática. Ou não: quando governadora, Rosinha usou ao menos o expediente da consulta à comunidade escolar por meio de lista tríplice, a partir da qual ela indicaria quem quisesse. Ou seja, por meio desse artifício, nas eleições sob tal roupagem, nem todo mundo que ganha leva.
Mas, voltando à Folha da Manhã, na matéria do primeiro caderno do periódico destacada na manchete, há ainda o seguinte sobre o caso ora em questão:
"O novo governo ainda está no início de gestão, mas já anuncia que não irá cumprir, pelo menos no primeiro momento, mais uma das promessas de governo para a área da Educação: a eleição direta para diretores escolares. Todos os diretores foram exonerados pela última gestão. De acordo com a secretária, não há tempo hábil de eleger novos diretores, já que o mês de janeiro é de férias para professores. - Não há como iniciar processo de eleição agora, o que demanda tempo. Vamos nomear novos diretores e fazer as eleições posteriormente - diz."
Uma justificativa razoável?
Amanhã tem mais. Na mídia imprensa. E, nos próximos dias, na virtual. Tudo isso porque a briga é boa!

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